O primeiro Dia de Campo do Projeto Forrageiras na Unidade de Referência Tecnológica, em Monteirópolis, promovido pelo Sistema Faeal/Senar, Instituto CNA e Embrapa, reuniu cerca de 100 participantes, que se revezaram em três diferentes estações para conhecer detalhes do projeto. O objetivo do projeto é avaliar o potencial produtivo de plantas forrageiras às condições de clima e solo do semiárido e a capacidade de resiliência destas plantas às condições de pastejo por bovinos e ovinos.
O gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Sidney Rocha, explicou a dinâmica do dia de campo, organizada de modo a promover um melhor entendimento do projeto junto aos participantes. “Dividimos o conteúdo em três estações, a primeira comandada pelo técnico Otávio Couto, do ICNA, que abordou a produção e conservação de forrageiras anuais (silagem); na segunda estação, o facilitador foi o Dr. Rafael Dantas, pesquisador da Embrapa, que tratou sobre sistema de pastejo e apresentou os resultados do Projeto Forrageiras Fase 2; por fim, a supervisora do ICNA, Alenilda Carvalho, abordou as formas de propagação da palma forrageira e fornecimento a ruminantes”, informa o gerente.
Para Alenilda Carvalho, supervisora de Campo do Projeto Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável, o dia de campo em Monteirópolis representa o marco da primeira entrega oficial dos resultados da pesquisa em Alagoas, que vem sendo desenvolvida desde 2022, com a implantação e um ciclo de pastejo seco e chuvoso. “A importância dessa ação é trazer para o produtor rural o manejo que a gente vem executando aqui e o desempenho e o rendimento desses animais na área, bem como dessas forrageiras, para posteriormente validar esses materiais e emitir boletins técnicos que possam subsidiar o criador na sua produção sustentável”, afirma.
Ela também explica que o tema de sua apresentação é a importância da implantação da palma forrageira para a região. “Ela funciona como uma espécie de poupança dentro da propriedade, no caso do gado de leite, ela entra como uma suplementação, por isso mesmo costumo dizer que ela é o ouro do sertão, item importante como um cardápio forrageiro dentro da atividade leiteira”, completa a supervisora.
O pesquisador da Embrapa Semiárido, Rafael Dantas, ficou responsável pela apresentação de resultados do projeto, sobre os índices já alcançados. “São dados iniciais mas são resultados muito promissores, que nos permitem vislumbrar coisas muito positivas. Na minha fala, também abordei o componente gramínea, no caso os capins, que são utilizados nesse projeto e os números do desempenho com esses animais aqui no campo, como eles estão respondendo aos tratamentos, tanto no período chuvoso quanto no período seco e passar para os produtores, para os técnicos e estudantes como conduzir a forra de cultura no semiárido de forma otimizada”, explica o pesquisaor.
Responsável pela Unidade de Referência Tecnológica de Monteirópolis, o técnico de campo Otávio Salgado destaca a importância do Projeto Forrageiras para Alagoas. “Trata-se de uma alternativa para selecionar espécies que melhor se desenvolvem no nosso clima semiárido, uma região que sofre muito com a falta de água. E, especificamente, a conservação de forragem na forma de silagem, como uma alternativa muito importante, porque a gente consegue manter a velocidade nutricional da forragem por um maior período de tempo”, informa o técnico.
A supervisora do Senar Alagoas, Ellen Oliveira, uma das responsáveis pela organização do encontro, destaca a importância da participação de técnicos, produtores, estudantes e demais profissionais envolvidos na criação de gado no estado. “O sucesso dessa ação se deve à articulação ampla para trazer o público que está lotando as estações de trabalho nesse dia de campo, que envolveu todos os parceiros envolvidos no projeto, além de sindicatos, universidades e prefeituras. Também gostaríamos de agradecer aos técnicos e supervisores do Senar Alagoas que atuaram na facilitação do trabalho: Karina Venâncio, Henrique dos Anjos, Juciêdes Rodrigues e Ellyson Rocha.