
O presidente do Sistema Faeal/Senar, Álvaro Almeida, recebeu na segunda-feira (3), dirigentes e representantes de diversas entidades para debater políticas públicas em defesa do desenvolvimento da aquicultura em Alagoas. O encontro foi solicitado pela secretária Nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, e contou com a presença do secretário estadual do Meio Ambiente Recursos Hídricos, Gino César, do diretor-técnico do Sebrae, Keylle Lima, além de representantes do IMA, Incra, Adepa, técnicos e gestores do Senar Alagoas, do Sebrae Alagoas, do Sindicato Rural de Penedo e da superintendência do Ministério da Pesca no estado.
Álvaro Almeida abriu o encontro destacando a importância da reunião, que conseguiu reunir as principais entidades envolvidas no fortalecimento do segmento. “Fico muito feliz com iniciativas como esta. Quando defendemos instituir políticas públicas para o setor produtivo, sempre pensamos em programas de Estado e não de governo, por isso gostaria de sugerir a formação de um grupo de trabalho a partir deste encontro, uma força-tarefa composta por todas essas instituições, isso vai facilitar os trâmites e permitir uma maior efetividade nas mudanças necessárias para o desenvolvimento da aquicultura em Alagoas”, afirma o presidente da Faeal.
A secretária Tereza Nelma apresentou um panorama da produção de pescado no Brasil e no mundo e destacou o potencial do país neste segmento, considerado o maior do mundo. “O objetivo dessa reunião é criar um ambiente seguro e favorável ao desenvolvimento da aquicultura aqui em Alagoas. Essa parceria entre os diversos órgãos aqui presentes pode garantir mais suporte aos produtores que já atuam na atividade, tornando nosso estado mais atrativo aos novos aquicultores”, defende.
O superintendente federal da Pesca em Alagoas, Cauê Castro, destacou o potencial aquícola de Alagoas, acompanhado do técnico do Ministério da Pesca, Leivan Souza Pinto. “Estamos aqui para confirmar a riqueza dessa cadeia produtiva em todas as regiões do estado, seja no sertão do São Francisco, com a piscicultura em tanques-rede; no delta do São Francisco, com os viveiros escavados; no agreste, com a carcinicultura continental; e ao longo da faixa litorânea, propícia para a ostreicultura”, destacou o superintendente.
As apresentações foram finalizadas pela superintendente-adjunta do Senar Alagoas, Luana Torres, que traçou um panorama do Projeto Aquicultura Brasil no estado, iniciado em novembro de 2024, com execução da Assistência Técnica e Gerencial do Senar (ATeG). “Estão previstas 6.480 visitas a campo, totalizando 270 propriedades rurais e contemplando duas cadeias produtivas, piscicultura e carcinicultura, para isso a instituição destinou um supervisor e nove técnicos de campo. A boa notícia é que já estamos em plena execução, com 120 propriedades atendidas, 202 visitas já realizadas em 12 municípios alagoanos”, informa.
A reunião foi encerrada com a apresentação da minuta de um Projeto de Lei, que defende um licenciamento ambiental simplificado para atividades de aquicultura de pequeno porte em Alagoas. Com mais acesso à regularização, autoridades e técnicos acreditam que o setor aquícola terá um grande impulsionamento no estado, a exemplo do que já acontece com a carcinicultura em municípios do agreste. “A parceria entre os governos federal, estadual, municipal, entidades do setor e produtores vai garantir maior celeridade nessa expansão, garantindo um crescimento sustentável dessas atividades”, conclui o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.