Reunião acontece na sede da Federação da Agricultura e Pecuária

Servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), médicos veterinários do Serviço Estadual, professores e alunos de Medicina Veterinária, representantes do setor produtivo e profissionais liberais participam, hoje (11) e amanhã, da 2ª Reunião do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do bloco III, composto por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

O  encontro acontece na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e é uma realização do Mapa e do Governo de Alagoas, por meio da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). O objetivo é apresentar ao setor produtivo as novas estratégias do PNEFA, expor os desafios para a erradicação da febre aftosa, discutir a consolidação da condição sanitária e a ampliação das zonas livres sem vacinação.

“É importante verificar a situação animal dos estados do Nordeste. Naturalmente, estamos curiosos para saber como Alagoas está e, a partir daí, verificar o que o setor produtivo pode fazer para, caso esteja bem, melhorar ainda mais; caso não esteja no mesmo nível dos demais estados, reunir o governo e outras instituições e discutir estratégias para que Alagoas alcance o seu lugar de normalidade na sanidade animal”, afirma o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

“Precisaremos conhecer a realidade do nosso território para que tenhamos a capacidade de criar instrumentos de participação compartilhada, através de uma gestão eficiente, inovadora, para assegurar a sustentabilidade econômica, técnica e financeira no atendimento ao Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa”, ressalta o superintendente do Mapa em Alagoas, Alair Correia.

Gestores da Adeal, Mapa, Faeal e Seagri compuseram a mesa de abertura do evento

O Programa

O PNEFA foi criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como estratégia para que o Brasil seja reconhecido internacionalmente como país livre da febre aftosa sem vacinação a partir de 2023. O plano dividiu os estados da federação em cinco grandes blocos de transição de status sanitário.

Alagoas está no terceiro bloco e precisa ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre sem vacinação em 2022. Porém, Bahia e Sergipe estão no quarto bloco, cujo prazo de transição se estende até o primeiro semestre de 2023, ou seja, um ano depois. A situação preocupa, pois caberá à Adeal fazer a fiscalização para impedir que o gado não vacinado nos estados vizinhos entre em Alagoas – e a agência não dispõe de infraestrutura ou equipes suficientes.

Um comparativo entre os anos de 2013 e 2019 aponta um déficit de 179 profissionais na Adeal. São 16 médicos veterinários, 11 engenheiros agrônomos, 31 técnicos agrícolas, 38 guardas sanitários, 81 auxiliares administrativos, três assessores jurídicos e um técnico de TI a menos.

O diretor-presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas, Carlos Mendonça Neto, destacou a importância do apoio de outras instituições, a exemplo da Faeal. “Esse apoio é fundamental, pois a Adeal trabalha justamente para a saúde pública, para a população e para a classe produtora”, ressaltou.

Presidente da Federação da Agricultura de Sergipe, Ivan Sobral marcou presença na reunião

Outros estados

A reunião em Maceió conta com a participação de representantes de instituições de outros estados do Nordeste. O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe, Ivan Sobral, fez questão de acompanhar as discussões em Maceió. “É importante participar desse alinhamento de ações que contribuirá para que a carne brasileira seja mais valorizada no mercado exterior”, reconhece.

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