Produtor com a carroça carregada de raquetes

Produtores familiares da região da bacia leiteira alagoana foram beneficiados com a distribuição de raquetes de palma forrageira. A ação foi do Programa Forrageiras para o Semiárido: Pecuária Sustentável, projeto do Instituto CNA em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa -, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal -, do Governo do Estado e do Sindicato Rural dos Produtores de Leite de Alagoas – Sindileite.

“O intuito da distribuição é difundir as novas variedades de palmas resistentes à Cochonilha do Carmim que não são tão difundidas em Alagoas, como a Ipa Sertânea e a Orelha de Elefante Mexicana. Além destas duas variedades foram distribuídas também raquetes de palma Miúda. As raquetes distribuídas servirão para a implantação de banco de sementes, o que permitirá ao produtor fazer o plantio de uma área maior dessas variedades no futuro”, explica o técnico de campo do projeto, Alexis Wanderley.

Cerca de 10 mil raquetes foram distribuídas após o segundo corte das variedades de palma forrageira. A planta é a base da alimentação do rebanho bovino leiteiro na região semiárida.

Raquetes também foram disponibilizadas para a alimentação do rebanho do Parque de Exposições Mair Amaral, no município de Batalha, espaço cedido pelo Governo de Alagoas para abrigar uma das 13 Unidades de Referência Tecnológica do projeto no semiárido brasileiro.

Cerca de 10 mil raquetes foram distribuídas

O projeto

Criado com o objetivo de recomendar as forrageiras que melhor se adaptam ao clima do semiárido, para que sirvam de fonte de alimento para os rebanhos, o projeto do Instituto CNA e da Embrapa testa 18 tipos de plantas em Alagoas, entre gramíneas anuais e perenes, cactáceas e lenhosas.

Os primeiros dados coletados mostram, por exemplo, que entre as gramíneas perenes, o capim-massai foi o que mais produziu matéria seca por hectare. Já entre as cactáceas, a palma Orelha de Elefante Mexicana foi uma das variedades mais produtivas e se mostrou bem adaptada à região, com baixa incidência de pragas e doenças.

Iniciado em julho de 2017, o projeto teve o prazo de conclusão estendido de dois para quatro anos. “Vamos para a terceira colheita das gramíneas anuais e também para o terceiro corte das variedades de palma. No momento estamos aguardando as chuvas de verão para voltar a avaliar a resistência e produção das variedades de gramíneas perenes (capins)”, diz Alexis Wanderley.

Rebrota da palma com um mês após o segundo corte

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