O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e do Conselho Administrativo do Senar AL, Álvaro Almeida, saiu em defesa dos produtores do setor sucroalcooleiro alagoano durante a 19ª Reunião Itinerante da Diretoria-Executiva da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – com as federações da região Nordeste.
Almeida se posicionou contrário à medida do governo brasileiro, que ampliou a cota de importação de etanol, com isenção de tarifa, de 600 milhões para 750 milhões de litros. “Se, por um lado, esta ampliação beneficia os Estados Unidos, por outro, é um entrave para o escoamento da produção da agroindústria canavieira não somente de Alagoas, como do Nordeste. Esperamos que o nosso governo, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento do agro, reveja esta decisão”, avalia o presidente da Faeal.
Assim como Álvaro Almeida, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco – Faepe –, Pio Guerra, também se mostrou contrário à ampliação da cota para isenção de tarifa na importação do etanol. A CNA ficou de analisar a questão junto ao Ministério da Agricultura.
Jovens Aprendizes
A Reunião Itinerante da Diretoria-Executiva da CNA com as federações de agricultura e pecuária do Nordeste aconteceu nessas terça e quarta-feira, 24 e 25 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife. Integrou a programação do 27º Agrinordeste, maior evento indoor do agronegócio no Norte/Nordeste brasileiro, e contou com a presença do presidente da CNA Brasil, João Martins.
O presidente da Faeal também colocou em pauta as tratativas com o Ministério Público do Trabalho – MPT/AL –, para a ampliação da oferta de cursos do Senar Alagoas com o objetivo de qualificar adolescentes da zona rural alagoana, por meio do Programa Jovem Agricultor Aprendiz – JAA.
Nos últimos seis anos, o Senar capacitou 891 jovens alagoanos, em grandes empresas do agro, mas a solicitação do MPT é para que os pequenos e médios produtores também sejam atendidos pelo JAA. O Ministério da Economia já notificou 145 produtores em Alagoas por não atenderem à cota de aprendizes em suas propriedades rurais. Por lei, toda propriedade com, no mínimo, sete funcionários precisa oferecer entre 5% e 15% das vagas para estes jovens em formação.
“Alagoas é o único estado do Nordeste onde o Ministério Público do Trabalho solicitou do Senar o atendimento aos pequenos e médios produtores. A missão é difícil, nós estamos dispostos a viabilizar esta formação e estudaremos, junto ao MPT e à CNA, a melhor forma de atender à demanda”, afirmou Álvaro Almeida.