A equideocultura é uma das áreas que mais demanda cursos de treinamento e qualificação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Mesmo com uma média de 15 mil pessoas formadas em cursos de curta duração voltados para quem atua no segmento – entre 2011 e 2014 -, a entidade pretende ampliar as capacitações para esse público.
A informação foi divulgada pelo secretário executivo da entidade, Daniel Carrara, em entrevista para o programa MMarchador TV, com o jornalista Álvaro Pereira. O SENAR já desenvolve cursos em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) em alguns Estados, mas a ideia é atender um número cada vez maior de profissionais. Daniel Carrara analisa que pode ser firmado um acordo de cooperação técnica para, por exemplo, cessão de animais para cursos e desenvolvimento de conteúdos conjuntos, mas antes é preciso conversar com as Regionais do SENAR, que são os executores das ações.
“Parceria é a palavra de ordem do SENAR. Todos os produtores rurais que cedem as suas instalações para nossas ações são nossos parceiros. Os sindicatos são nossos parceiros. Toda parceria é bem-vinda e com uma instituição nacional como a ABCCMM com certeza é possível e desejável”, garante.
Segundo Carrara, a entidade utiliza a metodologia do “aprender a fazer, fazendo”, um modelo muito funcional e prático, que trabalha com o processo de repetição e operação. Como exemplo, já são oferecidos cursos como casqueamento, ferrageamento, rédea, doma racional de equinos e confecção de artefatos como arreios e cabeçadas, entre outros.
“A nossa característica são cursos voltados para quem bota a mão na massa. Via de regra são pessoas muito jovens que se interessam pela área de cavalos e participam dessas ações no País como um todo. Temos como destaque o SENAR Minas Gerais, que é o que mais capacita pessoas no Brasil”, ressalta.
Para qualificar a mão de obra que atua no segmento, o secretário executivo explica que o SENAR pretende investir na formação integral do profissional, com cursos mais aprofundados, de média e longa duração, voltados para os jovens do setor rural, que têm maior disponibilidade de tempo. “Outra iniciativa seria conseguir fazer a intermediação desses jovens, ou seja, casar quem tem a necessidade do profissional com o aluno formado, seria quase que como uma bolsa de empregos de mão de obra para o setor de equídeos”, observa Carrara.
Assista a entrevista na íntegra: