O acompanhamento da presença de pragas na horta é de fundamental importância para o sucesso e viabilidade da produção de olerícolas. É preciso combinar técnicas mecânicas, físicas e biológicas para garantir a sanidade, qualidade e produtividade. Sem os cuidados necessários, plantações podem ser totalmente destruídas.
“As olerícolas necessitam de um manejo adequado para garantir a própria atividade e, dentre os cuidados que favorecem uma produção de qualidade, está o controle das pragas. Algumas pragas desfolham as plantas e outras costumam sugar a seiva, bloqueando o desenvolvimento e transmitindo viroses”, explica a engenheira agrônoma e técnica de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Alagoas), Tatiana Salvador.
“Pulgão, mosca branca e cochonilha são insetos que se alimentam da seiva, prejudicam a fotossíntese e são muito comuns na cultura da alface. Já o ácaro rajado causa necrose nas folhas e provoca desfolhamento completo em infestações mais severas. Na fase larval, a traça das crucíferas e a lagarta da couve, com hábitos noturno e diurno, respectivamente, alimentam-se das folhas e podem provocar a perda total da produção. Elas afetam principalmente as culturas da alface, couve e repolho”, exemplifica Tatiana.
Medidas
Segundo a técnica de campo do Senar Alagoas, a rotação e culturas, o policultivo e a destruição de resíduos vegetais ao final da colheita são procedimentos muito utilizados como medidas de controle preventivo. “O aumento do espaçamento entre plantas também é recomendado, pois evita a alta densidade e a competição por luz e umidade, que podem servir de abrigo para as pragas. Outra maneira de controle preventivo é a escolha de variedades resistentes e o equilíbrio correto de nutrientes no solo, para que a planta suporte melhor, caso seja atacada”, orienta.
Em áreas que já estejam apresentando algum tipo de praga, pode ser utilizado o controle mecânico, por meio da remoção manual da praga na planta, catação e destruição das lagartas, esmagamento dos ovos, armadilhas adesivas para a captura do inseto na fase adulta ou que possam repeli-lo na horta. “Também recomenda-se a utilização de extratos naturais biologicamente ativos, por meio e plantas com propriedades antagônicas”, observa Tatiana Salvador.