Apresentação aconteceu no auditório da Faeal

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa – apresentou o Plano Agronordeste para o setor produtivo de Alagoas na manhã desta sexta-feira, 18. Definido para o biênio 2019/2020, o plano tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região Nordeste. A apresentação aconteceu no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e contou com a presença maciça de secretários de agricultura, gestores de sindicatos, associações, cooperativas e outras instituições vinculadas ao agronegócio.

“Ver o auditório da Federação lotado é a prova de que o agronegócio alagoano acredita no projeto do Governo Federal e no seu compromisso com o crescimento do nosso setor produtivo que, naturalmente, contribui como nenhum outro segmento para o desenvolvimento do país. Este plano é muito importante para viabilizar cada vez mais a existência e a permanência dos produtores nordestinos em suas atividades. Em Alagoas, ele é de suma importância, principalmente, para a região do semiárido. Não dá mais para acreditar que as práticas dos nossos avós e pais continuarão dando certo. Qualificação é uma questão de sobrevivência e o Agronordeste vem para nos fortalecer neste sentido também”, avalia o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Segundo o diretor-geral do Plano Agronordeste, Danilo Fortes, a iniciativa do Governo Federal visa integrar o agronegócio nordestino ao nacional. “O agro brasileiro vive um momento de crescimento, de presença no mundo inteiro, mas o Nordeste sempre foi tratado no segundo plano, no esquecimento, visto como um peso e não como um protagonista. Com este programa, o objetivo é aproveitar as experiências exitosas, alavancar as atividades agropecuárias na região e fortalecer novas cadeias produtivas, para que também possam se transformar em instrumentos de participação do Nordeste na pauta nacional”, explica.

Em Alagoas, o Plano Agronordeste priorizará, inicialmente, oito municípios localizados na região da bacia leiteira. “Criaremos um escritório local de operações em Batalha, que coordenará desde a assistência técnica, da porteira para dentro, fazendo o acompanhamento para que se tenha uma produção mais eficiente e de melhor qualidade, dentro das boas práticas agropecuárias tão exigidas no mundo inteiro, como também da porteira para fora, estimulando o empreendedorismo, o cooperativismo, a capacidade de gerar produção em escala e, com isso, agregar valor, promover a distribuição de emprego e renda”, diz Danilo Fortes.

Danilo Fortes destaca que o objetivo é alinhar o agro nordestino ao nacional

“Temos o compromisso e a capacidade de fortalecer as cadeias produtivas, valorizar todos aqueles que produzem e constroem o seu dia a dia alimentando o brasileiro e a balança comercial, pois o agronegócio hoje é quem faz a diferença no Produto Interno Bruto do país. A partir deste plano, enxergaremos o que é mais importante nas demandas do setor, veremos o que precisa ser melhorado e atenderemos às necessidades dos produtores, para que possam ter condições de oferecer produtos de qualidade para o mercado nacional e até mesmo internacional”, comenta o superintendente regional do Mapa em Alagoas, Alay Correia.

O secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Silvio Bulhões, destacou que as prioridades elencadas no Plano Agronordeste estão alinhadas às demandas do setor agropecuário alagoano, a exemplo do fortalecimento da cadeia produtiva do leite e da garantia da segurança hídrica, sobretudo, para os pequenos e médios produtores. Bulhões destacou a importância do apoio do Governo Federal para que o Estado desenvolva atividades de assistência técnica no campo e também ressaltou a necessidade da retomada das obras do Canal do Sertão.

“Alagoas enfrenta secas constantemente e tem uma obra de transposição muito grande, que tem enfrentado um problema gigantesco de falta de recursos. A obra do Canal do Sertão alagoano foi paralisada na última semana, pela ausência de repasse de recursos do Governo Federal. Mais de 300 funcionários foram demitidos e nós entendemos que a conclusão do Canal é importante para garantir segurança hídrica, maior oferta de água e o seu uso para a produção de leite, carne, alimentos e, consequentemente, para a produção de mel, um dos pontos prioritários do Agronordeste”, ressalta Silvio Bulhões.

Autoridades e gestores de instituições vinculadas ao agro participaram do evento

O plano
Lançado nacionalmente no útimo dia 1º, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o Agronordeste será implantado em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas. O plano se junta a outras ações já executadas pelo Ministério da Agricultura na região, como o Programa de Aquisição de Alimentos, regularização fundiária, Selo Arte, promoção da irrigação, indicação geográfica, equivalência de sistemas de inspeção de produtos de origem animal (Sisbi) e combate a doenças e pragas (febre aftosa, peste suína clássica e mosca das frutas).

O plano de ação é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Entre os objetivos estão aumentar a cobertura da assistência técnica, ampliar o acesso e diversificar mercados, promover e fortalecer a organização dos produtores, garantir segurança hídrica e desenvolver produtos com qualidade e valor agregado.

 

Recommended Posts