Um grupo multidisciplinar formado por técnicos do Sistema Faeal/Senar, Adeal e Emater vai combater, com informação e atividades em campo junto aos produtores, o avanço da sigatoka negra em Alagoas. Uma reunião entre representantes das três instituições se reuniram na manhã desta quarta-feira (18), na sede da Faeal, para definir os próximos passos dessas ações.

“Esse alinhamento é importante porque vamos capacitar agrônomos e técnicos agrícolas que atuam nas diversas regiões do nosso estado, sobretudo nas áreas mais atingidas pela doença da bananeira, para que eles possam ser replicadores dessas boas práticas junto aos produtores rurais”, afirma Luana Torres, superintendente-adjunta do Senar Alagoas.

Considerada a mais grave doença da bananeira em todo o mundo, a sigatoka negra apresenta focos em plantações do estado, despertando a preocupação de produtores, entidades do setor produtivo e órgãos estaduais, como Adeal e Emater. Onde o controle da praga não é realizado, há risco de 100% de perdas na produção.

“Precisamos trabalhar com a informação técnica qualificada, através de orientações, treinamento e capacitações para evitar a disseminação da doença que, muitas vezes, se dá no trânsito entre o campo e as cidades, por isso a importância dessas ações integradas”, diz Maria Rufino, chefe do Núcleo de Defesa Vegetal da Adeal.

Realizar corretamente o manejo de controle do fungo, que se espalha pelo ar, principalmente nas condições de temperatura e umidade alta dessa época do ano, é condição essencial para evitar o agravamento da situação. 

“Só a orientação técnica pode ajudar na identificação de possíveis focos, evitando com isso que a doença se propague pelas diversas regiões. Temos bananeiras em todo estado, por isso precisamos capacitar técnicos das regiões afetadas e também daquelas que ainda não têm registro da doença”, explica Fátima Figuêiredo, chefe do Programa Estadual de Educação Sanitária da Adeal.

A superintendente-adjunta do Senar, Luana Torres, colocou à disposição as dependências da instituição para as capacitações dos técnicos e supervisores. “Nós temos total interesse em orientar da melhor forma possível os produtores alagoanos, através das visitas mensais, rodas de conversa e dia de campo previamente agendado”, diz.

Ela também colocou à disposição do grupo, técnicos que já atuam nas áreas afetadas para as capacitações práticas, a exemplo da região de Porto Calvo, no Litoral Norte, atendida pelo técnico de campo Laécio Almeida. A reunião de hoje contou ainda com a participação da agrônoma Jane Cléa e da zootecnista Wendylane Neves, ambas da Emater.

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