O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Edilson Maia, representando o presidente Álvaro Almeida, e o assessor técnico Noel Loureiro apresentaram aos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e ao secretário especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, Esteves Colnago Junior, as demandas mais urgentes para o agronegócio no Nordeste.

A conversa aconteceu na última quinta-feira, 18, durante videoconferência com o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, João Martins, e presidentes de federações da Agricultura e Pecuária do Nordeste, para debater as principais demandas da região. O encontro foi organizado pelo presidente da federação do Piauí – Faepi –, deputado federal Júlio César Lima.

Os representantes da Faeal comentaram com os gestores do Governo Federal sobre a importância da agricultura irrigada, do Senar, da reativação de algumas usinas de cana-de-açúcar fechadas, por meio de cooperativas, e abordaram as dificuldades dos produtores rurais em atender a Lei da Aprendizagem e manter um aprendiz em pequenas unidades agrícolas, com apenas sete empregados. Representando o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário especial Esteves Colnago Junior se comprometeu a estudar a questão do estágio.

A pauta da reunião incluiu temas como a conclusão da ferrovia Transnordestina, transposição do rio São Francisco, pavimentação da BR-020 e renegociação dos débitos dos agricultores do Nordeste, além da importância do programa Agronordeste e de órgãos estruturantes para o desenvolvimento regional, como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene –, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – Dnocs –, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf – e o Banco do Nordeste.

Outro tema muito discutido pelos presidentes e representantes das federações, como também pelo presidente da CNA, João Martins, foi a morosidade no atendimento e a falta de compromisso com a produção dos bancos oficiais, que estão aquém da sua função de contribuir para o desenvolvimento da agropecuária do Nordeste.

A ministra Tereza Cristina apresentou o Plano Safra para financiamentos rurais, reforçou a relevância do AgroNordeste e garantiu que as ações deverão deslanchar no segundo semestre deste ano. Para ela, é preciso incentivar o plano nacional de irrigação, ampliar a oferta de crédito e facilitar o acesso aos fundos de desenvolvimento.

“Eu vejo o Nordeste como um grande desafio, mas também com um potencial enorme e inexplorado, pela localização que tem e pela importância que representará para o Brasil no fornecimento de alimentos para o mundo. Precisamos focar, ver quais são as demandas mais urgentes junto às federações e ter um trabalho dirigido”, disse a ministra.

Para o vice-presidente da Faeal, Edilson Maia, o debate mostrou o quanto o agro é importante para o Nordeste e para Brasil. “Por meio da modernização das entidades; do melhor uso da água na irrigação; das novas tecnologias, como a agricultura 4.0; da implantação de novas políticas públicas para o semiárido; da conclusão da transposição do rio São Francisco; de uma nova política pública para construções de barragens com menos burocracia e mais efetividade; e da regularização dos débitos rurais, para retomada dos investimentos, podemos acreditar num crescimento e desenvolvimento de toda região”, avalia.

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