Considerada a mais grave doença da bananeira em todo o mundo, a sigatoka negra apresenta focos em plantações do Litoral Norte de Alagoas, despertando a preocupação de produtores, entidades do setor produtivo e órgãos estaduais. Onde o controle da praga não é realizado, há risco de 100% de perdas na produção.
A sigatoka negra é provocada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis (Mycosphaerella fijiensis). A doença também ataca as helicônias e mudas ornamentais. Em Alagoas, uma força-tarefa liderada pela Adeal conta com o apoio do Senar e das secretarias municipais de agricultura.
Para evitar o problema se espalhe, é preciso adotar ações preventivas que incluem o controle da compra de frutos e mudas de outros estados, que sempre devem vir acompanhados do documento de Permissão de Trânsito de Vegetais (PVT) emitido pela Adeal, mediante a apresentação do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).
“É importante também não utilizar folhas de bananeiras para proteger e acomodar qualquer produto vegetal, também orientamos a plantar, nas propriedades, variedades de banana resistentes à sigatoka negra”, informa o gerente de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Alagoas, Sidney Rocha.
O gerente explica ainda que os produtores devem informar às autoridades sanitárias sempre que encontrarem plantas com sintomas característicos da doença. Eles começam nas folhas mais novas, com pequenos pontos claros na face inferior da folha. Em seguida, aparecem listras de cor marrom-clara.
“Essas listras aumentam de tamanho, se juntam e formam manchas negras, envolvidas ou não por um contorno amarelado. A partir daí elas se espalham por toda a folha causando seu ressecamento, resultando na morte da planta”, completa o gerente do Senar.
Além das dicas de prevenção já mencionadas, o manejo e o controle exigem outros cuidados essenciais. As mudas devem ser sempre adquiridas em locais livres da sigatoka negra. É preciso efetuar a desinfecção da banana adquirida para comercialização, assim como das caixas plásticas onde são acondicionadas, com solução de amônia, caso haja qualquer sinal da doença na propriedade rural.
O produtor precisa ficar atento para a eliminação de bananeiras abandonadas; realizar adubação; combater o mato; evitar sombreamento nas plantações; promover o desfolhamento (eliminação de folhas contaminadas) e usar defensivos permitidos pelo Mapa, sempre com orientação técnica.