Inscrições abertas para palestra gratuita sobre EFD-Reinf e DCTFWeb em Arapiraca

Auditor Fiscal Eduardo Bandeira ministrará palestra

A Receita Federal realizará uma palestra gratuita sobre Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) e Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Web (DCTFWeb) no próximo dia 27, no município de Arapiraca. A palestra será ministrada no Auditório do Sebrae, das 14h às 18h, pelo auditor fiscal da Receita Eduardo Jorge Bandeira de Souza.  As vagas são limitadas (clique aqui e inscreva-se).

O evento é uma parceria da Receita com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Alagoas), a Caixa Econômica Federal, o Conselho Regional de Contabilidade (CRC/AL), INSS, FGTS e a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), órgão vinculado ao Ministério da Economia.

“A palestra é voltada para contabilistas, empresários, produtores rurais – pessoa física ou jurídica – e demais contribuintes que tenham fato gerador de tributos na área rural ou previdência de uma forma geral. Inclusive da construção civil, pois também falarei sobre retenções e CPRV (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta)”, afirma o auditor fiscal Eduardo Bandeira.

O objetivo é preparar as empresas para entrar no eSocial, Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, por meio do qual os empregadores passaram a comunicar ao Governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS.

EFD-Reinf e DCTFWeb
A EFD-Reinf é um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), a ser utilizado pelas pessoas jurídicas e físicas, em complemento ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial. Tem por objeto a escrituração de rendimentos pagos e retenções de Imposto de Renda, Contribuição Social do contribuinte exceto aquelas relacionadas ao trabalho e informações sobre a receita bruta para a apuração das contribuições previdenciárias substituídas. Substitui, portanto, o módulo da EFD-Contribuições que apura a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).

Já a DCTFWeb é uma obrigação acessória que visa facilitar a declaração de contribuições e tributos para a Receita Federal. Os débitos confessados através da DCTF Web são relativos a contribuições previdenciárias e destinadas a terceiros. É através dessa declaração que o contribuinte poderá gerar a DARF para pagamento dos tributos.

 

Faeal orienta produtores rurais sobre endividamento

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas tem apoiado os produtores em questões que envolvem endividamento rural. Nesta segunda-feira, 11, o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, e o vice, Edilson Maia, receberam alguns produtores preocupados com a situação. Um deles, do município de Mata Grande, apresentou uma notificação de vencimento de dívida para que efetue o pagamento imediato de todas as parcelas vencidas. De acordo com o documento, o não pagamento no prazo máximo de 90 dias, contados a partir do recebimento da notificação, resultará no encaminhamento do crédito à Procuradoria-Geral da Fazenda nacional, com possibilidade de inscrição em Dívida Ativa.

De acordo com o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, as reuniões e discussões fortalecem os produtores. “A Lei 13.340 deixou de existir em 31 de dezembro, assim como resoluções com relação ao endividamento, então, a nova discussão se dá no sentido de que consigamos uma nova legislação – porque não se pode prorrogar aquilo que não existe – para que os produtores que não conseguiram liquidar o seus débitos, tenham essa possibilidade, pelo menos, no mesmo formato da lei anterior, que se não era a sétima maravilha do mundo, ajudava – e muito – àqueles que não tinham condições de resolver suas pendências”, argumenta Almeida.

Outros encontros
A Faeal tem reunido os produtores constantemente e repassado informações atualizadas sobre questões como o endividamento rural. Na semana passada, por exemplo, o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Fraga, repassou informações atualizadas sobre as medidas que vêm sendo tomadas em Brasília. O Banco do Brasil deve baixar uma instrução normativa para que os produtores possam parcelar seus débitos.

A Faeal também tem movimentado os produtores em torno a discussão sobre o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural – Funrural. “O presidente Bolsonaro tem dito que o setor produtivo rural paga muito imposto e que ele acha o Funrural um absurdo. Mas entre o que o presidente diz em discurso e a legislação, por enquanto, precisamos obedecer o que existe. Então, o que está posto para que o produtor não seja penalizado é a necessidade de ver a forma correta de recolher o imposto. Temos consultado a Receita Federal, a CNA, para passar as informações atualizadas para os produtores. É fato que este recolhimento tem que ser feito, mas nós precisamos encontrar a melhor forma de fazê-lo”, avalia Álvaro Almeida.

Tire suas dúvidas sobre o eSocial

No próximo dia 19 de dezembro, das 8h às 12h, a sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas -, localizada na Rua Rocha Cavalcante, 181, bairro Jaraguá, em Maceió, abrirá uma das suas salas para que os cidadãos que têm dificuldades relativas à operacionalização do eSocial possam tirar suas dúvidas de forma gratuita.

A Sala Especial de atendimento presencial do eSocial contará com a presença de representantes da Secretaria de Inspeção do Trabalho (MTb), Secretaria de Previdência, Caixa Econômica Federal (CAIXA), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Os profissionais farão uma apresentação sobre o sistema e esclarecerão dúvidas sobre legislação tributária, previdenciária e trabalhista relacionada ao eSocial, tudo num só lugar, evitando que o cidadão precise se deslocar aos diversos órgãos.

As vagas são limitadas e, para participar, é preciso se inscrever no site do evento.

Brasil é líder mundial em agropecuária sustentável

João Martins: “Estamos fazendo o dever de casa” (Foto: Ascom CNA)

Com informações da Agência Brasil – EBC

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – apresentou dados que mostram que o Brasil é líder mundial em agropecuária sustentável, com 66,3% de seu território preservado com vegetação original. Os produtores preservam dentro das propriedades rurais um quarto do território nacional e adotam uma produção cada vez mais climaticamente resiliente.

O presidente da CNA, João Martins, defende a manutenção dos compromissos assumidos pelo país no Acordo de Paris. “O governo está dizendo que não aceita o Acordo de Paris, mas nós aceitamos porque não temos nada a temer, estamos fazendo o dever de casa. Não vamos engrossar a fileira do governo de achar que temos que desfazer aquilo que foi construído até por nossa parte”, afirma.

Segundo Ligia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA, a regularidade do setor ambiental é essencial para as exportações. “Qualquer mercado exige os parâmetros de sustentabilidade e mesmo hoje temos dificuldade de mostrar isso no mercado internacional”, explica.

 

Programas de Saúde realizam mais de 1,5 mil exames em seis meses

Fotos:  Everton da Paz Silva – ASCOM/Prefeitura de Carneiros

424 exames de Papanicolau, 593 PSA e 540 exames de toque. Este é o balanço dos programas de Saúde da Mulher e do Homem promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – nos últimos seis meses, em cinco municípios alagoanos. Neste período, as ações foram realizadas em Pindoba, Cajueiro, Junqueiro, Mar Vermelho e Carneiros.

Os programas de saúde são promovidos em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, por solicitação das prefeituras, e têm o objetivo de prevenir e combater o câncer de mama, próstata e pênis, entre outras doenças. Durante a ação, também são realizados testes rápidos de DST/Aids, aferição de pressão arterial, testes de glicemia, palestras, serviços estética e entrega de kits de beleza para as mulheres.

A última edição dos programas de saúde do Senar AL em 2018 aconteceu no dia 23 de novembro, na cidade de Carneiros. “Outubro e novembro são meses dedicados à intensificação das campanhas de prevenção e esclarecimento a respeito dos cânceres de mama e colo de útero, no caso das mulheres, e de próstata, no caso dos homens. Em parceria com o Senar, reunimos estes dois públicos e mobilizamos ações conjuntas de ambas as campanhas. Foi um verdadeiro sucesso e vamos alcançar os objetivos propostos, pois estamos no caminho certo para a melhoria da saúde pública, com foco na prevenção e detecção precoce”, avalia a secretária de Saúde de Carneiros, Janaína Machado.

O prefeito de Carneiros, Geraldo Filho, também fez questão de verificar de perto as ações do Senar AL em parceria com a Prefeitura. Segundo Janaína Machado, o trabalho de prevenção à saúde vem sendo contínuo no município. “Em nome da Secretaria Municipal de Saúde, agradecemos a presença de todos que participaram do evento, em especial ao público alvo dos meses de outubro e novembro”, ressalta.

 

Seminário aborda inovações para o cultivo de grãos

Evento reúne produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes

Produtores rurais, técnicos agrícolas, pesquisadores e estudantes participam hoje (12) e amanhã (13) do Seminário Alagoano de Produção de Grãos 2018. O evento acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, e é uma realização do Governo de Alagoas em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado – Faeal –, o Sebrae AL e a Embrapa, entre outras instituições. Com 12 palestras na programação, o seminário aborda as inovações da agricultura voltadas ao cultivo de grãos.

O presidente da Emater Goiás, Pedro Arraes, ministrou a palestra de abertura, sobre o futuro do agronegócio no mundo. Outros palestrantes, de diversas regiões, abordam assuntos relacionados à rotação de cana-de-açúcar com soja; mercado de grãos; integração lavoura, pecuária e floresta; nutrição na cultura da soja; métodos de irrigação em grãos; agricultura de precisão, manejo do solo para altas produtividades de soja, entre outros temas. “Esse evento promove a troca de conhecimentos a partir de algumas experiências exitosas de todo o país, que nós trazemos a Maceió por sugestão dos próprios participantes da Comissão de Grãos do estado”, explica Vânia Brito, gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae em Alagoas.

Álvaro Almeida: “Produção de soja e milho contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento de Alagoas”

Para o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, o seminário ganha ainda mais importância pelo momento em que vive a agricultura alagoana, em que os espaços deixados pela cana-de-açúcar vêm sendo absorvidos pelos grãos. “Essa discussão já existe desde a época em que o nosso ex-secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, era presidente da Associação dos Criadores. Agora, no governo Renan Filho, ganhou mais força. A produção de soja e milho aumentou, já contribui e certamente contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas, sobretudo, na geração de emprego e renda”, avalia.

Henrique Soares: “Desde 2015, tivemos aumento de 3000% na lavoura de soja e de 400% na de milho”

“Alagoas está em processo de diversificação de culturas e nós temos trabalhado para levar tecnologias e processos inovadores para o campo. De 2015 até hoje, tivemos um aumento na ordem de 3000% na lavoura de soja e de 400% na de milho. Neste período, além de importar tecnologias, nós as validamos para que o produtor tenha acesso com a expressão real de cada tecnologia e o seu potencial em nosso território. Já foram implementadas pesquisas com mais de 50 variedades de soja e cem de milho”, ressalta Henrique Soares, secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura.

Produtores

Vânia Brito, do Sebrae AL, ressalta que temas e palestras são sugeridos pelos produtores locais

Há quatro anos, Sérgio Papini produz soja na Surubana, propriedade localizada na região norte de Alagoas. A produção é escoada para estados vizinhos ou para exportação, por meio de navios que saem carregados do Oeste da Bahia. “A soja tem uma característica interessante. Diferentemente de outras culturas, ela fixa nitrogênio no solo e faz com que ele se enriqueça em matéria orgânica. No quarto ano, tivemos uma produtividade de 62,5 sacas por hectare, apesar das dificuldades climáticas, mas ainda precisamos aprender a calibrar as melhores variedades para cada região”, diz o produtor.

Eduardo Simonetti, do Mato Grosso, e o alagoano Sérgio Papini comemoram resultados da produção de soja

A possibilidade de produzir grãos a custos mais baixos e revendê-los a preços mais atrativos fez com que Eduardo Simonetti, do Mato Grosso, investisse em terras alagoanas. Hoje, com mil hectares divididos em plantações de milho e soja, ele comemora os resultados de um trabalho de cultivo iniciado em março. “O clima não foi muito propício este ano, mas nós vamos conseguir cobrir os investimentos, o que não acontece em uma área de primeiro ano de grãos no Centro-Oeste. Estou muito feliz e já preparando a terra para 2019, que, se Deus quiser, será bem melhor”, vislumbra.

Programas de Saúde do Senar AL atendem comunidade rural de Mar Vermelho

Palestra sobre câncer de próstata

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – promoveu mais um dia de ações dos programas de Saúde da Mulher e do Homem nesta sexta-feira, 9. As atividades aconteceram no município de Mar Vermelho, agreste alagoano. Os programas têm o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população do campo.

As ações se concentraram na Creche Maria Odete e na Unidade de Saúde Humberto Gomes de Melo. Cerca de 120 homens assistiram à palestra sobre câncer de próstata, ministrada pelo urologista Mário Ronalsa, fizeram os exames de PSA e toque. Já as mais de cem mulheres foram orientadas sobre câncer de mama e colo do útero e passaram por exames de citologia. Houve também testes rápidos de glicemia, diabetes, sífilis e HIV.

Agricultores fizeram PSA

Todo o trabalho foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Mar Vermelho. “Esses programas do Senar são de suma importância, principalmente, para os homens e mulheres do campo, que muitas vezes não têm acesso a momentos como este. Nós já realizamos um trabalho preventivo, todos os dias, e o Senar e a Faeal chegam para agregar e fortalecer as nossas ações”, afirma a prefeita do município, Juliana Almeida.

“Estamos cumprindo com a nossa obrigação e reiterando o nosso compromisso, não só com o desenvolvimento socioeconômico da população rural, mas também com a saúde do homem e da mulher do campo”, enfatiza o presidente do Conselho de Administração do Senar AL e presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Ação da Prefeitura une outubro rosa e novembro azul

Ex-presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer e recém-eleita deputada estadual por Alagoas, Fátima Canuto acompanhou as ações de saúde em Mar Vermelho. “É fundamental que a população rural tenha acesso às informações sobre a importância da detecção precoce, tanto do câncer de mama, quanto de próstata. E é muito bom ver a participação de muitas mulheres e dos homens também, que estão vencendo o preconceito e se cuidando”, observa.

Aos 68 anos, o agricultor José Pedro dos Santos aproveitou o programa de saúde do Senar AL para refazer o PSA e o exame de toque. “Um trabalho desse é maravilhoso para o homem. Não sinto nada, mas, de qualquer maneira, tenho que me cuidar. Se todos os homens pensassem como eu, o câncer de próstata diminuiria muito”.

Juliana Almeida: “Parceria do Senar fortalece ações da Prefeitura”

Acompanhada do marido de da filha pequena, a autônoma Larissa Santos, 21 anos, aproveitou o programa do Senar AL para fazer a citologia. “Quanto mais cedo a gente se cuidar, melhor a gente vai ficar no futuro, com mais saúde para o resto da vida”, diz.

Faeal e Senar AL apoiam capacitações sobre gestão de riscos e monitoramento das secas

O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS) realiza, de 5 a 7 de novembro, o Seminário “Gestão dos Riscos de Secas no Brasil” e o Treinamento Avançado “Tecnologias de Sensoriamento Remoto para Monitoramento de Secas”. Os eventos acontecem no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas, no Campus A. C. Simões. O objetivo é capacitar profissionais para terem maior autonomia no monitoramento das condições de secas e na avaliação dos seus impactos em diferentes ecossistemas, utilizando dados como precipitação, umidade dos solos e índice de vegetação, especialmente do Sistema EUMETCast África.

Pio Guerra Júnior, presidente da Faepe, é um dos palestrantes. (Foto: Senar PE)

Os eventos contam com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AL). São voltados para profissionais de instituições regionais, estaduais, federais e internacionais interessadas em usar o Sensoriamento Remoto para monitorar as secas, e de organizações dos setores público e privado envolvidas na gestão e monitoramento ambiental ou focadas principalmente em pesquisa.

Os participantes terão a oportunidade de dialogar com profissionais que desenvolvem experiências exitosas na gestão das secas no Nordeste brasileiro e com especialistas nas tecnologias mais avançadas de Sensoriamento Remoto para o monitoramento das secas. O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra Júnior, abrirá o seminário com a palestra sobre o Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas, um ambiente de conhecimento, estudos e proposições indispensável ao planejamento econômico do Nordeste.

O Seminário acontece no dia 5 e é aberto ao público. Já para participar do treinamento, nos dias 6 e 7, é preciso fazer a inscrição, no valor de R$120 para profissionais ou R$80 para estudantes. As inscrições podem ser feitas somente até o dia 2 de novembro, no site do evento, onde a programação completa também está disponível.

Produtor tem até 28/12 para aderir a Programa para Composição de Dívidas

Em 13 de setembro, o BNDES comunicou alterações no programa às instituições financeiras e ao mercado com a Circular SUP/ADIG N° 02/2018-BNDES. A maior novidade foi a supressão da vedação ao enquadramento de operações de custeio em situação de adimplência em 01/08/2018 para fins de liquidação com recursos de operações de crédito no âmbito do aludido Programa. Isso significa que operações de custeio contratadas em até o dia 28 de dezembro de 2017 estão aptas como itens financiáveis do programa, independentemente de estarem adimplentes ou inadimplentes, desde que não tenham sido encaminhadas a prejuízo nas instituições financeiras.

O BNDES disponibilizou R$ 5 bilhões para a linha BNDES Pro-CDD AGRO, que tem como objetivo a concessão de crédito novo, a critério da Instituição Financeira Credenciada do BNDES, para a liquidação integral de dívidas de produtores rurais ou suas cooperativas de produção, originárias de uma ou mais operações de crédito do mesmo beneficiário (produtor rural ou cooperativa de produção). Os recursos dessa linha podem ser utilizados para quitar dívidas bancárias e também com fornecedores, como revendas de insumos, tradings e cooperativas agrícolas.

No último dia 3 de agosto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou às instituições financeiras credenciadas a criação do Programa para Composição de Dívidas Rurais (a linha BNDES Pro-CDD AGRO). A comunicação foi feita por meio da Circular SUP/AOI n° 46/2018 e a nova linha é fruto de proposta gerada na Comissão Externa do Endividamento do Setor Agrícola (CEXAGRIC) da Câmara dos Deputados.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil participou de audiências públicas nessa Comissão Externa, com o objetivo de apontar as causas do endividamento do setor agropecuário, apresentar a preocupação com o estoque de dívidas e com as garantias exigidas, em especial dos produtores com ações ajuizadas pelos bancos, e propor aprimoramentos nos instrumentos de política agrícola para reduzir os desgastes e custos das renegociações de dívidas.

  1. 1. Como o produtor ou a cooperativa podem pleitear esse financiamento nas instituições financeiras credenciadas no BNDES?

O produtor ou cooperativa de produção deve manifestar formalmente interesse em compor suas dívidas com a Instituição Financeira Credenciada do BNDES até 28 de dezembro de 2018. A IF deve formalizar a operação de composição de dívidas até 28 de junho de 2019.

O produtor ou cooperativa deve comprovar incapacidade de pagamento em consequência de dificuldade de comercialização dos produtos, frustração de safras por fatores adversos, e eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das atividades.

O produtor ou a cooperativa deve demonstrar a viabilidade econômica das atividades desenvolvidas na propriedade e capacidade de pagamento da operação de composição.

  1. 2. O que pode ser financiado?

Pode ser financiado a liquidação das dívidas cujos recursos tenham sido utilizados na produção:

  1. a) Operações de crédito rural de custeio ou investimento contratadas até 28 de dezembro de 2017, inclusive aquelas prorrogadas por autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN);
  2. b) Dívidas contraídas com fornecedores de insumos agropecuários ou instituições financeiras, inclusive decorrentes da emissão de Cédula de Produto Rural (CPR) e Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), desde que seja comprovada a utilização dos recursos da nova operação para liquidar as dívidas objeto da composição; e
  3. c) Outras operações de crédito contraídas junto a instituições financeiras para pagamento de dívidas oriundas de crédito rural.

Importante: o saldo devedor das operações corresponderá à soma das parcelas vencidas e vincendas das operações objeto da composição, atualizadas pelos encargos contratuais de normalidade até a data da contratação da operação de composição.

  1. 3. O que não pode ser financiado?

Não podem ser objeto da composição de dívidas na linha Pro-CDD AGRO

  • a) Operações de crédito rural de investimento que estejam no período de carência até a data da formalização da nova operação, e de custeio que estejam em situação de adimplência em 01/08/2018.
  • b) Operações que tenham sido objeto de processo de desclassificação do crédito rural.
  • c) Operações que tenham sido classificadas como prejuízo pelas Instituições Financeiras até 02/08/2018.
  • d) Operações contratadas por produtores rurais ou suas cooperativas ao amparo do art. 1º da Lei nº 12.096, de 24/11/2009; e
  • e) Operações que tenham sido objeto de pagamento de honra pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) ou por outros fundos garantidores.

Além disso, as operações contratadas neste Programa não poderão ser posteriormente refinanciadas no âmbito dos Programas e Linhas do BNDES de refinanciamento de operações ativas das Instituições Financeiras Credenciadas.

  1. 4. Quais são as condições de financiamento?

Nos financiamentos concedidos neste Programa, deverão ser seguidas as condições estabelecidas a seguir:

  1. 4.1. Taxa de Juros: é formada por três componentes:

No atual patamar de TLP em torno de 6,5% a 7% ao ano, a taxa de juros dessa linha pode alcançar mais de 11% ao ano.

  1. 4.2. Limite de Financiamento: até 100% do valor do saldo devedor apurado nos termos desse programa, limitado a R$ 20 milhões por produtor ou cooperativa. No caso de operações de crédito grupais ou coletivas, o valor considerado por produtor ou cooperativa deve ser obtido pelo resultado da divisão do saldo devedor das operações envolvidas pelo número de mutuários constantes dos respectivos instrumentos de crédito.

Quando o saldo devedor ultrapassar o limite, o produtor ou cooperativa pode optar por:

  • a) Pagar integralmente o valor excedente ao referido limite e efetuar contratação da operação de composição de dívida pelo valor do saldo restante; ou
  • b) Excluir integralmente da composição de dívida uma ou mais operações, com anuência da instituição financeira.

Além disso, as operações deste Programa não comprometerão o limite por produtor ou cooperativa, a cada período de doze meses, estabelecido para as operações realizadas no âmbito da linha BNDES Automático.

  1. 4.3. Prazo Total: até 144 meses, incluídos até 36 meses de carência.
  1. 4.4. Periodicidade dos Pagamentos de amortização: mensal, semestral ou anual.
  1. 4.5. Juros durante o prazo de carência e amortização: os juros durante a fase de carência poderão ser exigíveis ou capitalizáveis, e sua periodicidade ser trimestral, semestral ou anual. Durante a fase de amortização, os juros deverão ser pagos juntamente com as parcelas de principal.
  1. 5. Quais são as garantias exigidas na composição de dívidas?

A escolha das garantias é de livre convenção entre o produtor ou cooperativa e a Instituição Financeira Credenciada, observadas as normas pertinentes do Conselho Monetário Nacional e a legislação própria de cada tipo de garantia. Não será admitida a outorga de garantia pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).

  1. 6. Outras condições da linha

Admite-se, a critério da Instituição Financeira Credenciada, a inclusão na composição de dívidas de que trata esta Circular de operações de crédito contratadas pela Beneficiária Final, em outra instituição financeira, desde que fique devidamente comprovado que os recursos da nova operação sejam utilizados para liquidar as operações existentes naquelas instituições;

  1. 7. Recomendações importantes aos produtores rurais
  2. § O produtor deve manifestar formalmente interesse em compor as dívidas com a Instituição Financeira Credenciada do BNDES até 28 de dezembro de 2018. Acesse o Modelo Programa Para Composição De Dívidas Rurais – Bndes Pro Cdd Agro  que deve ser entregue em duas vias à Instituição Financeira. O produtor deve colher a assinatura de recebido e guardar uma das vias.
  3. § O produtor ou cooperativa deve comprovar incapacidade de pagamento em consequência de dificuldade de comercialização dos produtos, frustração de safras por fatores adversos, e eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das atividades. Essa comprovação pode ser realizada por laudo técnico, conforme modelo de Declaração De Assistência Técnica E Capacidade De Pagamento .
  4. § O programa não utiliza subsídios de equalização do Tesouro Nacional e os juros estão indexados a uma taxa pós-fixada (TLP), que pode variar ao longo dos anos conforme a conjuntura econômica do país.
  5. § Apesar dos R$ 5 bilhões em recursos disponíveis, ficou a critério das Instituições Financeiras a decisão de ofertar a nova linha de composição de dívidas rurais. Ou seja, não há obrigatoriedade dessas instituições realizarem essas operações ou exigibilidade para utilizarem esses recursos.
  6. § É recomendável aos produtores em dificuldades financeiras que verifiquem e comparem as opções de renegociação de dívidas rurais com os seus credores, antes de optar pela linha do BNDES.
  7. § Em algumas situações, as condições de parcelamento de dívidas diretamente com os credores podem ser mais atraentes, dependendo da análise de cada caso.
  8. § Essa linha do BNDES não prevê mecanismo de nova prorrogação de suas parcelas. Isso quer dizer que em caso de adversidades climáticas ou de preços no decorrer da vigência do contrato, o produtor terá que buscar antes de cada safra instrumentos de mitigação de riscos como seguro ou contratos de opção para não correr o risco de ficar inadimplente.
  9. § Uma dica importante aos produtores é de que o Banco do Brasil reabriu as condições de uma linha de renegociação de dívidas com prazo de até 7 anos e com juros mais favoráveis.
  1. 8. Quais sãos as Instituições Financeiras Credenciadas do BNDES?

  a) Referencial de Custo Financeiro: Taxa de Longo Prazo (TLP).

  b) Remuneração Total do BNDES: 1,5% ao ano.

  c) Remuneração da Instituição Financeira Credenciada: Até 3% ao ano.

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  1. Mais informações sobre a linha podem ser obtidas em:

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/instituicoes-financeiras-credenciadas/normas/normas-operacoes-indiretas

“Não há previsão de seca severa para a próxima década”, diz professor Molion

 Após enfrentar o agosto mais seco dos últimos 107 anos, de acordo com os dados da Usina Utinga Leão, os produtores rurais de Alagoas tiveram um prognóstico animador. Não há previsão de estiagem severa, pelo menos, para a próxima década, segundo o meteorologista Luiz Carlos Baldicero Molion, PhD pela Universidade de Wiscosin (EUA), uma das escolas mais respeitadas do mundo. A previsão foi apresentada em palestra promovida na última segunda, 10, pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL.

A palestra ocorreu na sede do Senar AL, bairro de Jaraguá, em Maceió. “Devemos nos preocupar a partir de 2034, quando estou prevendo um El Niño bastante rigoroso, semelhante ao que ocorreu em 2015 e 2016 e que causou uma redução muito grande na nossa chuva”, afirmou o cientista. Para chegar a este prognóstico, Luiz Carlos Molion recorreu aos dados de instituições de pesquisa brasileiras e de países como EUA e Inglaterra. A previsão do meteorologista é o resultado de uma análise comparativa de índices registrados desde a primeira metade do século passado até os dias atuais.

“De maneira geral, o período entre 1964 e 1975, semelhante ao atual, apresentou chuvas mais regulares com totais em torno da média. Por similaridade ao período de 1998 a 2001, as chuvas poderão ficar cerca de 20% abaixo da média em 2018 e 5% em 2019. É importante reservar água e aí há um paradoxo: a nossa região falta chuva, mas não falta água. O rio São Francisco perdeu 99 m³/s nos últimos 40 anos, mas ainda joga no oceano 600 m³/s, ou seja, 52 bilhões de litros por dia. É necessário usar essa água e perenizar o rio com obras hidráulicas”, sugere Molion.

Segundo o pesquisador, a água do canal do Sertão tem que ser utilizada para a agricultura de alto retorno, a exemplo das frutíferas. “Infelizmente, a tradição leva a se plantar feijão, milho, macaxeira, uma agricultura que não dá retorno econômico. Temos que mudar isso. A Embrapa lançou, há quatro anos, uma variedade de uva, a BRS Magna, que produz 30 toneladas por hectare e o ciclo é de 97 dias. Como nós não temos limitação de temperatura aqui, essa uva poderia dar três safras por ano, ou seja, 90 toneladas. Se isso for coordenado com a indústria de transformação, na produção de suco, geleia, o valor agregado será bem maior”, exemplifica.

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, afirma que a Federação está à disposição do Estado para auxiliar na criação de uma política que incentive essa diversificação na produção. “Já conversamos com o secretário da Agricultura para que seja criado um comitê ou uma comissão de fruticultura, com a presença do Estado e do setor agrícola, da mesma forma que foi criada a comissão de grãos. Desta forma, poderemos inserir novas possibilidades no meio rural de Alagoas, para que o produtor possa produzir mais, em menor espaço e com lucratividade”, afirma.

 Secretários

O secretário de Estado da Agricultura, Carlos Henrique Soares, endossa a necessidade de municiar o produtor de conhecimento para que ele possa investir em novas culturas. “Nesse processo de diversificação, nós temos que estimular cada vez mais as iniciativas em grãos e outras atividades, para que sejam exitosas, pois o aumento da produtividade também eleva o PIB alagoano. Com a decadência da cana, o conhecimento é o melhor caminho para que os produtores possam investir em outras atividades”, diz.

A exemplo de Carlos Henrique Soares, também participaram da palestra no Senar os ex-secretários da Agricultura de Alagoas, Antônio Santiago e Álvaro Vasconcelos, este último sempre envolvido com as questões do agronegócio no Estado.

LEGENDA

Evento reuniu produtores na sede do Senar AL