Senar e Sebrae alfabetizam 375 trabalhadores rurais em Alagoas

Alfabetização é um dos 300 cursos previstos em convênio de cooperação técnica que busca capacitar mais de 5,5 mil alagoanos em três anos

Aos 59 anos, Zé Pedreiro escreve o próprio nome, mas não reconhece as letras 
Álvaro Müller – Publicado na GazetaWeb
 
Às vésperas de completar 60 anos, José Sebastião dos Santos, o “Zé Pedreiro”, escreve o próprio nome com dificuldade. E só. Não lê, não interpreta, não reconhece uma letra sequer. Não sabe escrever mais nada. Morador de São Luis do Quitunde, município localizado a 54 quilômetros da capital Maceió, Seu Zé começou a trabalhar ainda menino, cortando cana. Nunca frequentou a escola, mas, agora, finalmente, ganhou a oportunidade de se alfabetizar.
 
“Se eu conhecer as letra, vou ler um pouquinho e escrever outras coisa. Sinto muita falta disso, porque se meu pai tivesse me colocado na escola, eu novo, hoje podia ser que eu tivesse numa melhor hora”, reconhece Zé Pedreiro. Ele é um dos 375 alunos do curso de Alfabetização de Jovens e Adultos oferecido em dez municípios alagoanos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, em parceria com o Sebrae AL.
 
O curso é uma das ações previstas no Convênio de Cooperação Técnica e Financeira 01/2019, firmado entre as duas instituições com o objetivo de viabilizar o projeto de qualificação técnica para o segmento do agronegócio, melhorar o desempenho nas ocupações e ampliar os níveis de produtividade dos pequenos produtores rurais.
 
As aulas começaram nessa segunda-feira, 3, e a duração do curso é de seis meses, numa carga horária de 300 horas. Ao todo, 15 turmas estão distribuídas nos municípios de Arapiraca; Igaci; Igreja Nova; Major Izidoro; Mata Grande; Palmeira dos Índios; Pindoba; Poço das Trincheiras; Santana do Ipanema; e São Luis do Quitunde. Os estudantes foram selecionados pelos professores, que moram nas comunidades onde ministram as aulas.
 

 
“É muito gratificante quando a gente vê um aluno sair daqui sabendo assinar o próprio nome, é uma alegria indescritível”, afirma a professora Maria Nazaré, que leciona para os 25 alunos de São Luís do Quitunde, na Escola Municipal Divino Redentor, povoado Alto da Cohab. Na sala de aula, algumas crianças dividem espaço com os adultos. Acompanham os pais, agricultores que não têm com quem deixar seus filhos, mas não desistem dos estudos.
 
“Essa é uma prova de que a comunidade abraçou o projeto e eu espero que durante esses seis meses essas pessoas saiam daqui alfabetizadas, pois isso gerará outras oportunidades na vida delas”, avalia a mobilizadora do Senar em Quitunde, Eglantine Mendonça.
 
“Ao aplicar uma metodologia de educação profissional voltada para o ensino da leitura, escrita, interpretação e focada para uma ação integrada de releitura do mundo do trabalho, o curso favorece a profissionalização e a inclusão social de trabalhadores rurais sem escolaridade”, ressalta a coordenadora pedagógica do Senar, Graziela Freitas.
 
Turma de Alfabetização de São Luis do Quitunde
Outros cursos
Assinado no último mês de janeiro, o convênio do Sebrae e Senar tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e prevê a realização de 300 cursos de qualificação profissional e alfabetização para a população do campo, nos 102 municípios alagoanos. A meta é capacitar 5.505 micro e pequenos produtores, trabalhadores rurais e familiares, em três anos.
 
Além da alfabetização, outros treinamentos envolverão diversas áreas, como artesanato; apicultura; avicultura; bovinocultura do leite; ovinocultura; suinocultura; piscicultura; industrialização de doces; laticínios; processamento de mandioca; hortaliças e frutas; olericultura; controle de pragas e doenças; fruticultura; mecanização agrícola; cultura da cana; informática básica; e administração rural.
 
O Senar é responsável pela execução do projeto, o que inclui contratação de instrutores, inscrição dos alunos, realização das capacitações, avaliação dos resultados e prestação de contas. Já o Sebrae, além de repassar recursos financeiros, supervisionará, acompanhará e auxiliará no desenvolvimento dos trabalhos técnicos.
 
O último convênio desta magnitude firmado entre as duas instituições em Alagoas, no ano de 2015, contou com a participação de 5.135 alunos. O índice de aprovação foi superior a 85%.

Faeal sedia Seminário Inovação no Semiárido

Foto: Edilson Omena/Algo Mais Consultoria

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – sediou, nessa quarta-feira, 15, o Seminário Inovação no Semiárido: a experiência de Israel. Promovido pelo Sebrae AL, o evento apresentou e abriu discussões sobre as possibilidades de replicar, no semiárido alagoano, o exemplo de gestão, investimento em tecnologia e educação que fizeram do país do Oriente Médio o mais avançado do mundo em irrigação agrícola, mesmo possuindo solo desértico.

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, ressaltou a importância da realização do seminário no exato momento em que a Assembleia Legislativa de Alagoas discute a necessidade da conclusão das obras do Canal do Sertão e da construção de barragens subterrâneas no semiárido.

“Nós, da Federação da Agricultura e do Senar, que provocamos essas discussões, já nos sentimos realizados. O resultado não nos pertence, mas o estado foi provocado e nós continuaremos acompanhando. Já demos a sugestão ao governador Renan Filho, pois gostaríamos de participar da gestão, não como gestores principais, mas num grande conselho fiscalizador, que também possa sugerir, contestar, contribuir com o desenvolvimento de Alagoas”, afirma Almeida.

Israel é um exemplo de que tudo depende de uma gestão eficiente. Superou as adversidades e hoje exporta cerca de 80% do que produz no campo, onde mais da metade das terras são irrigadas com água de reuso. Segundo Diego Berger, coordenador de projetos internacionais da Mekorot, empresa de abastecimento israelense, o primeiro passo é educar as pessoas para que dêem o valor necessário à água.

“Nós costumamos dizer que Israel foi abençoada pela falta de recurso. Não há mais água natural e metade do que utilizamos na agricultura vem do esgoto, pois somos o país que mais reutiliza. E aí é que está a importância de uma boa gestão, que, além de educar a população, também deve reduzir as perdas e utilizar bem os recursos”, analisa Berger.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae em Alagoas, Zezinho Nogueira, reforça a importância da troca de experiências com Israel, sobretudo no que diz respeito à gestão. “Temos muitas das tecnologias presentes em Israel e podemos trazer outras, mas o ponto principal deles é a gestão em tudo o que fazem, e é isso o que queremos trazer, essa experiência na gestão da agricultura e dos recursos hídricos”, comenta Nogueira.


Senar realiza pesquisa de saúde em todo o país

Objetivo é fazer um diagnóstico da população rural e utilizar os dados para aprimorar os programas de Saúde do Homem e da Mulher

Pesquisadores entrevistam população rural em Viçosa

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – realiza uma pesquisa sobre a saúde da população rural em todo o país. O mapeamento, feito em parceria com profissionais do Instituto CNA, tem o objetivo de traçar um diagnóstico que subsidie os programas de Saúde do Homem e da Mulher oferecidos por meio das regionais do Senar.

“Na Pesquisa Nacional de Saúde, não temos um recorte do meio rural para nortear as nossas ações. Por outro lado, não podemos achar que trabalhar com doenças crônicas, transmissíveis ou não transmissíveis seja o melhor caminho. Necessitamos de um diagnóstico do estado de saúde e dos hábitos de vida da população do campo, o que nos permitirá entender o contexto de risco e vulnerabilidade para algumas doenças e aprimorar os nossos programas”, argumenta Magali Eleutério da Silva, assessora técnica da Diretoria de Educação Profissional e Promoção Social – DEPPS – do Senar.

O trabalho de campo começou em abril e deve seguir até o próximo mês de julho. A previsão é de que os resultados sejam divulgados no final de novembro. Selecionados pelas regionais do Senar, os pesquisadores entrevistam a população durante as ações dos programas de saúde. Antes disso, são capacitados para aplicar o questionário.

“É importante que os entrevistadores entendam o sentido da pesquisa e como deve ser a abordagem, pois muitos homens e mulheres do campo não têm instrução, por isso, é preciso ter cuidado com a forma como a mensagem é transmitida. Em Alagoas, os seis pesquisadores selecionados são profissionais de saúde e instrutores do Senar. Isso nos faz acreditar que teremos uma boa pesquisa no estado, pois eles sentiram a necessidade e ficaram felizes com o convite para participar deste momento”, afirma Amanda de Pádua Oliveira, técnico-administrativo do Instituto CNA.

Programas de saúde do Senar reúnem público-alvo da pesquisa

Aos 32 anos, a assistente social e instrutora do Senar em Alagoas, Daniele Vanessa Ferreira, está entre os pesquisadores. Ela reconhece a importância da iniciativa. “Este é um público desassistido, que sente dificuldades na área da saúde, e o levantamento de dados serve para que a gente conheça essas necessidades. O questionário aborda o tipo de trabalho dessas pessoas, se estão aposentadas ou não, se o sustento vem da propriedade, se têm problemas de saúde, entre outras informações. Muitas delas têm doenças sérias, mas desconhecem; outras se automedicam, então, nós temos que saber para dar orientações e encaminhamentos”, avalia.

Pesquisa no estado

Em Alagoas, a coleta de dados começou no último dia 26 de abril, no município de Viçosa, onde o Senar AL realizou a edição mais recente dos programas de Saúde da Mulher e do Homem. O trabalho conta com a parceria das prefeituras e o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal. O objetivo é prevenir e combater o câncer de mama, próstata e pênis, entre outras doenças. Além de palestras, a comunidade realiza exames gratuitos de Papanicolau, PSA e toque. Também são oferecidos testes rápidos de DST/Aids, glicemia, aferição de pressão arterial, serviços de estética e entrega de kits de beleza para as mulheres.

Em Viçosa, as ações se concentraram na Escola Municipal Professora Alza Torres, no Conjunto Santa Ana. Para o prefeito do município, Davi Brandão, a iniciativa ajuda a amenizar uma situação preocupante e comum em todo o país. “Sabemos que a saúde enfrenta dificuldades no Brasil inteiro, nós temos, inclusive, problemas para a manutenção de médicos e, por meio desta parceria com o Senar, conseguimos atender muitas pessoas humildes, em zonas de extrema dificuldade, que no dia a dia não teriam a cobertura destes serviços”, reconhece o gestor público.

Davi Brandão, prefeito de Viçosa, e Álvaro Almeida, presidente da Faeal

Para o presidente da Faeal e do Conselho Administrativo do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida, a cada programa de saúde realizado, a sensação é de dever cumprido. “Além da capacitação profissional, para que os homens e mulheres do campo possam produzir mais, com qualidade e a custos mais baixos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural também se preocupa com a saúde dessas pessoas. Mais uma vez, cumprimos a nossa missão”, celebra.

Quem também ficou muito satisfeito com os programas de saúde do Senar em Viçosa foi o agricultor aposentado José Cícero da Silva, 68 anos. Ele aproveitou praticamente todos os serviços ofertados. “Muitos de nós não pode ir a um médico, pagar consulta, a gente não tem esse dinheiro. Então, essa ação é boa demais”, comemora.

Equipes do Senar e da Prefeitura de Viçosa

Palestra sobre EFD-Reinf e DCTFWEB em São Miguel dos Campos

Gratuita / 50 vagas
Dia 21/05
14h às 18h
Associação Comercial (Rua Bernardo Lopes, 427 – Centro).
Palestrante:
Eduardo Jorge Bandeira de Souza
(Auditor da Receita Federal)

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Presidente da Faeal prestigia posse de secretários de estado

Secretário Fábio Farias, prefeita Juliana Almeida e o presidente da Faeal, Álvaro Almeida

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, prestigiou a solenidade de posse que marcou o retorno de Fábio Farias ao Gabinete Civil do Governo do Estado e a nomeação de Cecília Rocha na Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia. O evento aconteceu na manhã dessa segunda, 22, no Palácio de Governo, em Maceió.

“A nomeação da Cecília Rocha é muito importante, pois alia capacidade e juventude em busca de colaborar com o desenvolvimento do Estado, e a renomeação do Fábio Farias traz a experiência, é o ponto de equilíbrio no governo”, avaliou Álvaro Almeida, que durante a solenidade esteve acompanhado da filha, Juliana Almeida, prefeita do município de Mar Vermelho.

“Com a chegada do Fábio Farias e da Cecília, a gente monta o primeiro escalão do Governo. Com muita paciência, com muita calma, procurando ouvir a todos, eu vim montando o Governo com dois objetivos. Ter um primeiro escalão denso, do ponto de vista técnico e do ponto de vista político, e que me desse a condição para, no campo da administração pública, gerencial, dar velocidade e estabilidade política para que a gente pudesse avançar sem sobressaltos”, explicou Renan Filho.

Nova secretária Cecília Rocha recebe os cumprimentos de Álvaro e Juliana Almeida

O médico Fábio Farias, que volta ao Gabinete Civil, órgão que comandou entre 2015 e 2018, lembrou a missão articuladora da pasta e garantiu esforços para promover a convergência entre os três poderes e a sociedade civil para o desenvolvimento de Alagoas.

“O Gabinete Civil é um facilitador do processo interno e do processo externo do Governo. A convergência é o meu foco, e o Gabinete Civil é precisamente o órgão governamental responsável pela manutenção e construção de pontes entre o Executivo, os demais poderes constituídos e as instituições representativas da sociedade”, disse Farias.

Presidente da Faeal acompanhou solenidade entre familiares do secretário Fábio Farias

A nova secretária da Ciência e Tecnologia apontou entre suas prioridades a entrega do Polo de Tecnologia da Informação, no bairro de Jaraguá. “A importância desse Polo se ajusta às preocupações sociais do Governo de Alagoas. Precisamos ir além, usando a tecnologia para tornar o Estado ainda mais eficiente. Vamos incentivar os desenvolvedores de programas e startups. Não podemos esquecer a importância da popularização da ciência e do incentivo e preparo das crianças e adolescentes. Ciência e educação não podem estar separadas”, afirmou Cecília Rocha.

Com informações da Agência Alagoas.

Ministra da Agricultura pretende apresentar ações para o Nordeste em junho

Tereza Cristina visitou o estado de Alagoas nesta sexta-feira, 29, e recebeu pauta de solicitações do setor produtivo

Ministra recebe pauta de solicitações do setor produtivo

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, recebeu uma pauta de solicitações do setor produtivo de Alagoas nesta sexta-feira, 29, durante visita à Cooperativa Pindorama, no município de Coruripe. O documento foi entregue pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, e inclui sugestões de medidas para reduzir o endividamento rural no Nordeste, promover a retomada do crescimento na produção da cana-de-açúcar, o desenvolvimento da pecuária e da agricultura familiar.

Por recomendação do presidente Jair Bolsonaro, a ministra tem percorrido o Nordeste para dialogar com o setor produtivo, conhecer boas práticas e discutir as necessidades da região. A intenção é apresentar propostas de ações a partir das demandas levantadas durante as visitas. “Espero retornar, no mês de junho, para anunciar ações concretas. O Ministério da Agricultura já dispõe de alguns programas, a exemplo da área fundiária, onde nós queremos dar títulos definitivos, pois temos crédito disponível e as pessoas não podem acessar, porque ainda não têm os seus papéis, suas escrituras, os seus registros. Então começaremos pela base e depois veremos quais dos nossos programas atenderão melhor aos produtores de cada estado. Mas é importante ressaltar que não temos fórmulas prontas. Estamos aqui para construir juntos”, afirmou Tereza Cristina.

Em Alagoas, uma das demandas consideradas prioritárias pelo setor produtivo é o apoio do Governo Federal para a conclusão das obras do Canal do Sertão, que estão cerca de 50% concluídas. “Sem dúvida, esta é a obra mais importante do semiárido alagoano, pois percorre uma região de geografia de catástrofe, tendo em vista que grande parte da sua população – predominantemente de agricultores familiares – está condicionada a um regime irregular de chuvas. Sua conclusão possibilitará o surgimento de um polo de fruticultura, nos moldes de Petrolina, em Pernambuco, o maior faturamento por hectare do País, com alto nível de geração de impostos, emprego e renda”, avalia o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Tereza Cristina pretende apresentar ações para a região em junho

Medidas também foram sugeridas para a retomada do crescimento na produção canavieira em Alagoas, o que inclui a inserção da cana-de-açúcar na Política de Garantia de Preços Mínimos, com preço fixado pelo Governo Federal, a partir de uma base regional e custos levantados, e a criação de um programa de recuperação da lavoura canavieira do estado, que, diante da crise no setor, teve nove unidades produtivas fechadas e caiu de segundo para sétimo maior produtor do país. Segundo o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Andrade Lima, um passo importante para aumentar a produção da cana é a construção e manutenção de pequenas barragens na região.

“O grande pleito do Nordeste é a irrigação, inclusive na zona da mata, que também sofre em períodos de seca. Precisamos de pequenas barragens para que a água das chuvas seja contida e utilizada. A ministra já esteve na Paraíba e viu um bom exemplo, uma usina que utiliza um sistema de irrigação de gotejamento israelense e está produzindo 150 toneladas de cana por hectare, quase o dobro da produção do centro-sul”, exemplifica Alexandre Lima.

Ministra com o superintendente do Senar AL, Fernando Dória, e o presidente da Faeal, Álvaro ALmeida

Mais demandas
Outra solicitação do setor produtivo de Alagoas é o apoio do Governo Federal ao Programa do Leite, em parceria com o Governo do Estado. “Trata-se de um programa de grande alcance social, uma vez que atende a cerca de 80 mil famílias, com leite produzido por aproximadamente 4 mil pequenos produtores, e contempla os 102 municípios alagoanos. Mas a sua perenidade depende da regularidade do repasse de recursos federais”, alerta o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

No documento entregue à ministra Tereza Cristina há outras sugestões para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite, além da solicitação do apoio do Governo Federal para garantir a implantação do Centro Nacional de Pesquisas de Alimentos e Territórios da Embrapa – que corre o risco de não sair do papel por falta de recursos –, o fortalecimento da infraestrutura da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal) e da Superintendência do Ministério da Agricultura no Estado. “Estamos felizes pela vinda da ministra a Alagoas. Isso redobra a nossa confiança neste governo que assumiu o compromisso de trabalhar pelo desenvolvimento do agronegócio, maior gerador de emprego e renda do país”, ressalta Álvaro.

Programa Mais Pasto é apresentado ao setor produtivo de PE

Marina Lima / Ascom / Faepe

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, recebeu no dia 26, o coordenador do Programa Mais Pasto, André Sório e o superintendente do Senar Alagoas, Fernando Dória, na sede da Federação, no Recife. Em pauta, uma apresentação sobre a iniciativa para gestores e técnicos do setor produtivo.

O Mais Pasto leva consultoria para pecuaristas, implantando alternativas para melhorar o manejo das pastagens, a gestão da propriedade rural e, consequentemente, intensificar a atividade, seja na pecuária leiteira ou de corte.

O programa é uma idealização do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Alagoas (Senar-AL), com o apoio do Sebrae. 

Além do presidente da Faepe, a reunião contou com a presença do superintendente do Senar Pernambuco, Adriano Moraes, de técnicos da instituição e do pesquisador do IPA, Geraldo Eugênio.

Ronaldo Lessa abre diálogo com o agronegócio

Novo secretário de Estado da Agricultura ouviu pleitos do setor em reunião realizada nesta sexta, 15, na sede da Faeal

Secretário fala ao lado dos presidentes da Faeal e da Adeal

Três dias após tomar posse como secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Ronaldo Lessa abriu o diálogo com o setor produtivo. Na manhã desta sexta-feira, 15, o ex-governador e ex-deputado federal ouviu os anseios de produtores e pecuaristas, dirigentes da Coopervales, Pindorama, Asplana, ACA, entre outras cooperativas, associações e sindicatos rurais. A reunião aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e também contou com a participação de gestores da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

Diversos temas foram discutidos, a exemplo da carência de matadouros que incentiva o abate clandestino de animais, da necessidade de mudanças no gerenciamento do Programa do Leite, de uma política mais forte de incentivo para o setor sucroalcooleiro e de um projeto de construção e manutenção de barragens subterrâneas que garanta água durante o ano inteiro para os pequenos produtores das regiões mais secas.

A necessidade de fortalecimento da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária ganhou caráter de urgência na reunião. O Plano Estratégico para o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), do Governo Federal, que tem como meta o reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa, dividiu os estados em cinco blocos de transição de status sanitário. Alagoas está no terceiro bloco e precisa ser reconhecido como zona internacional livre sem vacinação em 2022, porém, Bahia e Sergipe estão no quarto bloco, cujo prazo de transição se estende até o primeiro semestre de 2023, ou seja, um ano depois. A situação preocupa, pois a Adeal não dispõe de infraestrutura ou equipes suficientes para impedir que o gado não vacinado nos estados vizinhos entre em Alagoas.

Entre os anos de 2013 e 2019, a Adeal perdeu 179 profissionais, dentre eles, 16 médicos veterinários, 11 engenheiros agrônomos, 31 técnicos agrícolas, 38 guardas sanitários e 81 auxiliares administrativos. Segundo o superintendente do Ministério da Agricultura em Alagoas, Alair Correia de Amorim, esta situação dificulta o controle da entrada de animais nas divisas do estado. “A Adeal precisa de recursos, urgentemente, e seria uma saída muito boa se o secretário conseguisse uma emenda parlamentar vinculada a investimentos na Agência”, sugere.

O presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária, Carlos Mendonça Neto, reconhece a importância da discussão sobre as necessidades da instituição. “A Adeal é importantíssima para o setor produtivo, tem um corpo técnico extremamente competente e precisa ser fortalecida. O novo secretário de Agricultura já se comprometeu a ajudar e disse que vai dialogar com o governador Renan Filho, sobre temas pertinentes à Adeal”, afirma.

Representantes de diversas instituições participaram da reunião

O secretário

Após ouvir os representantes do agronegócio, Ronaldo Lessa garantiu lutar pelas demandas do setor. “A secretaria é um instrumento para criar meios de desenvolvimento, mas é a sociedade quem dá a resposta. Quer seja o agronegócio ou a agricultura familiar, a sociedade é quem produz e o governo deve criar as condições para que isso aconteça. Portanto, é muito importante ouvir essas pessoas do agronegócio, que estão preocupadas com a produção, mas também com a elevação da riqueza do Estado. Eu senti aqui que há uma preocupação com Alagoas, com a qualidade de vida seu povo, e não há possibilidade de querer que Alagoas dê um salto de qualidade sem pensar neste segmento”, ressalta o secretário.

Lessa ressaltou que o foco não pode ser apenas na indústria, como também nos produtores locais e isso também passa pelo fortalecimento do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável. “Nós trazemos a água de coco da Ásia, por outro lado, nós precisamos melhorar tecnicamente com pesquisa e acompanhamento. Para o Estado, que tem a obrigação de dar respostas à sociedade, é uma situação difícil, mas nós temos que acreditar”, diz.

Para Álvaro Almeida, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas, a pré-disposição do novo secretário em dialogar é um indício de que o diálogo será fortalecido. “Ronaldo Lessa ouviu aqui diversos produtores, representantes de diversas instituições que tratam do agronegócio, quatro ex-secretários de Agricultura e se expressou no sentido de permanecer próximo ao nosso segmento para que possa, junto ao governador Renan Filho, fazer com que o agro alcance o seu lugar, contribuindo cada vez mais com o desenvolvimento socioeconômico do Estado”, comenta o presidente da Faeal.

Comissão da Cana reinicia os trabalhos

A Comissão da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas reiniciou os trabalhos na manhã desta segunda-feira, 25 de fevereiro. A reunião de reestruturação aconteceu na sede da Faeal e contou com a participação de representantes da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba (Coopervales), Cooperativa dos Plantadores de Cana de Alagoas (Coplan) e Cooperativa Pindorama.

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, ressaltou que objetivo da reestruturação da comissão da cana-de-açúcar é reinserir Alagoas nas discussões de caráter nacional sobre o setor, abrindo o diálogo com a comissão nacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), bem como promover discussões técnicas sobre os problemas enfrentados na lavoura canavieira alagoana. A comissão também pretende levar reivindicações aos governos estadual e federal.

“O objetivo é somar ideias e unir forças para que possamos sugerir e cobrar melhorias para o setor. Quem não discute, não chega à uma conclusão. Quem não diverge, não constrói. Nós estamos aqui para dialogar, divergir e construir propostas coletivas. Isso é democracia e amadurecimento”, afirma Almeida.

“Toda vez que uma usina fecha no estado, atinge a todos nós. Quanto mais nos unirmos, mais fortes seremos”, resume o presidente da Coplan, Fernando Rossiter.  Segundo Vinícius Cansanção, primeiro presidente da Comissão da Faeal, um dos pontos prioritários da discussão é a atualização da sistemática do Consecana, que quantifica o valor da cana-de-açúcar. A última atualização aconteceu em 1999. “Pernambuco é nosso vizinho e recebe R$10 a mais no valor da tonelada de cana; Paraíba recebe o mesmo valor. Algo está errado e nós precisamos juntar forças para igualar esses números”.

 

Curso técnico em Agronegócio: candidatos selecionados na 1ª etapa

Aspirantes a uma vaga na formação técnica foram conhecidos nesta quarta

Brasília (20/02/2019) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) divulga nesta quarta (20) a lista de candidatos selecionados para a etapa classificatória do curso Técnico em Agronegócio.

Os candidatos cujos nomes estão na lista continuam na disputa por uma vaga no curso e devem ficar atentos aos próximos passos para a classificação.

A metodologia do processo classificatório é definida pela Administração Regional do Senar. Clique aqui para saber mais sobre a metodologia em Alagoas e fique atento às orientações do seu estado para saber qual a metodologia utilizada.

Para visualizar a lista dos candidatos que continuam na seleção em Alagoas, clique aqui.

Para informações sobre o processo seletivo, entre em contato pelo telefone: 0800 642 0999 (de segunda a sábado, das 8h às 21 h, no horário de Brasília).

Sugerimos a leitura atenta ao Edital (disponibilizado nesta página). Caso sua dúvida persista, acesse aqui.