O trabalho de reestruturação da Comissão da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas e do Senar AL terá início na próxima segunda-feira, 25, a partir das 9 horas, em reunião na sede da Faeal. A comissão contará com representantes da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba (Coopervales), Cooperativa dos Plantadores de Cana de Alagoas (Coplan) e Cooperativa Pindorama.
O objetivo da reestruturação da comissão da cana-de-açúcar da Faeal é reinserir Alagoas nas discussões de caráter nacional sobre o setor, abrindo o diálogo com a comissão nacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), bem como promover discussões técnicas sobre os problemas inerentes à lavoura canavieira alagoana.
Reunião na Coplan
Na última semana, o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, se reuniu com os presidentes das demais entidades para ressaltar a importância da união de esforços, sobretudo, neste momento de crise econômica para o setor. “Nós entendemos que a participação da Asplana, Coopervales, Coplan e Pindorama fortalecem a comissão e dá mais pujança para reivindicações, pois mostra a unidade da categoria. Não há dúvida de que, juntos, somando ideias, discutindo tecnicamente, esses entes têm capacidade de encontrar soluções para as dificuldades que enfrentamos na lavoura canavieira”, ressalta Almeida.
As prioridades da Comissão da Cana-de-açúcar da Faeal e do Senar ainda serão definidas. A partir daí, inicia-se um trabalho de reivindicações junto aos governos estadual e federal. Segundo Álvaro, participar das discussões na esfera nacional, por meio da interlocução com a comissão da CNA, ficou mais fácil com o auxílio da tecnologia. “Essas discussões estão sendo feitas constantemente, por meio de videoconferências que são abertas para todos os entes ou produtores de cana que queiram participar”, ressalta o presidente da federação.
Programa é uma iniciativa do Senar e do Sebrae, em parceria com prefeituras
Representantes do Senar, Sebrae e Prefeitura entregam certificadosTurma de Major Isidoro
O Programa Negócio Certo Rural (NCR), iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Alagoas) em parceria com o Sebrae AL, formou quatro turmas esta semana, nos municípios de Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe e Major Isidoro (duas turmas).
Ao todo, 69 pessoas receberam certificado. As solenidades contaram com a participação representantes do Sebrae em Alagoas, a exemplo da gerente da Unidade de Agronegócios (Uagro), Vania Brito, do coordenador do NCR no Senar, Sidney Rocha, e das prefeituras.
O Negócio Certo Rural é um programa gratuito de capacitação em planejamento e administração de pequenos negócios rurais. Auxilia os pequenos agricultores e seus familiares tanto na melhoria de negócios existentes como na implantação de novas atividades.
Formandos exibem certificado em Passos de Camaragibe
O objetivo é estimular que os empreendedores rurais inovem em produtos e serviços já existentes nas propriedades e até mesmo na criação de novas oportunidades como, por exemplo, investir no turismo rural, um negócio estratégico para o campo.
Conteúdo O programa apresenta conceitos, dicas, exemplos e tarefas práticas para que o empreendedor rural possa relacionar o que está estudando com a sua rotina. As tarefas envolvem a realização do diagnóstico da propriedade, identificação de novas ideias de negócio a partir e das potencialidades da região, busca de informações para avaliar as ideias e elaboração de um plano de negócios.
Entrega em Matriz de Camaragibe
A metodologia foi ambientada para o universo agrícola, visando orientar o produtor a identificar áreas de investimento, analisar a viabilidade do negócio, elaborar plano de negócio e gerenciar o empreendimento. A iniciativa busca motivar os jovens para revitalizar suas propriedades rurais ou descobrir os empreendimentos viáveis que estão ao seu alcance, como fruticultura, piscicultura, pequena agroindústria artesanal, entre outros.
Aspirantes a uma vaga na formação técnica foram conhecidos nesta quarta
Brasília (20/02/2019) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) divulga nesta quarta (20) a lista de candidatos selecionados para a etapa classificatória do curso Técnico em Agronegócio.
Os candidatos cujos nomes estão na lista continuam na disputa por uma vaga no curso e devem ficar atentos aos próximos passos para a classificação.
A metodologia do processo classificatório é definida pela Administração Regional do Senar. Clique aquipara saber mais sobre a metodologia em Alagoas e fique atento às orientações do seu estado para saber qual a metodologia utilizada.
Para visualizar a lista dos candidatos que continuam na seleção em Alagoas, clique aqui.
Para informações sobre o processo seletivo, entre em contato pelo telefone: 0800 642 0999 (de segunda a sábado, das 8h às 21 h, no horário de Brasília).
Sugerimos a leitura atenta ao Edital (disponibilizado nesta página). Caso sua dúvida persista, acesse aqui.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – informa que estão em sua sede, na Rua Rocha Cavalcante, 181 – Jaraguá, alguns certificados de participação no 39º Seminário do Agronegócio para Exportação – AgroEX –, evento promovido em 2011 pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ainda estão no Senar os certificados dos seguintes participantes:
Federação da Agricultura pretende levar informações ao governador Renan Filho para fomentar o uso da tecnologia social de armazenamento de água nas regiões mais secas
Pesquisadores da Embrapa em Recife apresentam projeto
Álvaro Müller
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas tem trabalhado para articular instituições públicas e privadas em torno de um projeto de construção de barragens subterrâneas. O objetivo é garantir o abastecimento de água para as famílias de agricultores das regiões mais secas. Nessa quarta-feira, 13, o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, e o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Antônio Dias Santiago, visitaram a Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos, no Recife, para conhecer o projeto de zoneamento de áreas potenciais para construção deste tipo de barragem em Alagoas.
Álvaro Almeida levará informações ao governador Renan Filho
“O nosso intuito é buscar subsídios para mostrar ao governador Renan Filho que as barragens subterrâneas – cujo preço médio de construção oscila entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, a depender da extensão –, representam uma das soluções mais viáveis para a captação e armazenamento de água da chuva. Também queremos buscar parceiros como o Sebrae, para que, juntos, possamos nos somar a um programa de política pública, capitaneado pelo estado, que contribua com a erradicação da fome e da pobreza, com a inserção social e produtiva das famílias agricultoras”, afirma Álvaro Almeida.
Alagoas é o primeiro estado do semiárido brasileiro a realizar o zoneamento de áreas potenciais para a construção de barragens subterrâneas. Denominado ZonBarragem, o projeto tem duração de quatro anos, com término previsto para julho de 2021, e é dividido em três etapas. A primeira delas consiste na elaboração do mapa de potenciais do estado, que deve ser concluído em aproximadamente quatro meses. Em seguida, haverá a etapa de validação das áreas com potencial para construção das barragens e, posteriormente, a sensibilização e capacitação de técnicos e agricultores, sistematização e socialização dos resultados.
Segundo a pesquisadora da Embrapa e coordenadora do ZonBarragem, Maria Sonia Lopes da Silva, o projeto reafirma a importância da convivência com o semiárido como estratégia de sustentabilidade, prioriza o aproveitamento dos potenciais existentes na região e reforça a necessidade de obras de pequeno porte e descentralizadas, tecnologias sociais que atendam à demanda hídrica das famílias rurais isoladas.
Sonia Lopes: “Estudo abrirá possibilidades de captação de fundos nacionais e internacionais”
“O estudo abrirá possibilidades de captação de fundos nacionais e internacionais, e também poderá ser integrado a programas de políticas públicas já em andamento, que buscam suprir a demanda hídrica das populações rurais. Desta forma, esperamos contribuir com a soberania e segurança alimentar e nutricional das famílias e de seus animais, a diminuição da fome e da pobreza, o aumento da resiliência às mudanças climáticas da região e a inclusão socioprodutiva das comunidades do campo”, argumenta Sonia.
Parcerias são fundamentais para que tudo isso aconteça. O orçamento previsto pelo Governo Federal para o ZonBarragem, em 2019, é de R$120 mil, mas, diante do atual cenário econômico, a expectativa é de que somente 30% desta verba sejam liberados.
“Informações dão as condições necessárias para que se possa planejar a agricultura e a pecuária”, afirma Alexandre Barros
Zoneamento agroecológico
Para definir os locais de construção das barragens subterrâneas, é preciso levar em consideração alguns parâmetros, como proximidade aos leitos de rios e riachos, vazão e qualidade da água e do solo. Caso decida por uma política pública que viabilize tais edificações, o Governo do Estado já tem à sua disposição, desde 2014, os resultados do Zoneamento Agroecológico de Alagoas (ZAAL), outro importante estudo desenvolvido pela Embrapa.
O documento técnico-científico identifica as potencialidades e vulnerabilidades ambientais, com foco na aptidão das terras para o uso agropecuário. Entre outras informações, reúne textos, mapas, imagens e softwares com o diagnóstico dos solos, potencial agroecológico, para a irrigação, e a aptidão climática para o cultivo de algodão, cana-de-açúcar, feijão Vigna e Phaseolus, mamona, mandioca, milho e sorgo.
“Todas essas informações dão as condições necessárias para que se possa planejar a agricultura e a pecuária de Alagoas. Além disso, contribuem para a preservação ambiental, com diversas ferramentas que auxiliam na melhoria da gestão agropecuária. Este é o legado do ZAAL”, avalia o pesquisador da Embrapa envolvido no projeto, Alexandre Barros.
“Há necessidade de recursos para capacitação de técnicos e agentes de desenvolvimento do estado”, ressalta André Julio
“A aproximação com instituições como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas é importante, pois ajuda a disseminar essas informações que já estão organizadas e disponíveis para compartilhamento, como forma de buscar o aperfeiçoamento do sistema de produção, tanto no território alagoano quanto no semiárido em geral. Há ainda a necessidade de recursos para realização de capacitação de técnicos e agentes de desenvolvimento do estado no uso desta importante ferramenta”, observa o coordenador técnico da Embrapa Solos/UEP Recife, André Júlio do Amaral.
Reunião de apresentação do projeto em Recife (Foto: Ascom/Faepe)
Com informações da Ascom/Faepe
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal -, Edilson Maia, apresentou o esboço de uma máquina colheitadeira de palma forrageira, na última terça-feira, 12, no Recife, em reunião com lideranças e especialistas do setor produtivo. O encontro foi promovido pelo presidente da Comissão Nordeste da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA -, Pio Guerra.
Edilson Maia o projeto da máquina colheitadeira está em fase de desenvolvimento, sob coordenação de Edilson Maia. Ele foi analisado com a participação do diretor-secretário da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, juntamente com os especialistas do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Djalma Cordeiro e Sérvulo Siqueira.
A tecnologia que está sendo desenvolvida pela CNA e suas federações é uma velha aspiração dos pecuaristas da região. De acordo com Pio Guerra, Pernambuco tem uma reconhecida tradição no plantio da cultura. “O crescimento do cultivo de palma no Semiárido nordestino exige a modernização de um sistema de colheita mecanizado, que assegure maior economicidade ao uso desta forragem”, enfatizou.
Ainda nessa linha, Pio Guerra destacou que a Comissão Nordeste da CNA também vem trabalhando na identificação da melhor técnica e dos melhores produtos para o combate das ervas daninhas, pelo uso de herbicidas nas áreas plantadas.
Convênio tem o objetivo de capacitar mais de 5,5 mil produtores, trabalhadores do campo e familiares em diversas áreas
Assinatura do convênio
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – e o Sebrae AL firmaram convênio para a realização de 300 cursos de qualificação profissional e Alfabetização de Jovens e Adultos, voltados para a população do campo. A iniciativa tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária – Faeal. O projeto tem prazo de 36 meses e será executado nos 102 municípios do estado. A meta é capacitar 5.505 micro e pequenos produtores, trabalhadores rurais e familiares para aumentar a produtividade, a competitividade na economia moderna, melhorar a qualidade de vida e fortalecer a cidadania.
O convênio foi assinado na última terça-feira, 6, na sede do Sebrae em Maceió, pelo presidente da Faeal e do Conselho Administrativo do Senar AL, Álvaro Almeida, e o superintendente do Sebrae AL, Marcos Vieira. A solenidade também contou com a participação de outros gestores das duas instituições. De acordo com a parceria, o Senar Alagoas será responsável pela execução do projeto, o que inclui a contratação de instrutores, inscrição dos alunos, realização das capacitações – que envolvem aulas teóricas e práticas –, avaliação dos resultados e prestação de contas.
Para Álvaro Almeida, a iniciativa também ajuda a reduzir o êxodo rural. “Esperamos que as pessoas capacitadas possam produzir com mais qualidade, gerenciar sua propriedade de forma adequada, melhorar suas condições de vida. Isso evita que o homem do campo migre para cidade, onde geralmente encontra dificuldades muito maiores. Desta forma, contribuímos para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Alagoas”, ressalta o presidente da Faeal e do Conselho Administrativo do Senar AL.
Gestores do Senar e do Sebrae
Já o Sebrae em Alagoas, além de repassar recursos financeiros, supervisionará, acompanhará e auxiliará no desenvolvimento dos trabalhos técnicos. “Esse convênio é importante para que não tenhamos mais analfabetos no campo, pois as pessoas precisam ter acesso ao conhecimento, ler prospectos, instruções para utilização de equipamentos, aprender o que é repassado pelos instrutores. Além disso, há a questão da capacitação técnica, que permitirá o acesso às novas tecnologias e aos processos mais modernos de produção, para que essa produção esteja mais qualificada, haja mais produtividade na zona rural”, analisa o superintendente do Sebrae AL, Marcos Vieira.
Os cursos
A previsão é de que os treinamentos sejam iniciados no próximo mês. As turmas e os locais das aulas serão definidos a partir de demandas identificadas pelo Senar AL juntamente com o Sebrae, sindicatos rurais, associações de produtores, prefeituras, entre outras instituições. O projeto ofertará 285 cursos com carga horária entre 8 e 36 horas/aula, além de 15 turmas de alfabetização, com 300 horas/aula.
Além da alfabetização, os treinamentos envolverão diversas áreas, como artesanato; apicultura; avicultura; bovinocultura do leite; ovinocultura; suinocultura; piscicultura; industrialização de doces; laticínios; processamento de mandioca; hortaliças e frutas; olericultura; controle de pragas e doenças; fruticultura; conservação do solo; mecanização agrícola; cultura da cana, mandioca e inhame; irrigação agrícola; informática básica; administração rural; curso de alfabetização de jovens e adultos; e cooperativismo.
O último convênio desta magnitude firmado entre o Senar e o Sebrae em Alagoas, no ano de 2015, contou com a participação de 5.135 produtores, trabalhadores rurais e familiares. O índice de aprovação foi superior a 85%.
Iniciativa da Prefeitura, em parceria com o Sindicato Rural do município, gera emprego, renda e garante alimentos mais saudáveis para a população
Antônio e Sivaneide foram capacitados pelo Senar AL
Álvaro Müller
Feira movimenta praça de Penedo
Fim de tarde de uma quarta-feira e a Praça Santa Isabel, na cidade de Penedo, está lotada. Em bancas enfileiradas, 30 agricultores capacitados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – atendem a uma multidão, comercializam alimentos orgânicos, mais saudáveis e baratos. Promovida pela Prefeitura com o apoio do Sindicato Rural do município, a Feira da Agricultura Familiar é um sucesso.
“Antes a gente vendia na rua e o povo não dava valor, também porque não sabia o que era um produto orgânico. Agora estamos vendendo bem, graças a Deus”, comemora Sivaneide Santos, 48 anos, agricultora do povoado Ilha do Jegue. Ao lado do marido Antônio Carlos, 53, ela produz e vende macaxeira, jenipapo, pimenta, coco, mamão, jamelão, goiaba, acerola e hortaliças.
Para oferecer alimentos de melhor qualidade e garantir mais lucratividade nos negócios, o casal decidiu se capacitar. Fez o curso de Olericultura (Controle de Pragas e Doenças) e também participou do programa Negócio Certo Rural, este último, fruto de uma parceria do Senar com o Sebrae em Alagoas. “Os cursos são tudo de bom para o agricultor familiar. A gente aprende muita coisa, inclusive, a administrar nossa terra. Passa a ter o controle do que está entrando e saindo”, avalia Antônio.
Paulo diz que lucro aumentou entre 30% e 40% após cursos do Senar
Aos 21 anos, Paulo Henrique de Almeida, do povoado Murici, comercializa farinha, tapioca, pé-de-moleque, bolo de puba, entre outros derivados da mandioca. Ele já concluiu o Negócio Certo Rural e hoje é aluno do curso Técnico em Agronegócio do Senar Alagoas. As capacitações só têm trazido desenvolvimento para o jovem agricultor. “Hoje eu tenho noção dos gastos e do lucro. Já estou colocando meu plano de negócios em prática e a minha renda aumentou entre 30% e 40%. E com essa feira, então, ficou ainda melhor. Esta é a quinta edição, eu participei de todas e nunca voltei com mercadoria para casa”, observa.
A feira de produtos orgânicos é organizada pela Secretaria de Agricultura de Penedo, que disponibiliza toda a estrutura e o transporte para os agricultores familiares. A iniciativa desenvolvida com o apoio do Sindicato Rural promove a melhoria da qualidade de vida da população do campo e movimenta a economia da cidade. “Cada agricultor desse tem aproximadamente três famílias trabalhando para ele. Estamos gerando emprego e renda para todo mundo e promovendo o desenvolvimento do município”, afirma o secretário municipal de Agricultura de Penedo, Messias da Filó.
A parceria entre a Prefeitura e o Sindicato Rural viabilizou a realização de 15 cursos do Senar Alagoas para os agricultores de Penedo, somente no ano passado. “Estamos conseguindo o nosso objetivo, que é capacitar o produtor para que ele prospere e tenha a sua cidadania garantida, além de contribuir para que a população consuma um alimento mais saudável, pois nós ensinamos o controle de pragas de maneira orgânica e não com produtos químicos. Espero que esta iniciativa sirva de incentivo para outras cidades e regiões do estado”, diz Murilo Rezende, presidente do Sindicato Rural do município.
Parceria: Murilo Rezende, presidente do Sindicato Rural, e Messias da Filó, secretário de Agricultura
Técnica em alimentação escolar, Rosane Tavares vê o projeto com otimismo. “Era um desejo meu que acontecesse há muito tempo essa feira de produtos orgânicos em Penedo. Isso ajuda o agricultor e a gente consegue ter acesso a produtos colhidos no tempo certo, sem incentivo de crescimento”, comenta.
Certificados Nessa última quarta, 6, os produtores rurais do povoado Ilha do Jegue, que participam da Feira da Agricultura Familiar de Penedo, receberam o certificado de conclusão do programa Negócio Certo Rural. A iniciativa do Senar em parceria com o Sebrae tem o objetivo de ensinar aos agricultores conceitos de empreendedorismo, planejamento e administração, para que eles eles possam desenvolver um plano e gerenciar melhor os negócios. O Sindicato Rural foi o responsável pela mobilização da comunidade.
Produtores receberam certificado do Negócio Certo Rural
“Por se tratar de um curso gratuito, de curta duração e voltado ao planejamento e administração de pequenos negócios, o programa fortalece o empreendedorismo e melhora o desempenho das atividades no campo, com impacto positivo na geração de renda e novos negócios”, ressalta o coordenador do Negócio Certo Rural em Alagoas, Sidney Santana Rocha.
O prefeito Flavinho, de Pão de Açúcar, esteve no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, na última segunda-feira, 4, para conhecer os programas e cursos oferecidos pela instituição. O objetivo é firmar parcerias para a realização de ações de qualificação profissional e promoção social no município.
Acompanhado da primeira-dama, Luciana Mariano, Flavinho se reuniu com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e do Conselho Administrativo do Senar AL, Álvaro Almeida, e com a coordenadora dos cursos do Senar no estado, Graziela Freitas. O prefeito de Pão de Açúcar foi orientado a procurar o Sindicato Rural dos municípios, para viabilizar as capacitações e outras iniciativas.
O Senar AL realiza mais de 80 cursos gratuitos para a população rural. Eles são divididos em três grandes áreas – formação profissional, promoção social e assistência técnica e gerencial. Além disso, mantém programas especiais que que contribuem para a profissionalização da agropecuária, geração de emprego e renda, inserção social, promoção da saúde e da qualidade de vida dos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares.
Pioneiro no Brasil, o Mais Pasto inclui consultorias coletivas e acompanhamento individualizado com visitas às propriedades
Álvaro Müller
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – oferece um modelo inédito no país de assistência técnica para pecuaristas. Realizado em parceria com o Sebrae, por meio do Sebraetec, o Mais Pasto tem o objetivo de auxiliar os produtores na busca por alternativas que permitam o aumento da produtividade, tanto na pecuária de corte como leiteira. Ao todo, cerca de 160 pecuaristas já foram capacitados em sete turmas do programa, único no Brasil a mesclar capacitações coletivas e atendimentos individuais nas propriedades.
O Mais Pasto capacita pequenos e médios pecuaristas para a utilização racional da pastagem e a gestão da propriedade rural. A intenção é que o produtor aproveite ao máximo o potencial dos pastos e melhore os resultados econômicos para ele, seus familiares e funcionários. A partir do diagnóstico da situação de cada propriedade, um plano de melhorias, ações e investimentos é elaborado. Além da consultoria coletiva, com encontros periódicos, o programa garante acompanhamento técnico, com visitas mensais de instrutores do Senar Alagoas às propriedades.
“Levamos para esses pecuaristas técnicas de produção que auxiliam na intensificação da atividade, abordando assuntos sempre relacionados aos animais, à questão agronômica vinculada à produção de pasto, além das técnicas de gestão da propriedade. Isso permite ao produtor calcular custos de produção, fazer planejamento de longo prazo, admitir e administrar pessoas de maneira mais eficiente. Fazemos com que ele se sinta firme e apoiado para aplicar as técnicas que são discutidas em sala de aula“, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do Mais Pasto, André Sório.
A capacitação gerencial é feita com base nos três orçamentos da pecuária: alimentar, financeiro e de serviços e mão de obra. As tecnologias aplicadas não demandam investimento elevado e ao mesmo tempo tornam a produção mais efetiva, a exemplo da divisão e rotação de pastagens para aumentar a produção de pasto e a carga animal da propriedade; proteção dos mananciais, que melhora o abastecimento de água para o rebanho; plantio de pasto com utilização de calcário ou gesso incorporados, para aumentar a área de solo explorada pelas raízes; e utilização de inseminação artificial para introdução de genética superior.
Os resultados são evidentes. A Fazenda Árvore Comprida, no município de Campo Alegre, começou a ser acompanhada pelo programa Mais Pasto em fevereiro do ano passado. Desde então, o índice de unidade animal por hectare saltou de 0,8 para 2,07 UA/ha. Para se ter ideia do que este número representa, no ano de 2017, a média na região Centro-Oeste, referência nacional em pecuária, era de 1,11 UA/ha.
“Nós implantamos o sistema Voisin de pastoreio. A propriedade foi setorizada para a pecuária de cria, fizemos setores para vacas, maternidade, para novilhas, onde será feita a recria. Essas subdivisões permitem melhorar o manejo da pastagem, aproveitar as áreas que até então não eram devidamente aproveitadas e também dão um tempo ideal de descanso para o pasto. Assim, conseguimos aumentar a quantidade de animais por hectare”, explica o consultor do Programa Mais Pasto, Alfredo Tavares Seixas Neto.
O pecuarista Thiago Maia, proprietário da Fazenda Árvore Comprida, comemora os resultados. “O modo de criação que tínhamos aqui era o mesmo que o meu avô aprendeu com o pai dele e vinha sendo utilizado há 90 anos, com piquetes enormes e pastoreio extensivo. Com as mudanças que implementamos, a evolução dos últimos meses foi muito maior do que décadas de criação. Todo o gado que criávamos em 100% da propriedade, hoje conseguimos criar em 40%. Com as técnicas modernas, o gado fica restrito a uma pequena área, não precisa caminhar grandes distâncias para beber água, os pastos respondem melhor. O índice de retorno é altíssimo”, avalia.
Para o superintendente do Senar Alagoas, Fernando Dória, o Mais Pasto é uma estratégia importante para alavancar a pecuária em Alagoas. “Os diferenciais são muito grandes, o programa é voltado para a pecuária de corte e leite, trabalha o campo, manejo, solo, água, nascente, proteção, gestão, permite a capacitação de produtores e funcionários. É uma iniciativa única no Brasil, que veio para mudar a vida do pecuarista”, comenta.