Alagoas teme perder centro de pesquisas da Embrapa por falta de recursos

Pesquisadores da Embrapa apresentam projeto na sede da Faeal

Produtores rurais e gestores de instituições ligadas à agricultura e pecuária estão preocupados com o processo de implantação do Centro Nacional de Pesquisa de Alimentos e Territórios da Embrapa em Alagoas. Diante da iminência de cortes no orçamento do Governo Federal, o receio é de que a unidade não seja instalada por falta de recursos financeiros. Em reunião realizada na manhã dessa quarta-feira, 20, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), representantes do agronegócio, da Federação das Indústrias (Fiea) e do Ministério da Agricultura decidiram solicitar, por meio do secretário da Agricultura, Ronaldo Lessa, uma audiência com o governador Renan Filho, para alertar sobre os riscos.

Durante a reunião, os representantes do setor produtivo, como o presidente em exercício da Fiea, José da Silva Nogueira Filho, e o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, demonstraram apreensão com o cenário. “Não há dúvidas de que o Governo do Estado vem apoiando a implantação do centro de pesquisas da Embrapa em Alagoas, mas, diante da realidade econômica do país, com a necessidade de cortes financeiros para o equilíbrio das contas públicas, é preciso uma somação de esforços ainda maior para que um projeto tão importante não seja interrompido. A construção da Embrapa Alimentos e Territórios representa o avanço em tecnologias e inovação, tão esperado e importante para o desenvolvimento da nossa agricultura e pecuária. Por isso, criaremos uma comissão e conversaremos com o governador Renan Filho, para que o estado tome novas medidas e ajude a garantir a instalação do centro de pesquisa”, afirma Almeida.

A Embrapa Alimentos e Territórios foi criada com o objetivo de desenvolver pesquisas que promovam a agregação de valores aos alimentos produzidos no Brasil. O protocolo de cooperação entre o Ministério da Agricultura e o Governo Estado, para a criação do centro, foi assinado em maio de 2016. Hoje, em fase de implantação, a unidade funciona, provisoriamente, na sede do Sebrae, em Maceió. Conta com quatro cientistas, mas a previsão é reunir cerca de 40.

Álvaro Almeida: “É preciso uma somação de esforços ainda maior para que um projeto tão importante não seja interrompido”

Caso o projeto não emperre por falta de recursos financeiros, a estimativa é de que o processo de implantação da Embrapa Alimentos e Território, com infraestrutura própria e equipe completa, seja concluído até 2022. Atualmente, os pesquisadores trabalham no mapeamento dos produtos agroalimentares típicos da biodiversidade da região. A ideia é criar um banco de dados virtual para que o consumidor possa conhecer e identificar onde esses alimentos são produzidos. Inicialmente, os estudos se concentram nos estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe.

Segundo o chefe geral da Embrapa Alimentos e Territórios, João Flávio Veloso, a decisão de implantar o centro de pesquisas em Alagoas atende a uma preocupação do Governo Federal em estabelecer projetos estruturantes para o desenvolvimento socioeconômico do semiárido do Nordeste e também está relacionada à alta potencialidade da região.

“O alimento tem muito a ver com a territorialidade, a história e cultura de um povo. Isso abre uma grande possibilidade de agregação de valor associada, por exemplo, ao turismo, pois o turista sempre procura experimentar alimentos típicos e, aqui, nós temos referências alimentares fantásticas, com possibilidades enormes para as cadeias produtivas, a exemplo do queijo coalho, feijão de corda, farinha, frutos tropicais, sucos e doces”, exemplifica João Flávio.

Hoje, apenas os estados do Espírito Santo e Rio Grande do Norte não abrigam nem têm projeto de instalação de um centro nacional de pesquisas da Embrapa.

Senar Alagoas orienta tutores da Rede E-Tec


Participaram do encontro coordenadores de polos e tutores que lecionam disciplinas do primeiro e terceiro semestres do Curso Técnico em Agronegócio

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – reuniu tutores da Rede E-Tec para discutir procedimentos pedagógicos e distribuir o material didático de seis disciplinas – Marketing Aplicado ao Agronegócio; Responsabilidade Social e Ambiental para o Agronegócio; Economia Rural; Empreendedorismo e Plano de Negócio; Qualidade e Segurança Alimentar; e Gestão da Produção e Logística para o Agronegócio.

A reunião aconteceu na manhã desta segunda-feira, 18, na sede do Senar AL, em Maceió, e foi conduzida pela coordenadora regional da rede E-Tec, Graziele Freitas, a coordenadora pedagógica, Andrea Almeida, e o coordenador de tutores, Isaac Ferreira.

O encontro contou com a participação de coordenadores de polos e tutores que lecionam disciplinas do primeiro e terceiro semestres do Curso Técnico em Agronegócio. 56 profissionais foram convidados, alguns deles novatos, a exemplo de Fábio Daniel de Oliveira Albuquerque, 25 anos, formado em Sistemas de Informação.

“Estou muito animado. Fui convidado para ministrar as aulas de empreendedorismo, já tenho algum conhecimento, participo de grupos no Sebrae e acredito que posso somar a esse curso. A princípio, fui chamado para dar aulas no Sertão, região que eu conheço bastante e isso facilitará o trabalho”, avalia Fábio.

Aos 29 anos, o zootecnista e mestre em Energia da Biomassa, Ícaro Victor Valério de Souza Santos, reconhece a importância da rede E-Tec. “Nós capacitamos o jovem do campo, que já tem uma vivência, e agregamos conhecimentos para que ele permaneça desenvolvendo as atividades que já vem sendo desenvolvidas pela família, sem precisar sair do seu lugar de origem. Quando esse jovem permanece no campo, a probabilidade de sucesso é maior”, avalia.

Ronaldo Lessa abre diálogo com o agronegócio

Novo secretário de Estado da Agricultura ouviu pleitos do setor em reunião realizada nesta sexta, 15, na sede da Faeal

Secretário fala ao lado dos presidentes da Faeal e da Adeal

Três dias após tomar posse como secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Ronaldo Lessa abriu o diálogo com o setor produtivo. Na manhã desta sexta-feira, 15, o ex-governador e ex-deputado federal ouviu os anseios de produtores e pecuaristas, dirigentes da Coopervales, Pindorama, Asplana, ACA, entre outras cooperativas, associações e sindicatos rurais. A reunião aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e também contou com a participação de gestores da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

Diversos temas foram discutidos, a exemplo da carência de matadouros que incentiva o abate clandestino de animais, da necessidade de mudanças no gerenciamento do Programa do Leite, de uma política mais forte de incentivo para o setor sucroalcooleiro e de um projeto de construção e manutenção de barragens subterrâneas que garanta água durante o ano inteiro para os pequenos produtores das regiões mais secas.

A necessidade de fortalecimento da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária ganhou caráter de urgência na reunião. O Plano Estratégico para o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), do Governo Federal, que tem como meta o reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa, dividiu os estados em cinco blocos de transição de status sanitário. Alagoas está no terceiro bloco e precisa ser reconhecido como zona internacional livre sem vacinação em 2022, porém, Bahia e Sergipe estão no quarto bloco, cujo prazo de transição se estende até o primeiro semestre de 2023, ou seja, um ano depois. A situação preocupa, pois a Adeal não dispõe de infraestrutura ou equipes suficientes para impedir que o gado não vacinado nos estados vizinhos entre em Alagoas.

Entre os anos de 2013 e 2019, a Adeal perdeu 179 profissionais, dentre eles, 16 médicos veterinários, 11 engenheiros agrônomos, 31 técnicos agrícolas, 38 guardas sanitários e 81 auxiliares administrativos. Segundo o superintendente do Ministério da Agricultura em Alagoas, Alair Correia de Amorim, esta situação dificulta o controle da entrada de animais nas divisas do estado. “A Adeal precisa de recursos, urgentemente, e seria uma saída muito boa se o secretário conseguisse uma emenda parlamentar vinculada a investimentos na Agência”, sugere.

O presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária, Carlos Mendonça Neto, reconhece a importância da discussão sobre as necessidades da instituição. “A Adeal é importantíssima para o setor produtivo, tem um corpo técnico extremamente competente e precisa ser fortalecida. O novo secretário de Agricultura já se comprometeu a ajudar e disse que vai dialogar com o governador Renan Filho, sobre temas pertinentes à Adeal”, afirma.

Representantes de diversas instituições participaram da reunião

O secretário

Após ouvir os representantes do agronegócio, Ronaldo Lessa garantiu lutar pelas demandas do setor. “A secretaria é um instrumento para criar meios de desenvolvimento, mas é a sociedade quem dá a resposta. Quer seja o agronegócio ou a agricultura familiar, a sociedade é quem produz e o governo deve criar as condições para que isso aconteça. Portanto, é muito importante ouvir essas pessoas do agronegócio, que estão preocupadas com a produção, mas também com a elevação da riqueza do Estado. Eu senti aqui que há uma preocupação com Alagoas, com a qualidade de vida seu povo, e não há possibilidade de querer que Alagoas dê um salto de qualidade sem pensar neste segmento”, ressalta o secretário.

Lessa ressaltou que o foco não pode ser apenas na indústria, como também nos produtores locais e isso também passa pelo fortalecimento do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável. “Nós trazemos a água de coco da Ásia, por outro lado, nós precisamos melhorar tecnicamente com pesquisa e acompanhamento. Para o Estado, que tem a obrigação de dar respostas à sociedade, é uma situação difícil, mas nós temos que acreditar”, diz.

Para Álvaro Almeida, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas, a pré-disposição do novo secretário em dialogar é um indício de que o diálogo será fortalecido. “Ronaldo Lessa ouviu aqui diversos produtores, representantes de diversas instituições que tratam do agronegócio, quatro ex-secretários de Agricultura e se expressou no sentido de permanecer próximo ao nosso segmento para que possa, junto ao governador Renan Filho, fazer com que o agro alcance o seu lugar, contribuindo cada vez mais com o desenvolvimento socioeconômico do Estado”, comenta o presidente da Faeal.

Discussão sobre barragens subterrâneas chega à ALE

Deputada estadual Fátima Canuto protocola indicação para que o Governo invista na construção, funcionamento e manutenção de barragens no semiárido alagoano

Presidente da Faeal e deputada discutem projeto de construção de barragens subterrâneas

A deputada estadual Fátima Canuto (PRTB) protocolou nessa terça-feira, 12, na Assembleia Legislativa, a Indicação nº 29/2019, para que o governador Renan Filho e o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Ronaldo Lessa, empreendam esforços no sentido de promover a construção, funcionamento e manutenção de barragens subterrâneas do semiárido alagoano. O objetivo é garantir o abastecimento de água para as famílias de agricultores das regiões mais secas, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, geração de emprego e renda a partir do fortalecimento da bacia leiteira e da agricultura familiar.

“Essas barragens são de extrema importância para beneficiar muitas famílias e amenizar o sofrimento do povo do semiárido, que convive com a falta de chuva. Tenho a certeza do apoio dos nobres colegas deputados, que também comprarão essa briga do bem, para melhorar a vida das pessoas. Trabalharemos juntos e contribuiremos para que essa iniciativa tome forma e seja implantada no estado de Alagoas”, afirma Fátima Canuto.

A indicação da parlamentar reforça um pleito da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas. Desde novembro do ano passado, a Faeal vem sensibilizando o governo e outras instituições sobre a importância das barragens subterrâneas como uma solução simples, barata e capaz de garantir a produtividade e o sustento das famílias no campo. No último dia 15, o presidente da Federação, Álvaro Almeida, esteve na Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos, no Recife-PE, para conhecer o projeto de zoneamento de áreas potenciais para construção deste tipo de barragem em Alagoas.

“Estamos nos somando à Embrapa e provocando o Sebrae para participar de um projeto conjunto, que deverá ser capitaneado pelo Governo do Estado. Já comunicamos ao governador sobre o nosso entusiasmo e intenção em tentar viabilizar a construção e manutenção de novas barragens subterrâneas em Alagoas, e é importante deixar claro que o público que será assistido diretamente por essas barragens não está vinculado à Federação da Agricultura ou ao Senar, é mais vinculado à Federação dos Trabalhadores, porém, não é por isso que deixaremos de contribuir para melhorar a vida desses pequenos produtores rurais”, ressalta Álvaro Almeida.

Estudos
Alagoas é o primeiro estado do semiárido brasileiro a realizar o zoneamento de áreas potenciais para a construção de barragens subterrâneas. Denominado ZonBarragem, o projeto realizado pela Embrapa tem duração de quatro anos, com término previsto para julho de 2021, e é dividido em três etapas. A primeira delas consiste na elaboração do mapa de potenciais do estado, que deve ser concluído em aproximadamente quatro meses. Em seguida, haverá a etapa de validação das áreas com potencial para construção das barragens e, posteriormente, a sensibilização e capacitação de técnicos e agricultores, sistematização e socialização dos resultados.

Prefeitos recebem orientações sobre programas voltados à agricultura

Álvaro Almeida destaca atuação do Senar Alagoas (foto: Igor Pereira/Ascom/AMA)

Gestores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Alagoas orientaram prefeitos sobre projetos relacionados à agricultura, durante reunião realizada nessa segunda-feira, 11, na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Os prefeitos receberam informações sobre o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Ministério da Cidadania e que tem o objetivo de promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. Outro tema abordado foi a importância do recolhimento de INSS na aquisição de produtos rurais. Para pessoa jurídica, o recolhimento é de 2,05% do valor da compra. Deste percentual, 0,25% são destinados ao Senar, para a realização de ações de educação profissional, assistência técnica e promoção social, voltadas para a população do campo. No caso da pessoa física, esses percentuais são de 1,5% e 0,2%, respectivamente.

O presidente do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida, falou sobre a contribuição da instituição para o desenvolvimento do estado. “Já realizamos 17.651 atividades e capacitamos cerca de 314 mil pessoas. Um exemplo é o curso de Informática Básica Móvel. O ônibus já percorreu 56 municípios e capacitou 42 mil filhos e netos de produtores rurais”, exemplificou.

Graziele Freitas apresenta projetos e programas do Senar AL (foto: Igor Pereira/Ascom/AMA)

A coordenadora técnica do Senar AL, Graziela Freitas, apresentou os projetos e programas disponíveis para as prefeituras. Segundo dados apresentados por Graziela, somente no ano de 2018, 6.839 alagoanos foram beneficiados com ações de formação profissional rural e 2.101 em projetos e programas de promoção social.

Também participaram da reunião o superintendente da Conab, Lourival Magalhães, o coordenador do PAA, Adriano Jorge Santos, e o gerente de comunicação do INSS em Alagoas, Marcelo Lima. A reunião foi presidida pelo segundo tesoureiro da Associação dos Municípios e prefeito de Penedo, Marcius Beltrão.

“Essa reunião nos trouxe informações importantíssimas para que as prefeituras e os seus respectivos gestores possam fomentar a produção rural e garantir que a população do campo consiga ter sua renda. Isso é um incremento de receita, é uma seguridade social em que o INSS atua e que beneficia pessoas que trabalham para alimentar milhões de brasileiros. Certamente, o conhecimento que adquirimos aqui será utilizado em nossos municípios”, observou Beltrão.

“O agronegócio é importante para o país e precisa ser ampliado”, afirma novo secretário de Agricultura de Alagoas

Ex-governador e ex-deputado federal, Ronaldo Lessa tomou posse na manhã desta terça-feira, 12, no Palácio do Governo

Governador e secretário assinam termo de posse

Fortalecer o agronegócio e a agricultura familiar. Este foi o tom do discurso do novo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Ronaldo Lessa. O ex-governador e ex-deputado federal tomou posse como gestor da Seagri na manhã desta terça-feira, 12, em solenidade no Palácio de Governo, em Maceió.

“O agronegócio é importante para o país e precisa ser ampliado. O Governo do Estado já iniciou esse processo e nós temos que intensificar, inclusive, em regiões como a do Canal do Sertão. Da mesma forma, também apoiaremos a agricultura familiar, as cooperativas, pois é outra cadeia produtiva muito importante, que além de gerar riquezas, distribui renda. E o Governo também é para isso, para trabalhar a igualdade social”, afirmou Lessa.

Segundo o novo secretário da Agricultura, o Governo de Alagoas pretende intensificar os investimentos em inovação para o setor. “Vamos ampliar com energia renovável, limpa, eólica, solar, para que a gente baixe os custos e possa produzir mais”, ressaltou Ronaldo.

Álvaro Almeida (Faeal), Domício Silva (ACA), o produtor Aloísio Correia e o presidente da Adeal, Carlos Mendonça Neto

O governador do Estado, Renan Filho, garantiu que uma das medidas para incentivar a produtividade no campo será a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na energia elétrica utilizada para a atividade de irrigação. Renan aposta na capacidade de interlocução e experiência do secretário Ronaldo Lessa para fortalecer o trabalho do Governo e garantir o aumento da produção do agronegócio.

“Os incentivos do governo vêm crescendo ao longo dos últimos anos. Nós desoneramos a cadeia produtiva do leite, da carne, do milho, criamos ambiência para o agronegócio avançar e seguiremos com esse trabalho. Por outro lado, também vamos garantir o fortalecimento da produção da agricultura familiar, para descentralizar a geração de emprego e renda, e dar oportunidade àqueles que mais precisam”, comentou o governador.

Secretário Ronaldo Lessa entre a prefeita de Mar Vermelho, Juliana Almeida, e o presidente da Faeal, Álvaro Almeida

Apoio da Faeal
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, prestigiou a posse do novo secretário. “Com a experiência do Ronaldo Lessa, temos a certeza de que a agricultura estará bem servida. A Faeal permanecerá à disposição do secretário, se assim ele desejar, para continuar a parceria e colaborar com tudo o que for necessário para o desenvolvimento do agronegócio alagoano”, afirmou Almeida.

Senar divulga lista de aprovados para Curso Técnico em Agronegócio

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – divulgou nesta sexta-feira, 1º de março, a lista final dos candidatos aprovados no processo seletivo para o Curso Técnico em Agronegócio. 50 vagas foram abertas no estado de Alagoas, 25 para o polo do município de Junqueiro e a outra metade para Olho D’Água das Flores.

Clique aqui e confira a lista dos aprovados. Os candidatos classificados devem fazer a matrícula entre os próximos dias 6 e 9 de março, nas secretarias dos respectivos polos de apoio presencial, conforme endereços constantes no edital, onde também é possível verificar a documentação necessária no ato da matrícula, entre outras informações.

Acesse aqui o edital.

 

 

Comitê de Defesa Agropecuária discute fortalecimento da Adeal

Produtores, gestores e representantes de diversas instituições participaram da reunião

O Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas retomou as atividades em 2019 tendo como pauta prioritária a necessidade de fortalecimento da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal). A primeira reunião do Comitê ocorreu na manhã desta terça-feira, 26, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), em Maceió. Produtores, gestores e representantes de diversas instituições ligadas ao setor discutiram sobre as dificuldades que a Adeal vem encontrando para realizar suas atividades, dentre elas, a de fiscalização.

O Plano Estratégico para o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), publicado em 2017, pelo Governo Federal, que busca o reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa, dividiu os estados da federação em cinco grandes blocos de transição de status sanitário. Alagoas está no terceiro bloco e precisa ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre sem vacinação em 2022. Porém, Bahia e Sergipe estão no quarto bloco, cujo prazo de transição se estende até o primeiro semestre de 2023, ou seja, um ano depois. A situação é preocupante, pois caberá à Adeal fazer a fiscalização para impedir que o gado não vacinado nos estados vizinhos entre em Alagoas – e a agência não dispõe de infraestrutura ou equipes suficientes.

Um comparativo entre os anos de 2013 e 2019 mostra que a Adeal tem hoje um déficit de 179 profissionais. São 16 médicos veterinários, 11 engenheiros agrônomos, 31 técnicos agrícolas, 38 guardas sanitários, 81 auxiliares administrativos, três assessores jurídicos e um técnico de TI a menos. Para o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Alagoas, Alair Correia de Amorim, o momento exige a união de todo o setor produtivo em torno do fortalecimento da Adeal.

Álvaro Almeida, da Faeal, entre o secretário Henrique Soares e o presidente da Adeal, Carlos Neto

“Animais da Bahia e Sergipe não poderão entrar aqui, portanto, nós precisaremos reestruturar todo o sistema de fiscalização para que não corrermos o risco de voltar à situação de isolamento do passado, quando Alagoas não podia vender animais para outros estados. Temos pessoas muito competentes na Adeal, no entanto, diante da redução do quadro, não há como fazer milagre. E ainda existe outra situação: hoje, quando o Ministério recebe solicitações de liberação de verbas para Alagoas, identifica que o estado não tem capacidade de operacionalizar o recurso, por conta de um histórico de verbas que vêm e não são aplicadas, já que não há profissionais suficientes. Por isso, neste momento, nós precisamos realmente pedir pela Adeal”, afirma Alair.

“A Adeal tem algumas carências e isso é uma grave ameaça ao retrocesso, caso Alagoas seja punido pelo Governo Federal. Estamos todos unidos, com o propósito de ajudar, mas é preciso que o governador Renan Filho tenha a consciência e o sentimento de que a Adeal é um cristal que não pode quebrar, precisa ter todo o apoio do Governo do Estado, no sentido de que se considere a defesa sanitária uma prioridade. A saúde é importante, a educação é importante, mas a sanidade animal também é. Se ela for precária, atingirá toda a sociedade”, alerta Álvaro Almeida, presidente da Faeal.

Carlos Mendonça Neto, presidente da Adeal, reconhece a carência de recursos humanos e diz que também é preciso investir em modernização tecnológica. “Ainda perdemos muito tempo com burocracia, alguns funcionários são direcionados a realizar atividades que poderiam ser resolvidas com tecnologia e, também, por meio de parcerias. Levarei ao governador todas as nossas demandas, pedirei aos deputados e senadores que nos apoiem. Tenho certeza de que a Adeal se fortalecerá e atenderá a todos os anseios da população”, comenta.

Ironaldo Alvares fala sobre a GTA: “Ainda praticamos o preço de R$ 1 por bovino”

GTA
A próxima reunião do Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas está agendada para o dia 26 de março. A pauta será a formulação de propostas de mudanças no sistema de cobrança da Guia de Trânsito Animal (GTA). Uma das possibilidades a serem discutidas é a criação de um sistema de crédito, para que o produtor possa pagar de forma antecipada. Também entrará em discussão a necessidade de reajuste da GTA.

“Ainda praticamos o preço de R$ 1 por bovino, definido há 12 anos, e não há mais nenhum estado onde este valor seja menor que R$ 2,50”, compara Ironaldo Alvares, diretor técnico da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária. “A mudança de sistemática na cobrança da GTA é necessária para que possamos ter maior arrecadação e reinvestir os recursos em melhorias na Adeal. O Comitê apresentará sugestões, inclusive, uma nova formatação de preços, mas tudo isso será discutido na próxima reunião”, acrescenta o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Henrique Soares.

Comissão da Cana reinicia os trabalhos

A Comissão da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas reiniciou os trabalhos na manhã desta segunda-feira, 25 de fevereiro. A reunião de reestruturação aconteceu na sede da Faeal e contou com a participação de representantes da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba (Coopervales), Cooperativa dos Plantadores de Cana de Alagoas (Coplan) e Cooperativa Pindorama.

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, ressaltou que objetivo da reestruturação da comissão da cana-de-açúcar é reinserir Alagoas nas discussões de caráter nacional sobre o setor, abrindo o diálogo com a comissão nacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), bem como promover discussões técnicas sobre os problemas enfrentados na lavoura canavieira alagoana. A comissão também pretende levar reivindicações aos governos estadual e federal.

“O objetivo é somar ideias e unir forças para que possamos sugerir e cobrar melhorias para o setor. Quem não discute, não chega à uma conclusão. Quem não diverge, não constrói. Nós estamos aqui para dialogar, divergir e construir propostas coletivas. Isso é democracia e amadurecimento”, afirma Almeida.

“Toda vez que uma usina fecha no estado, atinge a todos nós. Quanto mais nos unirmos, mais fortes seremos”, resume o presidente da Coplan, Fernando Rossiter.  Segundo Vinícius Cansanção, primeiro presidente da Comissão da Faeal, um dos pontos prioritários da discussão é a atualização da sistemática do Consecana, que quantifica o valor da cana-de-açúcar. A última atualização aconteceu em 1999. “Pernambuco é nosso vizinho e recebe R$10 a mais no valor da tonelada de cana; Paraíba recebe o mesmo valor. Algo está errado e nós precisamos juntar forças para igualar esses números”.