Técnicos em Agronegócio recebem diploma em Palmeira dos Índios

O Serviço Nacional de Aprendizagem – Senar Alagoas – entregou o certificado de conclusão dos curso Técnico em Agronegócio para 12 profissionais do município de Palmeira dos Índios. A solenidade aconteceu na manhã desse sábado, 25, na sede do Sindicato Rural do município.

O curso Técnico em Agronegócio tem carga horária de 1.230 horas. 80% das atividades são realizadas a distância e 20% em aulas presenciais. O objetivo é formar profissionais que contribuam para aumentar a eficiência do mercado agrícola e industrial. 

Por meio de técnicas de gestão e de comercialização, o técnico em Agronegócio atua na execução de procedimentos para planejar e auxiliar na organização e controle das atividades de gestão do negócio rural.

O zootecnista Tarcísio Ferro recebeu o diploma acompanhado da família

Aos 38 anos, o zootecnista Tarcísio Ferro Costa Filho fez do curso Técnico em Agronegócio do Senar uma oportunidade de ampliar a área de atuação. “Hoje eu já sou instrutor de outra turma, já dei aulas de Produção Animal e Logística da Produção, só tenho a agradecer por todo o conhecimento que adquiri ao longo desse período”, reconhece.

Dayse Carolynne Ferreira de Melo, 21, é esteticista e encontrou no curso Técnico em Agronegócio uma oportunidade para percorrer novos caminhos profissionais. “O agro é uma área muito ampla, então, eu ainda estou estudando onde vou atuar”, diz.

“Esse curso representa a chance de melhorar currículo e de conseguir emprego para muitas pessoas que chegaram aqui sem o mínimo conhecimento da área”, observa a coordenadora do polo do Senar em Palmeira dos Índios, Milena Gabriela Tavares Duarte Pradines.

Nielson Correia Barros, presidente do Sindicato Rural, ressalta parceria

Parceria

Oferecido pela rede e-Tec, o curso é uma parceria do Senar com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e os sindicatos rurais dos municípios. 

“Essa parceria é muito importante e a nossa expectativa é ampliar, até porque precisamos chegar cada vez mais às comunidades que não têm tanto acesso à educação, e os projetos do Senar são fundamentais para que isso aconteça”, comenta o presidente do Sindicato Rural de Palmeira dos Índios, Nielson Correia Barros.

Andrea Almeida, coordenadora pedagógica, fala para os alunos ao lado da coordenadora do polo de Palmeira, Milena Pradines

Segundo a coordenadora pedagógica da Rede e-Tec no Senar Alagoas, Andrea Almeida, a participação dos sindicatos é decisiva para o sucesso dos projetos. “São eles que estão na linha de frente, junto às comunidades, mobilizando, mostrando a importância e trazendo para nós aquelas pessoas que realmente estão dispostas a aprender”, analisa.

Abraçaço: alunos do JAA homenageiam professora na Usina Caeté

Professora Rita recebe carinho dos estudantes

Foram dois meses e meio de convivência e a construção de conhecimentos e laços afetivos para a vida inteira. A despedida, portanto, não poderia ser diferente. Na última terça-feira, 21, estudantes do curso de Eletricista Rural, da Usina Caeté, município de São Miguel dos Campos, celebraram o encerramento dos módulos de competências básicas com homenagens à professora Rita de Cássia de Lima Gouvea. Discursos, lágrimas e um abraço coletivo deram o tom de uma manhã repleta de gratidão e reconhecimento.

O curso é um dos ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – por meio do Programa Jovem Agricultor Aprendiz. Cerca de 700 pessoas já foram capacitadas no Estado, desde 2012. Nesta turma da Usina Caeté, a professora Rita de Cássia lecionou os módulos de Comunicação, Matemática, Cidadania, Qualidade de vida, Competência Interpessoal, Princípios da Qualidade e Gestão Empreendedora. Agora, os 21 estudantes seguem até o mês de setembro, tendo aulas de informática e conhecimentos específicos.

“Cada passo da nossa caminhada nos levou a este ponto em que derramamos lágrimas, não por estarmos tristes, mas por termos vivido momentos tão felizes que sentiremos falta. As lágrimas são de desejo de quero mais, porque a professora não estará com a gente. Não vamos mais tê-la, mas vamos senti-la em nosso coração”, afirmou o aluno Ismael Santos Ferreira, 19 anos.

Muita emoção na despedida

A história de vida da professora também serve de inspiração para os estudantes. “A menina que queria uma boneca, mas não pôde ter; a adolescente que comia broa com água; a mãe que teve filho, mas não teve filhas e trata as suas alunas como se fossem; a guerreira que enfrenta o mundo de cabeça erguida e sorriso na cara é uma vencedora e nos ensinou que o mundo nos devolve o que somos”, disse Ismael.

Rita de Cássia retribuiu o carinho dos estudantes. “Neste período, fui muito amada e acredito que a gente exala o que recebe. Vocês são especiais, únicos, fazem parte da minha vida. Por meio do Senar, eu consigo realizar minha missão de fazer as pessoas felizes”, comentou.

“Gosto de formar essas turmas, esses jovens, na flor da idade, com esse brilho no olhar. É tão lindo ver vocês entrando na sala de aula! Muito obrigado por tudo, cada palavra, cada gesto eu guardo dentro do meu coração. Amo vocês e lembrem-se da sua capacidade de fazer o que quiserem. Nunca acreditem nas pessoas que dizem que vocês não podem. Vocês podem tudo”, ressaltou Rita.

Turma do JAA na Usina Caeté com a professora Rita

Pedro Antônio Correia da Silva, 19, sabe bem que os sonhos são possíveis. Recém-aprovado no vestibular para Engenharia Elétrica, o jovem reconheceu o quanto o incentivo da professora Rita de Cássia foi importante. “Ela sempre cobrou bastante da turma e mostrou que nós somos capazes de fazer tudo. Lembro de uma dinâmica em que a gente tinha que desenhar com os pés, todo mundo disse que não conseguiria, mas ela insistiu e nós fizemos”, rememorou.

Segundo Pedro, a professora Rita é como uma mãe. “Quando estávamos mal, para baixo, ela perguntava o que a gente tinha, o que precisava, se era problema em casa. Eu acho que isso é uma forma de amor, pois muitas vezes não temos alguém que se importe tanto com a gente como ela sempre se importou, desde o primeiro dia em que entrou aqui”, reconheceu.

Alunos produziram vídeo em homenagem à professora

“Agradeço à professora Rita pelo trabalho maravilhoso que faz nos momentos em que está conosco. Trabalhamos com aprendizagem há dez anos na Usina Caeté e isso nos deixa muito felizes, pois, além de cumprir as leis, estamos formando jovens. Que esses estudantes aproveitem tudo o que viveram, pois isso vai contribuir significativamente na vida profissional deles”, ressaltou a gerente de Gestão de Pessoas da Usina Caeté, Marta Santos.

A Caeté já qualificou 206 jovens e, hoje, cerca de 26% desses ex-aprendizes são funcionários da empresa. “O percentual poderia ser maior, mas alguns passaram em concurso público, tiveram outras oportunidades ou foram morar em outro local. Portanto, o programa é maravilhoso, tanto para esses alunos quanto para nós, que ganhamos a possibilidade de ter jovens mais preparados fazendo parte dos seus quadros”, avaliou Marta.

Rita de Cássia agradece e retribui o carinho dos alunos

CNA reúne governo e secretários de Agricultura para debater assistência técnica no Brasil

Presidente da Faeal, Álvaro Almeida, e o secretário de Estado da Agricultura, Ronaldo Lessa, participaram do evento em Brasília

Brasília (21/05/2019) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu representantes da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), do Ministério da Agricultura e secretários estaduais de Agricultura para debater um projeto de assistência técnica para o Brasil.

O encontro aconteceu na terça (21), na sede da entidade, em Brasília e contou com a participação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, entre outros dirigentes de federações, do secretáriod e Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Ronaldo Lessa, e do diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara.

O presidente da CNA, João Martins, destacou a importância da assistência técnica para levar tecnologia aos produtores rurais brasileiros e criar uma nova classe média rural no País. Ele apresentou a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e elogiou a proposta do Ministério da Agricultura de impulsionar o serviço.

“Não tem outra saída. Nós temos que levar tecnologia para campo e tecnologia você só leva com assistência técnica. Isso, hoje, já é indiscutível entre todos os secretários de Agricultura e fico muito feliz porque o ministério tomou isso como prioridade”, disse João Martins.

Presidente da CNA, João Martins, destaca a importância da assistência técnica para levar tecnologia aos produtores rurais brasileiros

Segundo o presidente da CNA, a metodologia desenvolvida pelo Senar poderá complementar o trabalho que será realizado nos estados. A ATeG já atende 100 mil propriedades no Brasil e a meta é alcançar 400 mil produtores rurais brasileiros até 2021.

“O Senar é um instrumento importante nesse processo. É uma bandeira da CNA e do Ministério transformar o pequeno agricultor em um médio agricultor e isso só vai acontecer se nós dermos a ele as condições através da assistência técnica”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes.

O presidente da Anater, Ademar Silva Junior, comparou a importância da assistência técnica com a de um médico para o produtor rural. Na opinião dele, o serviço é essencial para produzir mais, ter ganhos de rentabilidade e melhorar a qualidade de vida.

“Faremos todos os esforços necessários para ir até dentro das propriedades, em especial daquele agricultor familiar, que é quem mais necessita sair da linha de pobreza. Vamos fazer a melhor assistência técnica que esse Brasil já viu”, declarou o presidente da Anater.

Indicados pela Faeal tomam posse no Conselho Tributário Estadual

Vitor Di Guaraldi e Santino Soares (ao centro) são os indicados da Federação da Agricultura e Pecuária

Os novos membros do Conselho Tributário Estadual (CTE) de Alagoas foram empossados na última segunda-feira, 20, em solenidade realizada na sede da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). O mandato é para o biênio 2019/2020. Na condição de representante de um importante segmento do setor produtivo, a Federação da Agricultura e Pecuária (Faeal) indicou dois nomes: Vitor Di Guaraldi Monteiro Pinto, como julgador titular, e Santino Pereira Soares na suplência.

“Esse conselho é muito importante para o Estado de Alagoas e é bom verificar que ele é composto por competentes advogados, muitos deles jovens, e isso dá uma tranquilidade muito grande tanto para o Estado quanto para os consumidores e o setor produtivo. Nós esperamos que eles exerçam plenamente as funções para as que estão sendo nomeados hoje, que é o julgamento dentro da legislação específica para cada assunto”, afirma o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Presidente da Faeal, Álvaro Almeida, prestigia solenidade ao lado de Álvaro Filho, advogado tributarista

O Conselho Tributário Estadual é o órgão julgador de segunda instância administrativa. Reúne 18 membros, entre titulares e suplentes. Dez são indicados pelo poder público; oito pelas entidades do setor produtivo – federações da Indústria (Fiea), Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio), Agricultura e Pecuária (Faeal) e Associação Comercial – para representar os contribuintes. A Procuradoria-Geral do Estado é quem fiscaliza os atos do Conselho.

“Este é o Conselho que julga os litígios tributários em última instância, na área administrativa. Ele é paritário entre contribuintes e fisco. Isso é muito bom porque aproxima, dá mais segurança jurídica aos contribuintes, além da possibilidade de opinarem sobre cada caso tributário”, argumenta o secretário de Estado da Fazenda, George Santoro.

Secretário da Fazenda fala sobre importância do Conselho

Produtores de cana conhecem o programa Bem+Agro

O Bem+Agro, programa de benefícios criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e exclusivo para produtores em dia com a Contribuição Sindical Rural, foi apresentado a produtores de cana nessa segunda-feira, 20. A apresentação aconteceu na sede da Cooperativa dos Plantadores de Cana de Alagoas (Coplan). O Bem+Agro foi apresentado pelo superintendente regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AL), Fernando Dória, e pela agente de Arrecadação da Federação da Agricultura e Pecuária (Faeal), Carla Christine.

Dirigentes da Asprovale e da Usina Uruba também participaram da reunião. Alguns deles fizeram o cadastro no Bem+Agro durante o encontro. O superintendente do Senar em Alagoas, Fernando Dória, ressaltou a importância da Contribuição Sindical Rural, para que a Federação da Agricultura e o Senar continue desenvolvendo o seu trabalho em Alagoas, na defesa dos interesses e direitos do produtor, na capacitação profissional e promoção social no campo.

O presidente da Coplan, Fernando Rossiter, reforçou as palavras do superintendente do Senar. “Se a gente não se organizar e não tiver um órgão que defenda os interesses da nossa categoria, cada dia ficará mais difícil. Por isso, é fundamental que todos nós possamos pagar a contribuição sindical rural, pois a Federação da Agricultura faz um trabalho muito importante neste sentido”, comentou.

O Programa

A adesão ao Bem+Agro é gratuita e deve ser feita no sitehttps://www.bemmaisagro.com.br.O programa funciona com agros – moeda virtual criada para o sistema e que pode ser trocada por ofertas e outros benefícios. Para ganhar agros, o produtor precisa ter alguns comportamentos como se inscrever e concluir cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); participar de eventos; navegar, interagir e ler conteúdos publicados pela CNA, federações estaduais da agricultura e pecuária, e sindicatos rurais.

No computador ou celular, o produtor acessa o extrato de agros acumulados, confere as ofertas – nacionais ou segmentadas por região – e troca moedas virtuais por benefícios, como condições especiais em empresas parceiras, a exemplo de descontos em planos de saúde, serviços laboratoriais, passagens aéreas, pneus e serviços relacionados, cursos de graduação e livros, além de acesso VIP a eventos do agronegócio, entre outros.

Nacionalmente, a CNA já firmou convênio com empresas como Latam Airlines, Mercedes-Benz, Visa, Livraria Embrapa, Pirelli, Sabin Medicina Diagnóstica, 99, Netshows, Bancorbrás e Movida Rent a Car. Os produtores também terão acesso a cartilhas de processos produtivos e poderão formar turmas exclusivas para cursos do Senar; indicarão estudantes para o programa CNA Jovem; terão acesso prioritário a serviços prestados pelos sindicatos, como assessorias jurídica e contábil, bem como à Assistência Técnica e Gerencial do Senar.

Expoalagoas Genética apresenta novidades do setor

Álvaro Almeida (Faeal), Domício Silva (ACA) e Zezinho Nogueira (Fiea)

Com informações da Gazeta Rural

Em sua nona edição, a Expoalagoas Genética movimenta cada vez mais o Parque da Pecuária, em Maceió. Promovido pela Associação dos Criadores de Alagoas – ACA –, o evento começou no último dia 13 e segue até o próximo domingo, 19, com palestras, cursos, julgamentos, competições equestres e leilões. O objetivo é impulsionar a cadeia produtiva de carne e leite alagoana.

O presidente da ACA, Domício Silva, avalia o crescimento da Expoalagoas Genética ao longo dos anos. “Este evento nasceu pequeno e hoje está consolidado como o maior do primeiro semestre, no Norte e Nordeste, com a participação de criadores de toda a região, uma qualidade genética muito grande, um número de animais recorde – cerca de 1.400 passando pelo parque –, e uma programação com foco em trazer o que há de melhor da genética para os produtores locais”.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuáriado Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, a Expoalagoas Genética é uma grande oportunidade de troca de conhecimentos e experiências. “É um grande encontro de pecuaristas para debater assuntos relacionados ao agro e fazer negócios. Parabenizo a diretoria da ACA, em nome do Domício, e convido a todos para que participem deste evento tão importante para o desenvolvimento do setor”, diz.

Referência no segmento agropecuário regional, a Expoalagoas Genética vai apresenta as novidades do setor em pesquisas, produtividade e na geração de negócios no segmento de bovinos, equinos e ovinos. A expectativa dos organizadores é de que sejam gerados R$ 5 milhões em vendas e negócios com a realização dos leilões: “Alagoas Santa Inês”, na sexta-feira (17); “Vaquejada e Trabalho”, no sábado (18) e “Genética de Berço”, no domingo (19).

Faeal sedia Seminário Inovação no Semiárido

Foto: Edilson Omena/Algo Mais Consultoria

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – sediou, nessa quarta-feira, 15, o Seminário Inovação no Semiárido: a experiência de Israel. Promovido pelo Sebrae AL, o evento apresentou e abriu discussões sobre as possibilidades de replicar, no semiárido alagoano, o exemplo de gestão, investimento em tecnologia e educação que fizeram do país do Oriente Médio o mais avançado do mundo em irrigação agrícola, mesmo possuindo solo desértico.

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, ressaltou a importância da realização do seminário no exato momento em que a Assembleia Legislativa de Alagoas discute a necessidade da conclusão das obras do Canal do Sertão e da construção de barragens subterrâneas no semiárido.

“Nós, da Federação da Agricultura e do Senar, que provocamos essas discussões, já nos sentimos realizados. O resultado não nos pertence, mas o estado foi provocado e nós continuaremos acompanhando. Já demos a sugestão ao governador Renan Filho, pois gostaríamos de participar da gestão, não como gestores principais, mas num grande conselho fiscalizador, que também possa sugerir, contestar, contribuir com o desenvolvimento de Alagoas”, afirma Almeida.

Israel é um exemplo de que tudo depende de uma gestão eficiente. Superou as adversidades e hoje exporta cerca de 80% do que produz no campo, onde mais da metade das terras são irrigadas com água de reuso. Segundo Diego Berger, coordenador de projetos internacionais da Mekorot, empresa de abastecimento israelense, o primeiro passo é educar as pessoas para que dêem o valor necessário à água.

“Nós costumamos dizer que Israel foi abençoada pela falta de recurso. Não há mais água natural e metade do que utilizamos na agricultura vem do esgoto, pois somos o país que mais reutiliza. E aí é que está a importância de uma boa gestão, que, além de educar a população, também deve reduzir as perdas e utilizar bem os recursos”, analisa Berger.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae em Alagoas, Zezinho Nogueira, reforça a importância da troca de experiências com Israel, sobretudo no que diz respeito à gestão. “Temos muitas das tecnologias presentes em Israel e podemos trazer outras, mas o ponto principal deles é a gestão em tudo o que fazem, e é isso o que queremos trazer, essa experiência na gestão da agricultura e dos recursos hídricos”, comenta Nogueira.


Senar AL iniciará novas turmas de Alfabetização de Jovens e Adultos

Professores recebem orientações

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – reuniu 15 professores de alfabetização, de dez municípios do interior do estado, para passar orientações sobre os procedimentos metodológicos e apresentar o planejamento de atividades do Curso de Alfabetização de Jovens e Adultos que terá início no próximo dia 3 de junho. A reunião aconteceu na última quarta-feira, 15, na sede do Senar, em Maceió.


O curso de Alfabetização de Jovens e Adultos é uma parceria com o Sebrae em Alagoas, firmada no Convênio de Capacitação Técnica 01/2019. A carga horária é de 300 horas e, ao todo, 250 alunos estão inscritos. São pessoas não alfabetizadas que foram selecionadas pelos professores – que moram nas comunidades onde ministram as aulas.

Os municípios contemplados com o curso são: Igreja Nova; Pindoba; Arapiraca; Palmeira dos Índios; Igaci; São Luis do Quitunde; Mata Grande; Poço das Trincheiras; Santana do Ipanema; e Major Izidoro.

A oferta do curso reforça a missão da instituição, que é realizar a Educação Profissional, a Assistência Técnica e as atividades de Promoção Social, contribuindo para um cenário de crescente desenvolvimento da produção sustentável, da competitividade e de avanços sociais no campo.

Contribuição sindical

O Senar Alagoas já capacitou cerca de 314 mil alagoanos. Quase cem mil pessoas já foram beneficiadas pelas ações de promoção social e a Alfabetização de Jovens e Adultos já formou mais de mil turmas, o que representa aproximadamente 22 mil alunos. O Senar Alagoas integra o Sistema CNA e, para que esses e outros serviços possam continuar sendo ofertados, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil precisa do apoio dos produtores, por meio da Contribuição Sindical Rural.

A contribuição é facultativa e pode ser feita até esta quarta-feira, dia 22. A Guia de Recolhimento está disponível no sitewww.cnabrasil.org.br.

Barragens subterrâneas viram prioridade para o Estado

Barragens subterrâneas foram tema de sessão especial na ALE

A construção de barragens subterrâneas em Alagoas entrou na lista de prioridades da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A afirmação, dita na manhã desta sexta-feira, 10, pelo secretário executivo de Gestão Interna da Semarh, Alex Gama, trouxe esperança para dezenas de produtores rurais do semiárido alagoano, que participaram de uma sessão especial na Assembleia Legislativa.

A sessão sobre barragens subterrâneas foi proposta pela deputada estadual Fátima Canuto (PRTB), a partir de um pleito da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal). A engenheira agrônoma do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AL), Luana Torres, apresentou uma barragem subterrânea construída em parceria com o Sebrae, no município de São José da Tapera, por meio do programa Sertão Empreendedor. O projeto custou cerca de R$21 mil e, seis meses após a conclusão, já armazena água capaz de abastecer entre cinco e seis famílias.

“A falta de água não será um problema para a realização de plantio de hortaliças ou outras culturas. A segurança alimentar, abastecimento, fornecimento para animais e utilização dessa água para a irrigação deve ser motivação suficiente para aumentar o número de barragens subterrâneas no semiárido de Alagoas”, observou Luana Torres.

“Estamos resolvendo a vida dos produtores rurais das regiões secas, que são pessoas de baixa renda. Transformar vidas nos dá um orgulho muito grande e, além disso, participar desta parceria com o Senar nos permite mostrar, mais uma vez, que o Sertão pode ser uma solução para Alagoas. Tem sol o ano inteiro, terras agricultáveis, só precisa de tecnologia e da boa vontade das autoridades para levar essa tecnologia ao campo”, comenta Ronaldo Moraes, diretor técnico do Sebrae AL.

O agricultor Edésio Melo, de São José da Tapera, conhecido como “Seu Dedé”, também subiu à tribuna da Assembleia Legislativa para falar sobre a sua experiência de sucesso. Ele construiu a primeira barragem, com capacidade para acumular 75 milhões de litros de água, sozinho, “no braço”. A obra durou dois anos. Hoje, cultiva mais de 90 tipos de plantas, entre hortaliças, medicinais e frutíferas, em qualquer época do ano.

“Primeiramente, eu agradeço a Deus e, depois, à barragem subterrânea, pela minha felicidade e da minha família. A minha barragem mantém seis famílias nas nossas origens, sem dizer que ainda abasteço a cidade de Tapera, a feirinha, de segunda a sexta. Água é vida. Se os senhores puderem multiplicar essas barragens, serão bem-vindas, porque a agricultura familiar está necessitada”, pediu Seu Dedé, diante de deputados estaduais e outras autoridades.

Alex Gama: “Custo é mínimo quando comparamos aos benefícios”

Após todos exemplos e estudos apresentados, Alex Gama garantiu que a Semarh tentará incluir a construção de barragens subterrâneas dentre os projetos que recebem apoio financeiro do Governo Federal. “R$21 mil não representam nada, quando você compara aos benefícios gerados por um empreendimento deste. Portanto, quero dizer que nós estaremos muito envolvidos e buscaremos, dentro dos convênios que já temos, a possibilidade de incorporar o programa de barragens subterrâneas”, ressaltou o secretário executivo de Gestão Interna.

Mapeamento
Apontada como uma tecnologia simples, barata e capaz de garantir o sustento de famílias de pequenos agricultores nas regiões mais secas, a barragem subterrânea deve ser construída em locais com solo, relevo e clima adequados. Em Alagoas, pesquisadores da Embrapa realizam o ZonBarragem, um trabalho de mapeamento de áreas com potencial para construção que é inédito no semiárido brasileiro. Mas há um alerta. Com duração de quatro anos e término previsto para 2021, o projeto corre o risco de não ser concluído por falta de recursos financeiros.

“O nosso orçamento total é de R$420 mil, recursos provenientes do Governo Federal. Dos R$120 mil previstos para 2019, até o momento, nós só recebemos R$7 mil. Por isso, eu faço um apelo aos deputados estaduais, para que nos ajudem a manter este projeto tão importante. Queremos contribuir com a soberania e segurança alimentar e nutricional das famílias e de seus animais, a diminuição da fome e da pobreza, o aumento da resiliência às mudanças climáticas da região e a inclusão socioprodutiva das comunidades do campo”, clamou a pesquisadora da Embrapa e coordenadora do ZonBarragem, Maria Sonia Lopes da Silva.

Seu Dedé entre deputados estaduais e outras autoridades

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, chamou a atenção dos parlamentares e demais autoridades para a necessidade do fortalecimento das parcerias com o objetivo de criar um programa sólido de construção de barragens subterrâneas. “Temos condições de fazer muito mais junto ao Governo do Estado, às prefeituras – que têm as caçambas, as retroescavadeiras, as máquinas – e outras instituições. Assim, faremos com que o pequeno produtor saia da agonia dos períodos de estiagem, produza e melhore a qualidade de vida dele, da família e da sociedade”, ponderou.

“Este é o momento de discutir e juntar forças, porque não será apenas o legislativo, mas é preciso um projeto capitaneado pelo Governo do Estado, com parcerias, para que a gente consiga construir barragens subterrâneas e mudar a vida das comunidades do semiárido de Alagoas, por meio do fortalecimento da agricultura familiar e da bacia leiteira, o que também contribui para a diminuição do êxodo rural”, reforçou a deputada estadual Fátima Canuto.