Iniciativa oferece benefícios exclusivos para produtores sindicalizados e em dia com a Contribuição Sindical Rural
Produtores rurais de todo o país, que estão em dia com a Contribuição Sindical Rural, já podem se cadastrar no Programa Bem+Agro, plataforma digital de benefícios exclusivos, criada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A adesão é gratuita e deve ser feita no site https://www.bemmaisagro.com.br.
O programa funciona com agros – moeda virtual
criada para o sistema e que pode ser trocada por ofertas e outros benefícios.
Para ganhar agros, o produtor precisa ter alguns comportamentos como se
inscrever e concluir cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); participar
de eventos; navegar, interagir e ler conteúdos publicados pela CNA, federações
estaduais da agricultura e pecuária, e sindicatos rurais.
No computador ou celular, o produtor acessa o
extrato de agros acumulados, confere as ofertas – nacionais ou segmentadas por
região – e troca moedas virtuais por benefícios, como condições especiais em
empresas parceiras, a exemplo de descontos em planos de saúde, serviços
laboratoriais, passagens aéreas, pneus e serviços relacionados, cursos de
graduação e livros, além de acesso VIP a eventos do agronegócio, entre outros.
Nacionalmente, a CNA já firmou convênio com
empresas como Latam Airlines, Mercedes-Benz, Visa, Livraria Embrapa, Pirelli,
Sabin Medicina Diagnóstica, 99, Netshows, Bancorbrás e Movida Rent a Car.
Os produtores também terão acesso a cartilhas de processos produtivos e
poderão formar turmas exclusivas para cursos do Senar; indicarão estudantes
para o programa CNA Jovem; terão acesso prioritário a serviços prestados pelos
sindicatos, como assessorias jurídica e contábil, bem como à Assistência
Técnica e Gerencial do Senar.
Secretário Fábio Farias, prefeita Juliana Almeida e o presidente da Faeal, Álvaro Almeida
O
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal),
Álvaro Almeida, prestigiou a solenidade de posse que marcou o retorno de Fábio
Farias ao Gabinete Civil do Governo do Estado e a nomeação de Cecília Rocha na
Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia. O evento aconteceu na manhã dessa
segunda, 22, no Palácio de Governo, em Maceió.
“A
nomeação da Cecília Rocha é muito importante, pois alia capacidade e juventude
em busca de colaborar com o desenvolvimento do Estado, e a renomeação do Fábio Farias
traz a experiência, é o ponto de equilíbrio no governo”, avaliou Álvaro Almeida,
que durante a solenidade esteve acompanhado da filha, Juliana Almeida, prefeita
do município de Mar Vermelho.
“Com a chegada do Fábio Farias e da Cecília, a gente monta o
primeiro escalão do Governo. Com muita paciência, com muita calma, procurando
ouvir a todos, eu vim montando o Governo com dois objetivos. Ter um primeiro
escalão denso, do ponto de vista técnico e do ponto de vista político, e que me
desse a condição para, no campo da administração pública, gerencial, dar
velocidade e estabilidade política para que a gente pudesse avançar sem
sobressaltos”, explicou Renan Filho.
Nova secretária Cecília Rocha recebe os cumprimentos de Álvaro e Juliana Almeida
O médico Fábio Farias, que volta ao Gabinete Civil, órgão que
comandou entre 2015 e 2018, lembrou a missão articuladora da pasta e garantiu
esforços para promover a convergência entre os três poderes e a sociedade civil
para o desenvolvimento de Alagoas.
“O Gabinete Civil é um facilitador do processo interno e do
processo externo do Governo. A convergência é o meu foco, e o Gabinete Civil é
precisamente o órgão governamental responsável pela manutenção e construção de
pontes entre o Executivo, os demais poderes constituídos e as instituições
representativas da sociedade”, disse Farias.
Presidente da Faeal acompanhou solenidade entre familiares do secretário Fábio Farias
A nova secretária da Ciência e Tecnologia apontou entre suas prioridades a entrega do Polo de Tecnologia da Informação, no bairro de Jaraguá. “A importância desse Polo se ajusta às preocupações sociais do Governo de Alagoas. Precisamos ir além, usando a tecnologia para tornar o Estado ainda mais eficiente. Vamos incentivar os desenvolvedores de programas e startups. Não podemos esquecer a importância da popularização da ciência e do incentivo e preparo das crianças e adolescentes. Ciência e educação não podem estar separadas”, afirmou Cecília Rocha.
O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Augusto Loyola Júnior, ministrou
a palestra “Seguro rural na visão de gestão de riscos agropecuários”, na manhã
dessa terça-feira, 16, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado
de Alagoas (Faeal). O evento reuniu produtores, gestores e representantes da Superintendência
Regional do Mapa, do Governo do Estado, Banco do Brasil, associações e
cooperativas ligadas ao setor.
“O Departamento de Gestão de Riscos cuida de alguns
programas, como o de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, o Proagro,
Garantia-Safra e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Esses encontros nos
estados fazem parte de uma estratégia do Governo Federal para disseminar a
cultura de seguro rural e também de gestão de riscos, pois ambos são
importantes para o produtor manter a renda na sua produtividade. Os estados
precisam demandar para o Ministério quais culturas precisam ser zoneadas, para
que o produtor plante no melhor período, com a melhor tecnologia. Isso mitigará
os riscos de perda de produção por problemas climáticos”, comentou Pedro Loyola
Júnior.
“Os encontros também nos trazem todas as demandas dos
estados, o Ministério mostra como ele pode fomentar o seguro rural e ainda como
está atuando em alguns programas. O Garantia-Safra, por exemplo, é muito
importante aqui para o Nordeste, com a aplicação de recursos do Governo para
pequenos produtores que precisam ter sua segurança alimentar e da família
garantida. Aqui em Alagoas, ainda é preciso fomentar esses programas, por isso,
é importante discuti-los com essas lideranças e produtores”, acrescentou Loyola.
Segundo o palestrante, ampliar as contratações de seguro no
Norte e Nordeste do país é um dos desafios do Governo Federal. Outros desafios
são: desenvolver estudos para fomentar políticas; ampliar a abrangência de
produtos e regiões do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural; criar um
programa de disseminação da cultura de gestão de riscos; e integrar os bancos
de dados dos diferentes programas.
Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Alagoas, Edilson Maia, a palestra foi esclarecedora e permitiu
a abertura de um importante canal de informações com os produtores. “A Faeal está
fazendo todo o esforço para que o produtor alagoano tenha sustentabilidade na
sua atividade por meio do seguro rural. Alagoas ainda tem uma pequena
participação no mercado, não há essa cultura, diante de tantas variáveis e intempéries
que sofre o Nordeste, mas com certeza o Governo vai carimbar algumas verbas
para este fim e fazer com que o produtor seja menos afetado por essas
intempéries da região”, comenta Maia.
Argentinos, colombianos, mexicanos e brasileiros de outros estados manifestam interesse em replicar o programa de consultorias a pecuaristas
Representantes do Senar Alagoas após apresentação no Uruguai
Os resultados significativos do Mais Pasto, programa de consultorias para pecuaristas criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – em parceria com o Sebrae AL, começam a atrair os olhares de outros países. A experiência, inédita no Brasil, foi apresentada no 8º Encontro Internacional de Pastoreio Voisin, realizado entre os dias 11 e 13 de abril, na cidade de Salto, Uruguai. Promovido pelo Fororural, o evento reuniu cerca de 300 pessoas, de 10 países, em torno das discussões sobre uma pecuária mais rentável, ecológica, voltada para o bem-estar humano e animal.
Palestrantes da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai e Uruguai compartilharam conhecimentos e experiências sobre o sistema voisin. O Mais Pasto foi apresentado pelo engenheiro agrônomo e coordenador do programa, André Sório. Também participaram do evento a engenheira agrônoma do Senar Alagoas, Luana Torres; o veterinário e técnico da instituição, Diogo Lôbo; e o presidente do Conselho Administrativo, Álvaro Almeida. “Fiquei honrado e orgulhoso em ver como o nosso programa despertou o interesse dos participantes do Encontro Internacional de Pastoreio Voisin, tanto os estrangeiros, quanto os dos 12 estados brasileiros representados no evento”, avalia Almeida.
“A apresentação foi bastante concorrida. Nós apresentamos o Mais Pasto dando destaque aos resultados obtidos em termos de carga animal, rebanho, ganho de patrimônio – proporcionado pelo aumento de animais e diminuição da necessidade de terra para criá-los – e também abordamos a proteção das nascentes, pois já são quase 800 protegidas em Alagoas, no âmbito do programa. O Mais Pasto despertou o interesse de muitas pessoas, especialmente de argentinos, colombianos e mexicanos, que manifestaram interesse grande num detalhamento maior, para que eles possam tentar aplicá-lo em seus países”, explica o coordenador do programa, André Sório.
Pecuaristas brasileiros que participaram do evento no Uruguai também ficaram impressionados com os resultados do Mais Pasto. “Alagoas mostra o quanto é importante ter um programa bem estruturado de consultoria, que promova a união dos produtores em torno de módulos, metas, com muita troca de experiências e o subsídio de instituições como o Senar e o Sebrae. Muitas vezes, soluções mais simples são compartilhadas pelo próprio produtor, que vivencia a atividade no dia a dia. Isso diminui os custos”, observa o pernambucano Luis Queiroga.
Helder Hofig, pecuarista do Mato Grosso do Sul, também reconhece a eficácia do Mais Pasto. “Não há dúvidas de que este programa tem sido muito importante para o aumento da produção pecuária de Alagoas e deveria ser replicado em outros estados, pois consegue atingir muitos produtores e auxiliá-los para que se tornem autossuficientes na gestão da propriedade. Além das consultorias individuais, a educação continuada é um grande diferencial”, afirma.
O programa O Mais Pasto capacita pequenos e médios pecuaristas para a utilização racional da pastagem e a gestão da propriedade rural. A intenção é que o produtor aproveite ao máximo o potencial dos pastos e melhore os resultados econômicos para ele, seus familiares e funcionários. A partir do diagnóstico da situação de cada propriedade, um plano de melhorias, ações e investimentos é elaborado. Além da consultoria coletiva, com encontros periódicos, o programa garante acompanhamento técnico, com visitas mensais de instrutores do Senar Alagoas às propriedades.
Evento é gratuito e voltado para dirigentes sindicais e produtores adimplentes com a contribuição sindical
“Débito rural: contratos até 2011 e de 2012 a 2016: o que fazer?”. Este é o tema da palestra que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas promoverá na próxima segunda-feira, 15. O evento acontecerá na sede da Faeal, a partir das 9 horas, e terá como palestrante o advogado Guilherme Santos Ferreira da Silva, consultor jurídico da Federação para assuntos relacionados a endividamento rural.
O evento é gratuito e voltado exclusivamente para dirigentes sindicais e produtores adimplentes com a contribuição sindical. Guilherme abordará as operações contratadas até 2011: BB e BNB, incluindo vencidas e não inscritas na Dívida Ativa da União; operações contratadas no período de 2012 a 2016; operações inscritas na Dívida Ativa da União; e defesa nas demandas judiciais: o que fazer?”.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está cadastrando produtores rurais para o Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais, que tem o objetivo de potencializar o desenvolvimento da cadeia produtiva e agregar valor à produção de pequenos e médios produtores. O cadastro deve ser feito no site www.cnabrasil.org.br.
O programa faz
parte de uma das prioridades da CNA para levar tecnologias e dar condições
diferenciadas para uma nova classe média rural, proporcionando melhoria de
renda e aumento de competitividade. A iniciativa também vai gerar benefícios
para as pessoas que, em algum momento, já participaram de ações de promoção
social do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) voltadas para o
processamento de alimentos.
Em 2018, uma pesquisa
realizada pela CNA apontou que 56% dos produtores de alimentos artesanais têm
dificuldades em atender as exigências legais quanto à produção e processamento
e outros 25% têm dificuldades em obter lucro e ter uma clientela fixa. Para
mudar esta realidade, o Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais prevê ações de capacitação, assistência técnica e
gerencial, consultoria, melhoria do ambiente tributário e regulatório, fomento
e aperfeiçoamento da estrutura para comercialização.
“Para que
isso aconteça, precisamos identificar o que cada produtor produz atualmente e,
a partir daí, mantê-lo informado sobre futuras iniciativas para a promoção de
seu negócio”, afirma o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida.
Agroalimentares e artesanais
Um produto agroalimentar tradicional é um produto transformado (chocolate) ou não (cacau), cujos métodos de produção, processamento e maturação foram consolidados ao longo do tempo, ou que tem características exclusivas decorrente da interferência do ambiente em que é produzido. Na maioria das vezes, o saber para produzi-lo foi transmitido de geração em geração. São exemplos de produtos agroalimentares tradicionais: café, mel, cachaça, vinho e plantas alimentícias não convencionais.
Já um produto agroalimentarartesanal costuma ser produzido em quantidades limitadas, com excelência, pelo próprio produtor rural ou seus funcionários, aliando predominantemente o uso de métodos tradicionais e manuais. Exemplos de produtos agroalimentares artesanais: vinho, cacau e chocolate, queijo, embutido, geleia e doce de leite.
Legislação
A pedido da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil, o ex-presidente da República, Michel Temer, sancionou, sem
vetos, a Lei 13.680, que facilita a comercialização de produtos artesanais em
todo o Brasil. Um dos benefícios é a permissão da comercialização interestadual
de produtos alimentícios produzidos de forma artesanal, com características e
métodos tradicionais ou regionais próprios, boas práticas agropecuárias e de
fabricação, desde que submetidos à fiscalização de órgãos de saúde pública dos
Estados e do Distrito Federal.
Agora, a atuação da CNA é direcionada para que a
regulamentação da lei e efetivação do Selo Arte facilitem o registro dos estabelecimentos
e produtos artesanais nos órgãos de fiscalização.
O presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Alagoas) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas, Álvaro Almeida, esteve na sede do Sebrae AL, em Maceió, nessa segunda-feira, 8, para conversar com o diretor técnico do Sebrae Nacional, Vinicius Lages, sobre a importância da participação da instituição em uma parceria público-privada para a construção de barragens subterrâneas no semiárido alagoano.
A reunião também contou com a participação do superintendente regional do Senar, Fernando Dória, e do corpo diretivo do Sebrae em Alagoas. Álvaro apresentou os benefícios das barragens subterrâneas para comunidades do município de São José da Tapera, com a garantia de água para os agricultores, mesmo em períodos de estiagem. Ele também mostrou os primeiros resultados da barragem construída pelo Senar em parceria com o Sebrae, por meio do convênio Sertão Empreendedor. A estrutura, que custou apenas R$18 mil, incluindo capacitação da comunidade, contratação de mão-de-obra e maquinário, foi entregue há seis meses e já acumula água que servirá para irrigação e na criação de gado de leite.
Álvaro Almeida apresentou vídeo sobre barragens no sertão
“Acreditamos que uma parceria envolvendo Governo do Estado, Sebrae, Senar e Embrapa nos dará a possibilidade de construir várias barragens subterrâneas no semiárido e contribuir para que os pequenos produtores continuem produzindo e atendendo às suas necessidades e das suas famílias. Nós, do Senar, estamos fazendo a nossa parte, alertando tanto ao Sebrae, quanto ao poder público de que é possível diminuir a miséria no meio rural de Alagoas, principalmente no Sertão”, afirma Álvaro Almeida.
Vinícius
Lages ficou entusiasmado com os resultados produzidos pelas barragens
subterrâneas. O diretor técnico do Sebrae Nacional vislumbra a possibilidade de
o Sebrae Alagoas entrar na parceria, com assistência técnica, para trabalhar
questões de gestão, tecnologia, inovação e mercado.
“É bom
ver iniciativas como essa, de baixo custo e alto impacto. Cada barragem tem
capacidade produtiva para assegurar renda para quatro ou cinco famílias, e a proposta
de parceria é interessante, mas é preciso investimentos na parte fundamental de
engenharia. O nosso esforço é buscar esse parceiro e também trabalhar na
perspectiva de um diálogo com o novo secretário de Estado da Agricultura, Ronaldo
Lessa, para que a gente possa combinar recursos e energias do setor produtivo e
do governo, com o objetivo de ampliar essa experiência”, comenta Lages.
Almeida também a Lages informações sobre projeto da Embrapa
Projeto da Embrapa
O diretor técnico do Sebrae Nacional também teve acesso às informações sobre o ZonBarragem, projeto de zoneamento de áreas potenciais para construção de barragens subterrâneas em Alagoas. Inédito no semiárido brasileiro, o trabalho é desenvolvido pela Embrapa Solos.
O projeto tem duração de quatro anos,
com término previsto para julho de 2021, e é dividido em três etapas. A
primeira delas consiste na elaboração do mapa de potenciais do estado, que deve
ser concluído em aproximadamente quatro meses. Em seguida, haverá a etapa de
validação das áreas com potencial para construção das barragens e,
posteriormente, a sensibilização e capacitação de técnicos e agricultores,
sistematização e socialização dos resultados.
O orçamento previsto pelo Governo Federal para o ZonBarragem, em 2019, é de R$120 mil, mas, diante do atual cenário econômico, a expectativa é de que somente 30% desta verba sejam liberados.
Sessão Especial é uma iniciativa da deputada
estadual Fátima Canuto, em apoio ao pleito da Federação da Agricultura
Deputada Fátima Canuto visita barragem do Seu Dedé
A sessão
especial sobre a construção de barragens subterrâneas no estado de Alagoas já
tem data para acontecer na Assembleia Legislativa. Será no próximo dia 10 de
maio, a partir das 9 horas. A iniciativa é da deputada estadual Fátima Canuto
(PRTB), em atendimento a um pleito da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado de Alagoas (Faeal). O objetivo é garantir
o abastecimento de água para as famílias de agricultores das regiões mais
secas, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, geração de
emprego e renda a partir do fortalecimento da bacia leiteira e da agricultura
familiar.
Participarão da sessão especial agricultores beneficiados por
barragens subterrâneas, pesquisadores da Embrapa – que desenvolvem um projeto
de mapeamento do estado de Alagoas para a construção desta tecnologia de
captação e armazenamento de água da chuva –, técnicos do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar AL), Sebrae AL, Secretaria de Estado da Agricultura
(Seagri), entre outros convidados.
“A ideia da sessão especial nasceu depois de uma visita ao
presidente da Faeal, Álvaro Almeida, que me falou da importância da construção
dessas barragens para o estado de Alagoas. De pronto eu comprei essa ideia e solicitei
ao presidente da Assembleia o agendamento da sessão, para que possamos discutir
e mostrar à sociedade, principalmente aos agricultores, como uma barragem
subterrânea pode mudar vidas”, argumenta a deputada Fátima Canuto.
No dia 12 de março, a parlamentar já havia protocolado a
Indicação nº 29/2019, para que o governador Renan Filho e o secretário de
Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Ronaldo Lessa, empreendam
esforços no sentido de promover a construção, funcionamento e manutenção de
barragens subterrâneas do semiárido alagoano. Nessa última sexta-feira, 5
de abril, Fátima Canuto viajou a São José da Tapera, Sertão do estado, para
conhecer de perto algumas experiências que deram certo.
A primeira visita da deputada foi às duas barragens
subterrâneas do agricultor Edésio Melo, o “Seu Dedé”. Juntas, as estruturas
acumulam cerca de 100 milhões de litros de água, garantem irrigação o ano
inteiro e o sustento de seis famílias. “No ano de 2000, eu passei 90 dias sem
ter como fazer uma feira para colocar dentro de casa. Minha dívida chegou a
R$62 mil. Passei muita dificuldade, mas construí a minha primeira barragem em
2007 e tudo mudou. Hoje, eu e minha família temos a nossa alimentação, estamos
vivendo bem e trabalhando com água, porque água é vida”, diz o agricultor.
Seu Dedé construiu primeira barragem, com capacidade para
acumular 75 milhões de litros de água, sozinho, no braço. A obra durou dois
anos. Hoje, ele replica a experiência em outros povoados, já recebeu a visita
de estudiosos de outras regiões do Brasil e de 18 países. “Seu Dedé agrega a
família e os vizinhos no negócio, repassa sua experiência para outras pessoas e
tem mudado a realidade do município em que vive. Portanto, é necessário que a
gente apoie iniciativas como a deste agricultor, que durante seis anos de seca,
não sofreu com falta de água”, ressalta Fátima Canuto.
A deputada também ressalta o custo benefício que seria a construção
de outras barragens subterrâneas em Alagoas. “Seu Dedé tem gado de leite aqui,
então, nós podemos fortalecer a pecuária leiteira, para que os pequenos
produtores viabilizem a criação do seu gado. Desta forma, também fortalecemos a
agricultura familiar. O Seu Dedé não utiliza agrotóxico em seus produtos, todos
são orgânicos e isso é muito importante. Porém, ele poderia trabalhar com 90
tarefas, mas não o faz, pois não teria para onde escoar a produção. Nós também
precisamos pensar nisso”, observa Canuto.
Barragem construída pelo Senar e Sebrae AL: em outubro do ano passado e atualmente
Senare Sebrae
Outro projeto visitado pela deputada foi a barragem subterrânea construída pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Alagoas) em parceria com o Sebrae AL, por meio do convênio Sertão Empreendedor. Entregue em outubro do ano passado, no Povoado olho D’Água do Padre, em São José da Tapera, a barragem já acumula água proveniente das chuvas recentes. O projeto custou apenas R$18 mil e incluiu capacitação da comunidade, contratação de mão-de-obra e máquinas.
“Fizemos um processo de capacitação com 30 pessoas do povoado
e entorno, para que elas pudessem entender o processo de construção da
barragem. Depois disso, levamos dez dias para deixar a estrutura pronta, só
esperando a captação da chuva. O Sebrae nos ajudou muito na questão dos
recursos e a comunidade se engajou no projeto”, relembra a engenheira agrônoma
do Senar AL, Luana Torres. “É preciso replicar essas experiências no estado de
Alagoas, firmar parcerias importantes para que a gente leve esse projeto
adiante, principalmente, com o apoio do Governo do Estado”, pondera a deputada
estadual Fátima Canuto.
Fruto de uma parceria entre o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural – Senar – e o Sebrae, o Programa Negócio Certo Rural formou
mais três turmas em Alagoas, desta vez, na cidade de Inhapi, sertão alagoano, a
270 quilômetros da capital Maceió. A solenidade de formatura aconteceu na
última quarta-feira, 27, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e
reuniu 55 formandos, familiares e autoridades do município.
O Negócio Certo Rural já começa a mudar a vida de jovens como André Oliveira dos Santos, 26 anos. Produtor de leite, ele percebeu, durante o curso, a possibilidade de diversificar o negócio. Hoje, também produz e vende queijo. “Com a crise no preço do leite, que caiu de R$1,15 para R$0,80, eu não conseguiria pagar as contas da fazenda, por isso, decidi colocar meu projeto em prática. Já estou entregando queijo nas padarias da cidade, no mercado, e com o lucro ainda estou investindo na criação de porcos”, relata.
André começou a produzir queijo durante o curso
Para garantir o padrão de qualidade do queijo, André
investiu em máquina a vácuo, imprimiu selos, comprou carimbo para indicar a
validade do produto. Mesmo com os investimentos, a nova atividade garantiu uma
renda extra e ainda permitiu ao jovem produtor ampliar a diversificação nas
fontes de renda. “Estou investindo agora em criação de porco e ainda fico com
um caixinha extra”, comemora o jovem inhapiense.
O assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Inhapi, Silvano Nascimento, reconhece a importância do programa Negócio Certo
Rural para os agricultores do município. “Além de obter mais conhecimentos,
esses alunos, pequenos agricultores que pretendem diversificar e ampliar os
negócios, já começam a ter uma renda extra para a família”, resume.
Prefeito de Inhapi reconhece importância das capacitações
O prefeito de Inhapi, José Cícero, ressalta que a
capacitação é importante para todo o município. “Nossa zona rural é muito ampla
e tem muitas pessoas carentes de capacitações, além disso, uma formação deste
nível não beneficia apenas os alunos, mas também a nossa sociedade, que passa a
consumir produtos de qualidade”, avalia o gestor.
Analista técnico do Sebrae no sertão de Alagoas, Vitor
Pereira diz que a parceria com o Senar AL é fundamental para que o conhecimento
se dissemine em todo o estado. “Conhecimento é o bem mais valioso e para o
Sebrae, instituição que promove e dissemina conhecimento, é fundamental ter essa
capilaridade de poder atuar em todo o território, por meio do convênio com o
Senar, que é muito bem sucedido. E o mais gratificante é ver o resultado final,
com os alunos já produzindo nos padrões de qualidade exigidos pela legislação”,
reconhece.
O coordenador do Negócio Certo Rural no Senar AL, Sidney
Rocha, ressaltou que a perspectiva é de oferta de outros cursos em Inhapi. “O
Senar e o Sebrae em Alagoas firmaram uma parceria para a oferta de 300 cursos
este ano. Além disso, os alunos que fizeram o NCR terão prioridade no programa
de Assistência Técnica e Gerencial, que tem dois anos de duração. Neste
período, são realizados o diagnóstico produtivo e individualizado; planejamento
estratégico; adequação tecnológica; capacitação profissional complementar e avaliação
sistemática de resultados”, comenta.