O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, recebeu no dia 26, o coordenador do Programa Mais Pasto, André Sório e o superintendente do Senar Alagoas, Fernando Dória, na sede da Federação, no Recife. Em pauta, uma apresentação sobre a iniciativa para gestores e técnicos do setor produtivo.
O Mais Pasto leva consultoria para pecuaristas, implantando alternativas para melhorar o manejo das pastagens, a gestão da propriedade rural e, consequentemente, intensificar a atividade, seja na pecuária leiteira ou de corte.
O programa é uma idealização do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Alagoas (Senar-AL), com o apoio do Sebrae.
Além do presidente da Faepe, a reunião contou com a presença do superintendente do Senar Pernambuco, Adriano Moraes, de técnicos da instituição e do pesquisador do IPA, Geraldo Eugênio.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –
capacitará 1050 trabalhadores das usinas Santo Antônio e Camaragibe, por meio
do Fundo de Amparo ao Trabalhador – Fat. Seis cursos, de 180 horas cada, serão
ofertados: Educação Ambiental; Relações Interpessoais; Segurança no Trabalho;
Mecanização Agrícola; Administração Rural; e Cultura da Cana-de-Açúcar. Os
estudantes serão divididos em 42 turmas e as aulas acontecerão entre os dias 8
de abril e 11 de junho, nos municípios de São Luiz do Quitunde e Matriz de
Camaragibe.
Na manhã desta terça-feira, 26, cerca de 30 instrutores contratados
pelo Senar Alagoas receberam orientações sobre os cursos. “Alinhamos os
conteúdos, que precisam ser constantemente atualizados para oferecer uma
qualidade maior no ensino, além de questões de logística. E também aproveitamos
a oportunidade para falar sobre demandas de outros programas”, explica a
assessora técnica do Senar, Luana Torres, que conduziu a reunião ao lado do
supervisor de treinamentos, Sidney Rocha.
Os cursos são uma exigência do Ministério do Trabalho, com o objetivo de evitar demissão de trabalhadores no período de entressafra da cana-de-açúcar. Todos os participantes recebem uma bolsa de estudos paga pelas usinas. Para realizar as capacitações, o Senar utiliza recursos financeiros provenientes da contribuição previdenciária rural.
Ex-alunos do Curso Técnico em Agronegócio contribuem para a capacitação profissional de outros alagoanos
Mais de 500 quilômetros e sete horas de viagem de ônibus, todos os sábados. Durante agosto de 2015 e janeiro de 2016, esta foi a rotina de Ib Heber Pita, ex-aluno do Curso Técnico em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar. À época, as vagas em Alagoas ainda eram escassas e ele decidiu encarar o desafio de deixar o município de Major Izidoro, uma vez por semana, para estudar no polo de Carira, interior de Sergipe. Todo o primeiro semestre foi cursado no estado vizinho, até que veio a transferência para Maceió, onde concluiu os estudos. Hoje, aos 50 anos, Ib retorna à sala de aula do mesmo curso técnico, desta vez, como instrutor da disciplina Responsabilidade Social e Ambiental, no polo de Major, cidade onde vive.
“Ter sido selecionado como instrutor comprova que eu realmente cumpri o meu papel enquanto estudante – e tenho muito orgulho de ter sido aluno do Senar. Também me traz um compromisso maior, por já ter estado do outro lado. Eu sei, por exemplo, que muitas vezes o agricultor tem dificuldade de estudar a distância, enquanto as turmas mais jovens focam tanto nas atividades online, que deixam um pouco de lado os encontros presenciais. É preciso trabalhar muito bem essas questões e, por já ter vivido tudo isso na condição de aprendiz, acredito que posso contribuir para minimizar as dificuldades dos alunos e maximizar as potencialidades do curso”, analisa Ib Heber.
Técnico em Agroecologia e graduado em Gestão Ambiental, com pós-graduação
em Agronegócio, Ib é o fundador do Instituto Eco Sertãozinho, que desenvolve
projetos de acesso a crédito rural para produtores da bacia leiteira. Foi neste
trabalho que percebeu a carência de capacitações em gestão para quem produz na região.
Disposto a mudar tal realidade, Ib resolveu fazer o Curso Técnico em
Agronegócio do Senar. “Identifiquei que um dos grandes problemas da bacia
leiteira era justamente da porteira para dentro, a administração da propriedade.
Ao analisar a grade curricular da rede E-Tec, percebi que era muito direcionada
para a gestão e fiquei ansioso para fazer esse curso. Valeu a pena. Hoje, tenho
uma visão melhor, de uma pequena ou média propriedade como empresa rural”, diz.
Heber não é o único exemplo de ex-aluno que retornou ao Curso Técnico em Agronegócio do Senar como instrutor. Aos 32 anos, o engenheiro agrônomo e doutor em Proteção de Plantas Emerson dos Santos Ferreira vê o trabalho de orientação de novos estudantes como uma oportunidade de crescimento profissional. “O Agronegócio é a base primordial da economia brasileira e eu pretendo me qualificar cada vez mais nessa área. Graças a este curso, ganhei conhecimentos que me proporcionaram muitas oportunidades. Agora, é uma satisfação poder passar esses conhecimentos para outras pessoas”, afirma.
Instrutor das disciplinas Contabilidade Rural e Economia
Rural, Emerson reitera os diferenciais do curso do Senar. “Os professores são muito
qualificados, o material didático é excelente e o apoio do Ambiente Virtual de Aprendizagem
é fundamental. Não tenho dúvidas de que esta é a melhor oportunidade para que
as pessoas do meio rural possam se qualificar e trabalhar, gerar emprego e renda nas cidades ondem
vivem, sem precisar arriscar a vida nos grandes centros urbanos. Recomendo o curso,
desejo que ele se expanda ainda mais, chegue a outros municípios, e que os
alunos aproveitem essa excelente chance”, diz.
Hoje, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural oferece
o Curso Técnico em Agronegócio em nove polos de apoio presencial em Alagoas: Arapiraca;
Junqueiro; Major Isidoro; Mar Vermelho; Mata Grande; Olho D’Água das Flores;
Palmeira dos Índios; Penedo; e Santana do Ipanema.
Aula inaugural
aconteceu nos municípios de Olho D’Água das Flores e Junqueiro
Os 50 calouros do Curso Técnico em Agronegócio oferecido
pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – em Alagoas iniciaram as
aulas neste sábado, 23. Eles estão divididos em dois novos polos, localizados
nos municípios de Junqueiro e Olho D’Água das Flores. Na aula inaugural, os
alunos conheceram melhor o Senar e a Rede E-Tec Brasil, receberam informações
sobre o curso – metodologia, organização pedagógica, administrativa e avaliação
escolar – e o campo de trabalho para um técnico em Agronegócio.
Em Olho D’Água das Flores, a aula inaugural foi ministrada pela tutora Vânia Cristina e os estudantes também receberam orientações do coordenador dos tutores, Isaac Ferreira, e da coordenadora pedagógica do programa em Alagoas, Andrea Almeida. Aos 30 anos e grávida de cinco meses, a agricultora Iara Vitor da Silva de Góis, do povoado Sítio Minador, comemora a possibilidade de se tornar técnica em Agronegócio. “Estou muito ansiosa e feliz por ter sido aprovada em um processo seletivo muito concorrido. Sei que precisarei me afastar um pouco, porque vou ganhar bebê, mas já estou me programando para não perder nada deste curso que é muito bom”, afirma.
A expectativa também é das melhores para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Olho D’Água das Flores, Maria das Neves da Silva Souza. “Estamos muito felizes com este curso que é novo para a nossa comunidade e permite que essas pessoas possam ampliar a visão sobre o que é o agronegócio em nosso país. Esta era uma carência nossa e, por isso, o número de inscritos foi tão grande”, observa.
Em Alagoas Além das aulas inaugurais em Olho D´Água das Flores e Junqueiro, o dia também foi de retorno às atividades para os estudantes do Curso Técnico em Agronegócio espalhados nos outros sete polos do Senar em Alagoas. O objetivo é formar profissionais habilitados na análise, execução e controle dos procedimentos de gestão e comercialização do agronegócio, voltados à atuação em empresas e propriedades da agropecuária brasileira.
O Curso Técnico em Agronegócio tem duração de quatro semestres e a metodologia envolve 80% de atividades a distância e 20% presenciais. A carga horária total é de 1.230 horas/aula, incluindo teorias e práticas nos polos de apoio e em propriedades rurais. Os estudantes fazem visitas técnicas, estudos de caso, articulação com o setor produtivo, desenvolvem projetos, entre outras ações. Também contam com o suporte de apostilas impressas, videoaulas e do Ambiente Virtual de Aprendizagem, onde podem participar de fóruns de discussão e tirar dúvidas online com os tutores, além do acompanhamento nos encontros presenciais.
Produtores rurais e gestores de instituições ligadas à agricultura e pecuária estão preocupados com o processo de implantação do Centro Nacional de Pesquisa de Alimentos e Territórios da Embrapa em Alagoas. Diante da iminência de cortes no orçamento do Governo Federal, o receio é de que a unidade não seja instalada por falta de recursos financeiros. Em reunião realizada na manhã dessa quarta-feira, 20, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), representantes do agronegócio, da Federação das Indústrias (Fiea) e do Ministério da Agricultura decidiram solicitar, por meio do secretário da Agricultura, Ronaldo Lessa, uma audiência com o governador Renan Filho, para alertar sobre os riscos.
Durante a reunião, os representantes do setor produtivo, como o presidente em exercício da Fiea, José da Silva Nogueira Filho, e o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, demonstraram apreensão com o cenário. “Não há dúvidas de que o Governo do Estado vem apoiando a implantação do centro de pesquisas da Embrapa em Alagoas, mas, diante da realidade econômica do país, com a necessidade de cortes financeiros para o equilíbrio das contas públicas, é preciso uma somação de esforços ainda maior para que um projeto tão importante não seja interrompido. A construção da Embrapa Alimentos e Territórios representa o avanço em tecnologias e inovação, tão esperado e importante para o desenvolvimento da nossa agricultura e pecuária. Por isso, criaremos uma comissão e conversaremos com o governador Renan Filho, para que o estado tome novas medidas e ajude a garantir a instalação do centro de pesquisa”, afirma Almeida.
A Embrapa Alimentos e Territórios foi criada com o objetivo de desenvolver pesquisas que promovam a agregação de valores aos alimentos produzidos no Brasil. O protocolo de cooperação entre o Ministério da Agricultura e o Governo Estado, para a criação do centro, foi assinado em maio de 2016. Hoje, em fase de implantação, a unidade funciona, provisoriamente, na sede do Sebrae, em Maceió. Conta com quatro cientistas, mas a previsão é reunir cerca de 40.
Caso o projeto não emperre por falta de recursos
financeiros, a estimativa é de que o processo de implantação da Embrapa
Alimentos e Território, com infraestrutura própria e equipe completa, seja
concluído até 2022. Atualmente, os pesquisadores trabalham no mapeamento dos
produtos agroalimentares típicos da biodiversidade da região. A ideia é criar
um banco de dados virtual para que o consumidor possa conhecer e identificar
onde esses alimentos são produzidos. Inicialmente, os estudos se concentram nos
estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe.
Segundo o chefe geral da Embrapa Alimentos e Territórios,
João Flávio Veloso, a decisão de implantar o centro de pesquisas em Alagoas
atende a uma preocupação do Governo Federal em estabelecer projetos
estruturantes para o desenvolvimento socioeconômico do semiárido do Nordeste e
também está relacionada à alta potencialidade da região.
“O alimento tem muito a ver com a territorialidade, a história e cultura de um povo. Isso abre uma grande possibilidade de agregação de valor associada, por exemplo, ao turismo, pois o turista sempre procura experimentar alimentos típicos e, aqui, nós temos referências alimentares fantásticas, com possibilidades enormes para as cadeias produtivas, a exemplo do queijo coalho, feijão de corda, farinha, frutos tropicais, sucos e doces”, exemplifica João Flávio.
Hoje, apenas os estados do Espírito Santo e Rio Grande do
Norte não abrigam nem têm projeto de instalação de um centro nacional de
pesquisas da Embrapa.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –
reuniu tutores da Rede E-Tec para discutir procedimentos pedagógicos e
distribuir o material didático de seis disciplinas – Marketing Aplicado ao
Agronegócio; Responsabilidade Social e Ambiental para o Agronegócio; Economia
Rural; Empreendedorismo e Plano de Negócio; Qualidade e Segurança Alimentar; e Gestão
da Produção e Logística para o Agronegócio.
A reunião aconteceu na manhã desta segunda-feira, 18, na sede do Senar AL, em Maceió, e foi conduzida pela coordenadora regional da rede E-Tec, Graziele Freitas, a coordenadora pedagógica, Andrea Almeida, e o coordenador de tutores, Isaac Ferreira.
O encontro contou com a participação de coordenadores de polos e tutores que lecionam disciplinas do primeiro e terceiro semestres do Curso Técnico em Agronegócio. 56 profissionais foram convidados, alguns deles novatos, a exemplo de Fábio Daniel de Oliveira Albuquerque, 25 anos, formado em Sistemas de Informação.
“Estou muito animado. Fui convidado para ministrar as aulas
de empreendedorismo, já tenho algum conhecimento, participo de grupos no Sebrae
e acredito que posso somar a esse curso. A princípio, fui chamado para dar aulas
no Sertão, região que eu conheço bastante e isso facilitará o trabalho”, avalia
Fábio.
Aos 29 anos, o zootecnista e mestre em Energia da Biomassa, Ícaro
Victor Valério de Souza Santos, reconhece a importância da rede E-Tec. “Nós capacitamos
o jovem do campo, que já tem uma vivência, e agregamos conhecimentos para que
ele permaneça desenvolvendo as atividades que já vem sendo desenvolvidas pela
família, sem precisar sair do seu lugar de origem. Quando esse jovem permanece no
campo, a probabilidade de sucesso é maior”, avalia.
Novo secretário de Estado da Agricultura ouviu pleitos do setor em reunião realizada nesta sexta, 15, na sede da Faeal
Três dias após tomar posse como secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Ronaldo Lessa abriu o diálogo com o setor produtivo. Na manhã desta sexta-feira, 15, o ex-governador e ex-deputado federal ouviu os anseios de produtores e pecuaristas, dirigentes da Coopervales, Pindorama, Asplana, ACA, entre outras cooperativas, associações e sindicatos rurais. A reunião aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e também contou com a participação de gestores da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.
Diversos temas foram
discutidos, a exemplo da carência de matadouros que incentiva o abate
clandestino de animais, da necessidade de mudanças no gerenciamento do Programa
do Leite, de uma política mais forte de incentivo para o setor sucroalcooleiro
e de um projeto de construção e manutenção de barragens subterrâneas que
garanta água durante o ano inteiro para os pequenos produtores das regiões mais
secas.
A necessidade de
fortalecimento da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária ganhou caráter de
urgência na reunião. O Plano Estratégico para o Programa Nacional de
Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), do Governo Federal, que tem
como meta o reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa, dividiu os
estados em cinco blocos de transição de status sanitário. Alagoas está no
terceiro bloco e precisa ser reconhecido como zona internacional livre sem
vacinação em 2022, porém, Bahia e Sergipe estão no quarto bloco, cujo prazo de
transição se estende até o primeiro semestre de 2023, ou seja, um ano depois. A
situação preocupa, pois a Adeal não dispõe de infraestrutura ou equipes
suficientes para impedir que o gado não vacinado nos estados vizinhos entre em
Alagoas.
Entre os anos de 2013 e
2019, a Adeal perdeu 179 profissionais, dentre eles, 16 médicos veterinários,
11 engenheiros agrônomos, 31 técnicos agrícolas, 38 guardas sanitários e 81
auxiliares administrativos. Segundo o superintendente do Ministério da
Agricultura em Alagoas, Alair Correia de Amorim, esta situação dificulta o
controle da entrada de animais nas divisas do estado. “A Adeal precisa de
recursos, urgentemente, e seria uma saída muito boa se o secretário conseguisse
uma emenda parlamentar vinculada a investimentos na Agência”, sugere.
O presidente da Agência
de Defesa e Inspeção Agropecuária, Carlos Mendonça Neto, reconhece a
importância da discussão sobre as necessidades da instituição. “A Adeal é
importantíssima para o setor produtivo, tem um corpo técnico extremamente
competente e precisa ser fortalecida. O novo secretário de Agricultura já se
comprometeu a ajudar e disse que vai dialogar com o governador Renan Filho,
sobre temas pertinentes à Adeal”, afirma.
O secretário
Após ouvir os
representantes do agronegócio, Ronaldo Lessa garantiu lutar pelas demandas do
setor. “A secretaria é um instrumento para criar meios de desenvolvimento, mas
é a sociedade quem dá a resposta. Quer seja o agronegócio ou a agricultura
familiar, a sociedade é quem produz e o governo deve criar as condições para que
isso aconteça. Portanto, é muito importante ouvir essas pessoas do agronegócio,
que estão preocupadas com a produção, mas também com a elevação da riqueza do
Estado. Eu senti aqui que há uma preocupação com Alagoas, com a qualidade de
vida seu povo, e não há possibilidade de querer que Alagoas dê um salto de
qualidade sem pensar neste segmento”, ressalta o secretário.
Lessa ressaltou que o
foco não pode ser apenas na indústria, como também nos produtores locais e isso
também passa pelo fortalecimento do Instituto de Inovação para o
Desenvolvimento Rural Sustentável. “Nós trazemos a água de coco da Ásia, por
outro lado, nós precisamos melhorar tecnicamente com pesquisa e acompanhamento.
Para o Estado, que tem a obrigação de dar respostas à sociedade, é uma situação
difícil, mas nós temos que acreditar”, diz.
Para Álvaro Almeida,
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas, a
pré-disposição do novo secretário em dialogar é um indício de que o diálogo
será fortalecido. “Ronaldo Lessa ouviu aqui diversos produtores, representantes
de diversas instituições que tratam do agronegócio, quatro ex-secretários de
Agricultura e se expressou no sentido de permanecer próximo ao nosso segmento
para que possa, junto ao governador Renan Filho, fazer com que o agro alcance o
seu lugar, contribuindo cada vez mais com o desenvolvimento socioeconômico do
Estado”, comenta o presidente da Faeal.
Deputada estadual Fátima Canuto protocola indicação para que o Governo invista na construção, funcionamento e manutenção de barragens no semiárido alagoano
A deputada estadual Fátima Canuto (PRTB) protocolou nessa terça-feira, 12, na Assembleia Legislativa, a Indicação nº 29/2019, para que o governador Renan Filho e o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Ronaldo Lessa, empreendam esforços no sentido de promover a construção, funcionamento e manutenção de barragens subterrâneas do semiárido alagoano. O objetivo é garantir o abastecimento de água para as famílias de agricultores das regiões mais secas, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, geração de emprego e renda a partir do fortalecimento da bacia leiteira e da agricultura familiar.
“Essas barragens são de extrema importância para beneficiar muitas famílias e amenizar o sofrimento do povo do semiárido, que convive com a falta de chuva. Tenho a certeza do apoio dos nobres colegas deputados, que também comprarão essa briga do bem, para melhorar a vida das pessoas. Trabalharemos juntos e contribuiremos para que essa iniciativa tome forma e seja implantada no estado de Alagoas”, afirma Fátima Canuto.
A indicação da parlamentar reforça um pleito da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas. Desde novembro do ano passado, a Faeal vem sensibilizando o governo e outras instituições sobre a importância das barragens subterrâneas como uma solução simples, barata e capaz de garantir a produtividade e o sustento das famílias no campo. No último dia 15, o presidente da Federação, Álvaro Almeida, esteve na Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos, no Recife-PE, para conhecer o projeto de zoneamento de áreas potenciais para construção deste tipo de barragem em Alagoas.
“Estamos nos somando à Embrapa e provocando o Sebrae para participar de um projeto conjunto, que deverá ser capitaneado pelo Governo do Estado. Já comunicamos ao governador sobre o nosso entusiasmo e intenção em tentar viabilizar a construção e manutenção de novas barragens subterrâneas em Alagoas, e é importante deixar claro que o público que será assistido diretamente por essas barragens não está vinculado à Federação da Agricultura ou ao Senar, é mais vinculado à Federação dos Trabalhadores, porém, não é por isso que deixaremos de contribuir para melhorar a vida desses pequenos produtores rurais”, ressalta Álvaro Almeida.
Estudos Alagoas é o primeiro estado do semiárido brasileiro a realizar o zoneamento de áreas potenciais para a construção de barragens subterrâneas. Denominado ZonBarragem, o projeto realizado pela Embrapa tem duração de quatro anos, com término previsto para julho de 2021, e é dividido em três etapas. A primeira delas consiste na elaboração do mapa de potenciais do estado, que deve ser concluído em aproximadamente quatro meses. Em seguida, haverá a etapa de validação das áreas com potencial para construção das barragens e, posteriormente, a sensibilização e capacitação de técnicos e agricultores, sistematização e socialização dos resultados.
Gestores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Alagoas orientaram prefeitos sobre projetos relacionados à agricultura, durante reunião realizada nessa segunda-feira, 11, na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Os prefeitos receberam informações sobre o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Ministério da Cidadania e que tem o objetivo de promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. Outro tema abordado foi a importância do recolhimento de INSS na aquisição de produtos rurais. Para pessoa jurídica, o recolhimento é de 2,05% do valor da compra. Deste percentual, 0,25% são destinados ao Senar, para a realização de ações de educação profissional, assistência técnica e promoção social, voltadas para a população do campo. No caso da pessoa física, esses percentuais são de 1,5% e 0,2%, respectivamente.
O presidente do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida, falou sobre a contribuição da instituição para o desenvolvimento do estado. “Já realizamos 17.651 atividades e capacitamos cerca de 314 mil pessoas. Um exemplo é o curso de Informática Básica Móvel. O ônibus já percorreu 56 municípios e capacitou 42 mil filhos e netos de produtores rurais”, exemplificou.
A coordenadora técnica do Senar AL, Graziela Freitas, apresentou os projetos e programas disponíveis para as prefeituras. Segundo dados apresentados por Graziela, somente no ano de 2018, 6.839 alagoanos foram beneficiados com ações de formação profissional rural e 2.101 em projetos e programas de promoção social.
Também participaram da reunião o superintendente da Conab, Lourival Magalhães, o coordenador do PAA, Adriano Jorge Santos, e o gerente de comunicação do INSS em Alagoas, Marcelo Lima. A reunião foi presidida pelo segundo tesoureiro da Associação dos Municípios e prefeito de Penedo, Marcius Beltrão.
“Essa reunião nos trouxe informações importantíssimas para que as prefeituras e os seus respectivos gestores possam fomentar a produção rural e garantir que a população do campo consiga ter sua renda. Isso é um incremento de receita, é uma seguridade social em que o INSS atua e que beneficia pessoas que trabalham para alimentar milhões de brasileiros. Certamente, o conhecimento que adquirimos aqui será utilizado em nossos municípios”, observou Beltrão.
Ex-governador e ex-deputado federal, Ronaldo Lessa tomou posse na manhã desta terça-feira, 12, no Palácio do Governo
Fortalecer o agronegócio e a agricultura familiar. Este foi o tom do discurso do novo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, Ronaldo Lessa. O ex-governador e ex-deputado federal tomou posse como gestor da Seagri na manhã desta terça-feira, 12, em solenidade no Palácio de Governo, em Maceió.
“O agronegócio é importante para o país e precisa ser ampliado. O Governo do Estado já iniciou esse processo e nós temos que intensificar, inclusive, em regiões como a do Canal do Sertão. Da mesma forma, também apoiaremos a agricultura familiar, as cooperativas, pois é outra cadeia produtiva muito importante, que além de gerar riquezas, distribui renda. E o Governo também é para isso, para trabalhar a igualdade social”, afirmou Lessa.
Segundo o novo secretário da Agricultura, o Governo de Alagoas pretende intensificar os investimentos em inovação para o setor. “Vamos ampliar com energia renovável, limpa, eólica, solar, para que a gente baixe os custos e possa produzir mais”, ressaltou Ronaldo.
O governador do Estado, Renan Filho, garantiu que uma das medidas para incentivar a produtividade no campo será a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na energia elétrica utilizada para a atividade de irrigação. Renan aposta na capacidade de interlocução e experiência do secretário Ronaldo Lessa para fortalecer o trabalho do Governo e garantir o aumento da produção do agronegócio.
“Os incentivos do governo vêm crescendo ao longo dos últimos anos. Nós desoneramos a cadeia produtiva do leite, da carne, do milho, criamos ambiência para o agronegócio avançar e seguiremos com esse trabalho. Por outro lado, também vamos garantir o fortalecimento da produção da agricultura familiar, para descentralizar a geração de emprego e renda, e dar oportunidade àqueles que mais precisam”, comentou o governador.
Apoio da Faeal O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, prestigiou a posse do novo secretário. “Com a experiência do Ronaldo Lessa, temos a certeza de que a agricultura estará bem servida. A Faeal permanecerá à disposição do secretário, se assim ele desejar, para continuar a parceria e colaborar com tudo o que for necessário para o desenvolvimento do agronegócio alagoano”, afirmou Almeida.