O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – realizou, nestas terça e quarta-feira, 25 e 26, um curso de Conservação e Recuperação de Nascentes. Voltado para profissionais de extensão rural, estudantes universitários, ambientalistas, veterinários e agrônomos, o curso foi ministrado pelo técnico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas – Semarh –, Adolfo Barbosa.
O objetivo do curso é capacitar e habilitar os participantes no uso de técnicas conservação e recuperação de nascente, utilizando opções de baixo custo e fácil implantação, bem como difundir boas práticas na produção de água para uma convivência sustentável.
Com carga horária de 16 horas, o curso abordou temas como formação de nascentes quanto a origem e ao regime de fluxo; o que plantar; e como fazer pluviômetro caseiro. Teórico e prático, se dividiu em atividades em sala de aula e um dia de visita técnica a nascentes recuperadas em propriedades rurais do município de Cajueiro.
Como atividade base do projeto foi aplicada a técnica de solo cimento, método mais simples e fácil para a proteção da nascente, na dinâmica de se fazer a intervenção no melhoramento físico da água, a partir da sua localização.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – realizou a formatura da primeira turma do curso Técnico em Agronegócio do município de Mar Vermelho. A solenidade aconteceu no último sábado, 22, no Teatro Municipal e contou com a participação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, do presidente do Sindicato Rural, Sebastião Almeida, entre outras autoridades, formandos, amigos e familiares.
Filho de Mar Vermelho, Álvaro Almeida não escondeu a felicidade em contribuir para a capacitação profissional dos jovens do município. “Usem bem desse conhecimento que vocês adquiriram para fazer a diferença no mundo do trabalho. Isso é pessoal, intransferível, não se troca, não se vende e nem se pode dar. Eu estou muito feliz, na certeza de que valeu a pena ter trazido alguns momentos de educação e cultura para a cidade que me fez existir”, comentou.
Representando a prefeita Juliana Almeida, o vice-prefeito de Mar Vermelho, André Almeida, parabenizou os dez novos técnicos em Agronegócio. “Parabéns àqueles que se dedicaram durante esses últimos dois anos, seja para tocar a sua propriedade rural, incrementar o currículo ou buscar novas oportunidades profissionais. Este diploma abre portas, vocês provaram que são mais fortes, querem algo melhor para a vida, têm determinação e é isso o que o mundo aí fora está esperando. Que venham mais cursos para a gente continuar qualificando o nosso povo”, afirmou.
A coordenadora regional da rede E-Tec do Senar em Alagoas, Graziela Freitas, enalteceu o esforço coletivo da turma para concluir o curso. “O caminho da aprendizagem não é trilhado sozinho. É um processo de troca de relações e construções coletivas e processuais. Ao concluir este curso técnico, vocês se apropriaram de conhecimentos e valores que darão a sustentação aos novos desafios. Oferecer possibilidades para o desenvolvimento integral, trabalhando todas as potencialidades da pessoa humana, tem sido uma prerrogativa do Senar Alagoas, por isso, apesar dos obstáculos, vocês chegaram ao final. A vitória pertence àqueles que se dedicam e batalham para alcançar seus objetivos”, ressaltou.
Para o formando José Florentino Tenório Neto, que durante dois anos viajou cerca de 108 quilômetros, todos os sábados, para assistir as aulas em Mar Vermelho, a hora agora é de colher os frutos. “Eu cheguei a dizer que ia desistir do curso, vinha de Maceió e era muito complicado, mas hoje digo que o investimento vale a pena, pois um curso desse a gente não encontra em todos os lugares”, reconheceu.
A coordenadora do polo do Senar em Mar Vermelho, Maria Cícera, elogiou o desempenho da primeira turma. “Cada aluno, na sua particularidade, conseguiu com que nós fizéssemos esse curso com muita sabedoria, responsabilidade e dedicação. Foi uma turma que valorizou muito o curso e eu tenho certeza de que, em cada um desses formandos, a semente foi plantada. O Senar acertou em trazer este curso para Mar Vermelho”, avaliou.
Fruto de uma parceria entre o Sindicato Rural e a Prefeitura do município, centro de capacitações abrirá as portas oficialmente no próximo mês
Às margens da Rodovia Engenheiro Joaquim Gonçalves, passagem obrigatória para quem entra ou sai do município de Penedo pelo litoral sul de Alagoas, homens trabalham com afinco nos últimos ajustes do imóvel onde, a partir do próximo mês, funcionará oficialmente um centro de capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL. Praticamente tudo já foi revisto e reformado, do telhado ao chão, do sistema elétrico ao hidráulico. A casa, desativada nos últimos 15 anos, passará a receber centenas de pessoas do campo, em busca de capacitação profissional gratuita.
O novo centro de capacitações é o resultado de uma parceria entre o Sindicato Rural, entidade vinculada ao Sistema CNA Brasil, e a Prefeitura de Penedo, por meio da Secretaria de Agricultura, que cedeu o imóvel. O contrato de Cessão de Uso está fundamentado no art. 12 da Lei Orgânica municipal e considera o relevante interesse público em fomentar o desenvolvimento das atividades agrícolas, agropecuárias, da carcinocultura, piscicultura, caprinocultura, apicultura, artesanato e culinária, com foco na geração de renda, em especial, para populações rurais.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Penedo, Murilo Rezende, a inauguração será marcada pela entrega dos diplomas da primeira turma do curso Técnico em Agronegócio do Senar no município. “É importante que a população do campo saiba que nós estamos aqui para contribuir com o desenvolvimento da região por meio de capacitações para quem trabalha nas cadeias produtivas do leite, mel, arroz, da piscicultura, entre outras. Este é um trabalho que nós já realizamos desde 1994 e, agora, passa a acontecer em um endereço fixo, a casa do produtor rural em Penedo”, diz.
O secretário de Agricultura de Penedo, Messias Lima, ressalta que a parceria com o Sindicato Rural e o Senar Alagoas fortalece o setor agropecuário. “Juntos, somos a mão amiga que o produtor rural não tinha. Reunimos nossa experiência e o comprometimento com o desenvolvimento da região para dar às comunidades do campo possibilidades de geração de emprego e renda, de crescimento. Isso também é importante para segurar as pessoas no campo e reduzir a pobreza”, pondera.
Futuros eletricistas A escola do Senar em Penedo será inaugurada em julho, mas a sala de aula já está testada e aprovada. Desde a semana passada, uma turma do curso de Eletricista Rural vem desenvolve atividades no local. Os alunos são jovens em sua maioria, a exemplo de Cleves Leandro Reis de Castro, que, aos 22 anos, vive fazendo bicos de serviços gerais e percebe na capacitação gratuita uma oportunidade de mudar de vida.
“A nossa cidade é pequena e, quando você termina a escola, não tem muitas opções do que fazer. Tem o comércio para trabalhar, mas, geralmente, as lojas exigem experiência. Se profissionalizar é importante, só que as opções são escassas, os cursos muitas vezes acontecem em outros municípios ou são pagos – e, como a gente não trabalha, fica difícil pagar. Por isso, eu quero terminar esse curso, arranjar um emprego, fazer outras capacitações e avançar na profissão”, diz o futuro eletricista.
Evento realizado aconteceu no bairro Jatiúca, em Maceió, e contou com a participação de agricultores de diversos municípios
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, prestigiou a 1ª Feira da Agricultura Familiar realizada, em Maceió, pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas – Fetag. A feira aconteceu nos últimos dias 11 e 12, no Centro Social da Fetag, bairro Jatiúca.
Durante dois dias, agricultores de diversos municípios comercializaram frutas, legumes, tubérculos, artesanato, hortaliças, produtos beneficiados, plantas ornamentais e muito milho verde. A partir de agora, a feira deve ganhar um calendário mensal, com a próxima edição prevista para os dias 5 e 6 de julho.
“Para nós, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas, não existe distinção entre pequenos e grandes produtores. Todos fazemos parte do agro, o setor mais importante para o desenvolvimento do país. Portanto, nada mais justo do que prestigiar esta feira realizada pela Fetag, evento que contribui não só para movimentar a economia, mas, principalmente, para gerar renda e melhorar a qualidade de vida de produtores do interior do estado e seus familiares. Torcemos para que essa iniciativa continue dando certo e que a sociedade prestigie cada vez mais”, avalia Álvaro Almeida.
Segundo o presidente da Fetag em Alagoas, Givaldo Teles, a feira ajuda a resolver um dos gargalos para os pequenos produtores, que é a dificuldade para comercializar a produção. “Por isso proporcionamos este momento e trouxemos os agricultores familiares, principalmente os oriundos do crédito fundiário, para vender sua produção aqui na capital. Quem compareceu, pôde comprar produtos oriundos da agricultura, frescos, sem agrotóxicos, de qualidade, e se somou ao objetivo da Fetag, que é ajudar o agricultor a gerar emprego e renda na sua família”, comenta.
Ações são realizadas
em parceria com a Prefeitura do Município e contam com o apoio da Faeal e da Sociedade
Brasileira de Urologia
Após perder o pai e um irmão para o câncer de próstata, Manuel
Matias Neto sabe bem a importância de se prevenir contra a doença. Aos 74 anos,
o aposentado do município de Carneiros, no sertão alagoano, sempre aproveita os
programas de Saúde do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – para
fazer os exames de PSA e toque.
“É muito importante correr atrás da saúde e fazer os exames.
Aqui, nesse mutirão, a gente não pega tanta fila como nos postos de saúde e
fica menos nervoso. Por causa dos exemplos na família, eu sempre tenho medo de dar
alguma coisa, mas, graças a Deus, nunca deu nada. Agora é esperar os resultados
dos exames de hoje”, diz Manuel.
Assim como o aposentado, 105 homens e 110 mulheres
participaram da terceira edição dos programas de Saúde do Senar na cidade de
Carneiros. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Geraldo Novais Agra, eles
assistiram às palestras sobre câncer de próstata e de cólo do útero; passaram
por exames de citologia, PSA e toque; testes rápidos de glicemia; aferição de
pressão arterial; receberam orientações sobre dengue e chikungunya e se
vacinaram contra a gripe. Cartilhas informativas sobre diversas doenças também
foram distribuídas.
O programa conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e da Sociedade Brasileira de Urologia. As ações envolveram equipes da Prefeitura de Carneiros e do Senar.
“Estamos agradecidos por mais um evento desta parceria em nossa cidade. Isso é uma grande ajuda, desafoga os nossos centros de saúde e os hospitais da região, já que o trabalho também é preventivo. É importante que outras ações sejam realizadas, não apenas em nosso município, mas no sertão alagoano como um todo”, avalia o prefeito de Carneiros, Geraldo Filho.
“Nós oferecemos o melhor em saúde para os nossos munícipes, com muito carinho, amor, e esse trabalho de prevenção, voltado para homens e mulheres, não só reforça o nosso compromisso, como mostra que o Senar é um parceiro importante para que possamos alcançar os nossos objetivos”, comenta a secretária de Saúde de Carneiros, Janaíne Machado.
Para a coordenadora dos programas de Saúde do Senar em
Alagoas, Andrea Almeida, o evento em Carneiros chamou a atenção pela
organização e mobilização da comunidade. “Recebemos uma quantidade
significativa de homens e mulheres e as ações ocorreram com tranquilidade, em
um ambiente adequado e confortável, bem sinalizado, com as equipes
uniformizadas e dispostas a atender a população. Não há dúvidas de que este foi
um dos eventos mais organizados nesses dez anos de programa”, ressalta.
Pesquisa Carneiros também entrou na lista de municípios brasileiros onde o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural realiza uma pesquisa sobre a saúde da população do
campo. Durante toda esta sexta-feira, pesquisadores entrevistaram homens e
mulheres com o objetivo de levantar dados para que o Senar Nacional possa
traçar um diagnóstico que subsidie os programas de saúde oferecidos pelas
regionais. O mapeamento é realizado em parceria com profissionais do Instituto
CNA.
A coleta de dados acontecerá em 40 municípios, distribuídos
em 20 estados, e a intenção é de que o trabalho também sirva de base para a
implementação de políticas públicas. “Temos avançado bastante e até o fim do
ano deveremos entregar um relatório ao Governo Federal, para que algumas
medidas possam ser tomadas, além de subsidiar as ações do próprio Senar, para
atender de forma mais direta e dinâmica a população rural”, explica Sandra Bezerra,
coordenadora da Pesquisa de Saúde Rural no Instituto CNA.
Segundo Sandra, a ausência de informações sobre a saúde da
população rural brasileira foi o que motivou a realização da pesquisa. “O Senar
decidiu ir atrás desses dados, para planejar melhor suas ações, e a pesquisa
busca justamente trazer algo a mais, para que se possa conhecer a população do
campo, principalmente, com relação à saúde, questão essencial na vida dessas
pessoas”, conclui.
Servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), médicos veterinários do Serviço Estadual, professores e alunos de Medicina Veterinária, representantes do setor produtivo e profissionais liberais participam, hoje (11) e amanhã, da 2ª Reunião do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do bloco III, composto por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
O encontro acontece na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e é uma realização do Mapa e do Governo de Alagoas, por meio da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). O objetivo é apresentar ao setor produtivo as novas estratégias do PNEFA, expor os desafios para a erradicação da febre aftosa, discutir a consolidação da condição sanitária e a ampliação das zonas livres sem vacinação.
“É importante verificar a situação animal dos estados do Nordeste. Naturalmente, estamos curiosos para saber como Alagoas está e, a partir daí, verificar o que o setor produtivo pode fazer para, caso esteja bem, melhorar ainda mais; caso não esteja no mesmo nível dos demais estados, reunir o governo e outras instituições e discutir estratégias para que Alagoas alcance o seu lugar de normalidade na sanidade animal”, afirma o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.
“Precisaremos conhecer a realidade do nosso território para que tenhamos a capacidade de criar instrumentos de participação compartilhada, através de uma gestão eficiente, inovadora, para assegurar a sustentabilidade econômica, técnica e financeira no atendimento ao Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa”, ressalta o superintendente do Mapa em Alagoas, Alair Correia.
O Programa
O PNEFA foi criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como estratégia para que o Brasil seja reconhecido internacionalmente como país livre da febre aftosa sem vacinação a partir de 2023. O plano dividiu os estados da federação em cinco grandes blocos de transição de status sanitário.
Alagoas está no terceiro bloco e precisa ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre sem vacinação em 2022. Porém, Bahia e Sergipe estão no quarto bloco, cujo prazo de transição se estende até o primeiro semestre de 2023, ou seja, um ano depois. A situação preocupa, pois caberá à Adeal fazer a fiscalização para impedir que o gado não vacinado nos estados vizinhos entre em Alagoas – e a agência não dispõe de infraestrutura ou equipes suficientes.
Um comparativo entre os anos de 2013 e 2019 aponta um déficit de 179 profissionais na Adeal. São 16 médicos veterinários, 11 engenheiros agrônomos, 31 técnicos agrícolas, 38 guardas sanitários, 81 auxiliares administrativos, três assessores jurídicos e um técnico de TI a menos.
O diretor-presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas, Carlos Mendonça Neto, destacou a importância do apoio de outras instituições, a exemplo da Faeal. “Esse apoio é fundamental, pois a Adeal trabalha justamente para a saúde pública, para a população e para a classe produtora”, ressaltou.
Outros estados
A reunião em Maceió conta com a participação de representantes de instituições de outros estados do Nordeste. O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe, Ivan Sobral, fez questão de acompanhar as discussões em Maceió. “É importante participar desse alinhamento de ações que contribuirá para que a carne brasileira seja mais valorizada no mercado exterior”, reconhece.
Alfabetização é um dos 300 cursos previstos em convênio de cooperação técnica que busca capacitar mais de 5,5 mil alagoanos em três anos
Álvaro Müller – Publicado na GazetaWeb
Às vésperas de completar 60 anos, José Sebastião dos Santos, o “Zé Pedreiro”, escreve o próprio nome com dificuldade. E só. Não lê, não interpreta, não reconhece uma letra sequer. Não sabe escrever mais nada. Morador de São Luis do Quitunde, município localizado a 54 quilômetros da capital Maceió, Seu Zé começou a trabalhar ainda menino, cortando cana. Nunca frequentou a escola, mas, agora, finalmente, ganhou a oportunidade de se alfabetizar.
“Se eu conhecer as letra, vou ler um pouquinho e escrever outras coisa. Sinto muita falta disso, porque se meu pai tivesse me colocado na escola, eu novo, hoje podia ser que eu tivesse numa melhor hora”, reconhece Zé Pedreiro. Ele é um dos 375 alunos do curso de Alfabetização de Jovens e Adultos oferecido em dez municípios alagoanos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, em parceria com o Sebrae AL.
O curso é uma das ações previstas no Convênio de Cooperação Técnica e Financeira 01/2019, firmado entre as duas instituições com o objetivo de viabilizar o projeto de qualificação técnica para o segmento do agronegócio, melhorar o desempenho nas ocupações e ampliar os níveis de produtividade dos pequenos produtores rurais.
As aulas começaram nessa segunda-feira, 3, e a duração do curso é de seis meses, numa carga horária de 300 horas. Ao todo, 15 turmas estão distribuídas nos municípios de Arapiraca; Igaci; Igreja Nova; Major Izidoro; Mata Grande; Palmeira dos Índios; Pindoba; Poço das Trincheiras; Santana do Ipanema; e São Luis do Quitunde. Os estudantes foram selecionados pelos professores, que moram nas comunidades onde ministram as aulas.
“É muito gratificante quando a gente vê um aluno sair daqui sabendo assinar o próprio nome, é uma alegria indescritível”, afirma a professora Maria Nazaré, que leciona para os 25 alunos de São Luís do Quitunde, na Escola Municipal Divino Redentor, povoado Alto da Cohab. Na sala de aula, algumas crianças dividem espaço com os adultos. Acompanham os pais, agricultores que não têm com quem deixar seus filhos, mas não desistem dos estudos.
“Essa é uma prova de que a comunidade abraçou o projeto e eu espero que durante esses seis meses essas pessoas saiam daqui alfabetizadas, pois isso gerará outras oportunidades na vida delas”, avalia a mobilizadora do Senar em Quitunde, Eglantine Mendonça.
“Ao aplicar uma metodologia de educação profissional voltada para o ensino da leitura, escrita, interpretação e focada para uma ação integrada de releitura do mundo do trabalho, o curso favorece a profissionalização e a inclusão social de trabalhadores rurais sem escolaridade”, ressalta a coordenadora pedagógica do Senar, Graziela Freitas.
Outros cursos
Assinado no último mês de janeiro, o convênio do Sebrae e Senar tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e prevê a realização de 300 cursos de qualificação profissional e alfabetização para a população do campo, nos 102 municípios alagoanos. A meta é capacitar 5.505 micro e pequenos produtores, trabalhadores rurais e familiares, em três anos.
Além da alfabetização, outros treinamentos envolverão diversas áreas, como artesanato; apicultura; avicultura; bovinocultura do leite; ovinocultura; suinocultura; piscicultura; industrialização de doces; laticínios; processamento de mandioca; hortaliças e frutas; olericultura; controle de pragas e doenças; fruticultura; mecanização agrícola; cultura da cana; informática básica; e administração rural.
O Senar é responsável pela execução do projeto, o que inclui contratação de instrutores, inscrição dos alunos, realização das capacitações, avaliação dos resultados e prestação de contas. Já o Sebrae, além de repassar recursos financeiros, supervisionará, acompanhará e auxiliará no desenvolvimento dos trabalhos técnicos.
O último convênio desta magnitude firmado entre as duas instituições em Alagoas, no ano de 2015, contou com a participação de 5.135 alunos. O índice de aprovação foi superior a 85%.
Nos dias 11 e 12 de junho, Alagoas recebe a 2ª Reunião do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do bloco III, composto por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O encontro é uma realização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Governo de Alagoas, através da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). A reunião será realizada no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), a partir das 8h.
O evento visa apresentar ao setor produtivo as novas estratégias do PNEFA, além de expor os desafios enfrentados na erradicação da Febre Aftosa, consequentemente, discutir sobre a consolidação da condição sanitária conquistada pelo Estado. Prevê, além disso, discutir pautas para ampliar as zonas livres sem vacinação.
O Plano Estratégico foi criado pelo MAPA para enfrentar os desafios da erradicação da Febre Aftosa, e consolidar a condição sanitária conquistada no país para contribuir com a proteção do patrimônio pecuário nacional, produzindo o máximo de benefícios aos atores envolvidos e toda sociedade brasileira. “Convidamos os presidentes das federações da agricultura de outros estados para participar desta discussão sobre um tema tão importante e que exige o empenho de todos”, ressaltou o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.
Carlos Mendonça Neto, diretor-presidente da Adeal, explicou que o objetivo do encontro é discutir sobre pautas importantes sobre a doença. “É uma oportunidade ímpar para analisar a situação de todo o Bloco, junto aos demais estados pertencentes, e ter a oportunidade de alinhar metas em conjunto”, explicou.
O evento será realizado para um público-alvo específico; servidores do MAPA, médicos veterinários do Serviço Estadual, Instituições de Ensino da Medicina Veterinária, Entidades de Classe, Setor produtivo, Associações, profissionais liberais, Laboratórios, entre outros dos estados de AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN, são convidados a participar do encontro.
O evento visa apresentar ao setor produtivo as novas estratégias
do PNEFA, além de expor os desafios enfrentados na primeira etapa da campanha
contra a Febre Aftosa de 2019 e, consequentemente, discutir sobre a
consolidação da condição sanitária conquistada pelo Estado. Prevê, ainda,
discutir pautas para ampliar as zonas livres sem vacinação.
O Plano Estratégico foi criado pelo Mapa para enfrentar os
desafios da erradicação da Febre Aftosa, e consolidar a condição sanitária
conquistada no país para contribuir com a proteção do patrimônio pecuário
nacional, produzindo o máximo de benefícios aos atores envolvidos e toda
sociedade brasileira.
O encontro reúne dirigentes dos órgãos de defesa dos estados que
formam o bloco três: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio
Grande do Norte. “Estamos convidando os presidentes das federações da
agricultura dos outros estados para participar desta discussão sobre um tema
tão importante e que exige o empenho de todos”, ressaltou o presidente da
Faeal, Álvaro Almeida. O evento reúne ainda representantes do setor político,
setor produtivo, setor industrial, sindicatos, entidade de fiscalização do
exercício profissional, além do corpo técnico do Mapa das superintendências
estaduais.
Carlos
Mendonça Neto, diretor-presidente da Adeal, explicou que o objetivo do encontro
é discutir sobre pautas importantes sobre a doença. “É uma oportunidade ímpar
para analisar a situação de todo o Bloco, junto aos demais estados
pertencentes, e ter a oportunidade de alinhar metas em conjunto”, ressaltou.
O evento será realizado para um público-alvo específico; servidores do Mapa, médicos veterinários do Serviço Estadual, instituições de ensino da Medicina Veterinária, entidades de classe, setor produtivo, associações, profissionais liberais, Laboratórios, entre outros.
A Comissão da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) apresentou o resultado de estudos econômicos sobre a sistemática de definição de preços da cana alagoana, durante reunião promovida na última terça-feira, 4, na sede da Associação dos Produtores de Cana de Alagoas (Asplana).
O encontro reuniu grandes produtores, a exemplo de Luiz Jatobá, do município de São Miguel dos Campos, e gestores de outras instituições como a Cooperativa Pindorama, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale do Satuba (Coopervales) e a Cooperativa de Crédito Rural dos Plantadores de Cana de Alagoas (Coplan). Os estudos foram apresentados pelo engenheiro agrônomo Luiz Carlos Jatobá Filho, mestre em Proteção de Plantas pela Ufal com MBA em Gestão do Agronegócio pela USP.
O presidente da Comissão de Cana da Faeal, Vinícius Cansanção, destacou que é necessário atualizar as fórmulas de cálculo de preços do Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar (Consecana) em Alagoas. “Esse é um dos itens que tem nos chamado a atenção. São fórmulas antigas, utilizadas desde que o Consecana foi criado, e nós estamos mostrando esses estudos que fizemos para tentar levar às indústrias uma proposta que melhore a receita para o fornecedor”, avalia.
O presidente da Asplana, Edgar Filho,
ressaltou a importância de se discutir iniciativas e ações que melhorem a
receita para o produtor da cana. “Tudo que vem para somar é importante. A
Asplana sempre participa das discussões que são de interesse dos fornecedores
de cana, isso é importante para a nossa classe e estamos aqui para ouvir as
ideias, encaminhar e representar os produtores, como sempre fazemos, tanto na
Consecana quanto na parte política e de gestão da empresa, em Brasília também”,
afirma.
Reinstalada
A Comissão da Cana-de-Açúcar da
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas foi reinstalada a
pedido de um grupo de produtores de Teotônio Vilela, Coruripe e região. As
atividades foram retomadas no último mês de fevereiro e, desde então, a
comissão vem realizando reuniões para discutir estratégias que melhorem a
receita dos fornecedores de cana.
“Reativamos a comissão justamente para que essas discussões aconteçam e opiniões e ideias sejam colocadas, com o objetivo de obter um melhor relacionamento de preços entre os produtores e as indústrias do estado de Alagoas. A participação de entidades de associação de classe, como a Asplana, e das cooperativas de agricultores como Pindorama, Coopervales e Coplan, é importante e a Federação não poderia deixar de incentivar esses momentos para o nosso segmento da cana-de-açúcar”, diz o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas realizou, nesta quinta-feira, 30, a reunião de prestação de contas de 2018 e apresentação da proposta orçamentária para 2020. Dirigentes da entidade e presidentes de sindicatos rurais participaram do encontro, na sede da Faeal, bairro do Jaraguá, em Maceió. Profissionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – também apresentaram iniciativas como os programas Mais Pasto e o Bem+Agro.
O presidente da Federação, Álvaro
Almeida, ressaltou o trabalho que vem sendo realizado em defesa dos direitos e
interesses dos produtores rurais, com o objetivo de fortalecer o setor que mais
contribui para o desenvolvimento do estado e do país. “Imbuída deste propósito,
a Faeal registrou lutas e conquistas importantes ao longo de 2018 e neste
primeiro trimestre de 2019”, ressalta.
Almeida lembra que, diante de
dificuldades como aquisição do milho, falta d’água em alguns municípios e,
principalmente, do problema do endividamento dos produtores, a Faeal não mediu
esforços para que as instituições bancárias cumprissem as leis 13.340/2016 e
13.606/2018, de liquidação de dívidas rurais.
“O Banco do Nordeste cumpriu a
legislação; o Banco do Brasil, inicialmente, alegou falta de orçamento e, após diversas
solicitações, criou uma normativa própria, chamou os produtores para negociar e
estendeu o prazo de sete para até doze anos, com carência de um a três”,
comenta o presidente da Faeal.
No campo das políticas públicas, a
Federação da Agricultura segue acompanhando e provocando o Governo do Estado
para que atenda às propostas de melhorias para o agronegócio alagoano.
“Demos sugestões para melhorar a
confiabilidade no sistema de emissão eletrônica da Guia de Trânsito Animal
(GTA); reativar os matadouros municipais lacrados para o escoamento da produção
de gado de corte; manter e ampliar o programa de incentivo à produção de grãos;
transformar o programa do leite em política de estado com verbas próprias;
ampliar a disponibilização de máquinas agrícolas para associações e sindicatos
rurais, entre outras demandas”, exemplifica Álvaro Almeida.
O presidente da Faeal também destaca a
articulação junto à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que em visita a
Alagoas recebeu uma pauta de reivindicações do setor produtivo, com sugestões de medidas para reduzir o endividamento rural no
Nordeste, promover a retomada do crescimento na produção da cana-de-açúcar, o
desenvolvimento da pecuária e da agricultura familiar.
“Uma das demandas
consideradas prioritárias é o apoio do Governo Federal para a conclusão das
obras do Canal do Sertão, que estão cerca de 50% concluídas. Acreditamos que
sua conclusão possibilitará o surgimento de um polo de fruticultura com alto
nível de geração de impostos, emprego e renda”, observa o presidente da
Federação da Agricultura.
Medidas também foram
sugeridas à ministra para a retomada do crescimento na produção canavieira em
Alagoas, o que inclui a inserção da cana-de-açúcar na Política de Garantia de
Preços Mínimos, com preço fixado pelo Governo Federal, a partir de uma base
regional e custos levantados, e a criação de um programa de recuperação da
lavoura canavieira do estado, que, diante da crise no setor, teve nove unidades
produtivas fechadas e caiu de segundo para sétimo maior produtor do país.
Comercialização de leite
Mais recentemente, diante
da possibilidade de queda drástica na venda do leite in natura para Pernambuco, que passou a recolher 6%, além dos 12%
de ICMS para indústrias do ramo de laticínios que comprarem o produto de
Alagoas, a Faeal atendeu ao pleito do Sindileite, recorreu ao governador Renan
Filho e solicitou a intercessão, junto ao governador pernambucano, para que não
adote medidas que inibam a entrada do nosso leite no estado vizinho. “A nossa
sugestão é de que Alagoas conceda isenção momentânea do ICMS pago na saída do
leite in natura”,afirma Álvaro Almeida.
A partir do
entendimento de que todo produtor rural é importante, independentemente da sua
escala de produção, a Federação da Agricultura também iniciou uma campanha
forte de mobilização em torno da necessidade de criação de um projeto de
barragens subterrâneas, capitaneado pelo Governo do Estado, que garanta água o
ano inteiro nas regiões mais secas e, consequentemente, a geração de emprego e
renda para pequenos agricultores e seus familiares. Após a provocação da Faeal,
as barragens hoje vêm sendo discutidas na Assembleia Legislativa e começam a
ser enxergadas como prioridade pelo Governo do Estado.
“Esses são apenas
alguns exemplos de lutas travadas e conquistas alcançadas em nosso honroso
papel de proteger os produtores rurais de Alagoas, homens e mulheres que
contribuem, diariamente, para o desenvolvimento da sociedade. Não há dúvidas de
que seguiremos firmes neste propósito, dispostos a enfrentar e superar toda e
qualquer dificuldade que encontrarmos no caminho”, garante o presidente da
Faeal.