Considerado o maior encontro da pecuária de corte do Nordeste Brasileiro, o Encorte já tem data para acontecer em 2019. Será na próxima semana, entre os dias 18 e 20 de setembro, no Centro de Convenções de Maceió.
O evento reúne profissionais de renome nacional e oferece 20 palestras, dividas em cinco painéis: Inovatec, Cria, Recria, Engorda e Gestão. “Dentro de cada painel teremos o momento ‘Prosa com o Produtor’, quando produtores trocam seus casos e experiências do dia a dia da fazenda”, explica o médico veterinário e coordenador do Encorte, Marcelo Araújo da Silva.
A expectativa é de que 300 pessoas participem do evento, além de 20 empresas que gerarão negócios durante a Expoencorte. “Temos como público-alvo produtores rurais, médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, acadêmicos em ciências agrárias, executivos, empresários, investidores e startups do agronegócio, centros de pesquisa e inovação e apaixonados pela pecuária de corte”, observa Marcelo Araújo.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – oferece o serviço de orientação aos produtores rurais que estão em dia com a contribuição sindical e precisam emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR – referente ao exercício de 2019. O atendimento pode ser feito presencialmente, na sede da Faeal (Rua Doutor Rocha Cavalcante, 61, Bairro do Jaraguá, em Maceió) ou por meio do telefone (82)3217-9824 ou 9825.
Obrigatório para proprietários, titulares de domínio ou possuidores de imóveis rurais constantes no Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR –, o CCIR é emitido eletronicamente, no site do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra –, em dispositivos móveis, por meio do aplicativo SNCR Mobile, ou no site www.cadastrorural.gov.br/servicos. O certificado online só é validado após o pagamento da Guia de Recolhimento da União – GRU – na rede de atendimento do Banco do Brasil.
“É importante ressaltar que o CCIR não é enviado pelos Correios. Quem não tem acesso à internet, pode nos procurar na Faeal, caso esteja em dia com a contribuição sindical rural, se dirigir à sede do Incra, em Maceió, ou a uma das Unidades Municipais de Cadastramento (UMC), instaladas nos municípios”, explica a coordenadora da Unidade Gestora da Arrecadação da Faeal, Carla Christine Lima da Silva.
A taxa do CCIR varia conforme o tamanho da área. A data limite para a quitação é o próximo dia 2 de outubro. Após esse período, há cobrança de juros e correção monetária, conforme previsto na Lei nº 8.022/1990. Se houver atrasos referentes a exercícios anteriores, o próprio sistema gera a 2ª via, com valor e data de pagamento atualizados. No caso de terras públicas, o CCIR já vem validado, com a indicação de isenção da taxa.
Pendências no SNCR, a exemplo de dados informados divergentes com os constantes no cadastro, não permitem a impressão do certificado. O titular da área deverá, então, procurar informações, presencialmente, no Incra ou na Unidade Municipal de Cadastramento mais próximos.
Importância O CCIR comprova a regularidade das áreas junto ao Sistema Nacional de Cadastro Rural – base de dados do governo federal, gerenciada pelo Incra, na qual constam informações de imóveis agrários em todo o país. Sem o documento fica inviabilizada a legalização, em cartório, de transferência, arrendamento, hipoteca, desmembramento, remembramento e partilha de qualquer imóvel rural. “O certificado atrasado também impossibilita a obtenção de crédito em bancos”, ressalta Carla Christine.
A comunidade rural de Igaci atendeu ao chamado do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – e da Prefeitura do Município e marcou presença em mais uma edição dos Programas de Saúde da Mulher e do Homem, realizada nessa sexta-feira, 6 de setembro. Ao todo, 648 testes rápidos de sífilis, HIV, hepatites B e C foram realizados, o que comprova o alto grau de participação popular.
Durante a ação, 132 homens se submeteram ao exame de PSA e 125 ao toque retal, procedimentos fundamentais na prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. Entre as mulheres, 72 fizeram exame de citologia, verificaram a glicemia, a pressão arterial e assistiram a uma palestra sobre prevenção do câncer de colo de útero. O programa realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU -, a Prefeitura e o Sindicato Rural de Palmeira dos Índios e região também ofereceu serviços de estética, como cortes de cabelo.
“A ação comprova mais uma vez o zelo que a gestão municipal tem com o povo igaciense”, afirma o prefeito de Igaci, Oliveiro Piancó, que acompanhou a realização do programa acompanhado da primeira-dama e secretária de Assistência Social, Adriana Almeida, do presidente do Sindicato Rural de Palmeira dos Índios, Nielson Correia Barros, e da secretária de Saúde de Igaci, Valdice Gomes.
Para a primeira-dama de Igaci, a parceria com o Senar é uma forma de oferecer serviços gratuitos de saúde para a comunidade mais carente do município. “Assim nós promovemos a inclusão social do público menos favorecido. Agradecemos à equipe do Senar por toda a dedicação e não podemos esquecer a participação do Sindicato Rural de Palmeira dos Índios, por meio do seu presidente, Nielson Barros, que tem sido uma ponte entre os municípios e o Senar”, afirma Adriana Almeida.
O presidente da Associação Beneficente Cultural Aprígio Bezerra, Expedito Bezerra, saiu do município de Minador do Negrão para conhecer de perto os programas de saúde do Senar. “É um prazer participar deste evento de grande dimensão, que atende a muitas pessoas. Esta é mais uma parceria que dá certo entre municípios da nossa região, o Sindicato Rural de Palmeira dos Índios e o Senar. É importante ressaltar que o Senar também tem nos ajudado muito em Minador do Negrão, sobretudo, na oferta de cursos que estimulam o crescimento do homem do campo, especialmente, do pequeno produtor”, avalia.
Para o presidente do Sindicato Rural de Palmeira dos Índios, Nielson Barros, realizar os programas de saúde na região é motivo de imensa satisfação. “Dos últimos 15 programas de saúde realizados pelo Senar no Estado, cinco foram proporcionados para Palmeira dos Índios e as cidades circunvizinhas. Agradecemos ao apoio do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, ao prefeito Oliveiro Piancó e à primeira dama, Adriana Almeida, que abraçaram o nosso programa e se empenharam em fazer o evento acontecer com perfeição”, diz Nielson.
A Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba – Copervales Agroindustrial – estima um crescimento em torno de 15% na safra 2019-2020. Desde o ano de 2015, quando iniciou as atividades, a Copervales vem acumulando resultados significativos. Moeu aproximadamente 470 mil toneladas de cana de açúcar no primeiro ano; 670 mil ton na safra 2016-2017; foi impactada pela seca no período 2017-2018, mas, ainda assim, conseguiu produzir 530 toneladas; e apresentou forte recuperação na safra 2018-2019, com 814 mil ton moídas. Agora, a previsão é produzir entre 900 e 950 mil toneladas.
“A última safra foi muito boa, pois não tivemos problemas de chuva e a nossa produtividade aumentou. Aliado a tudo isso, temos tido um forte plantio desde quando iniciamos as atividades, em 2015, tanto nas áreas da usina quanto dos cooperados. Tudo isso trouxe um incremento muito bom na produção e vale ressaltar que, sem a dedicação dos cooperados, não teríamos alcançado sozinha uma produção deste porte”, avalia o presidente da Copervales, Túlio Tenório.
Geração de empregos Diante da expectativa de aumento na safra 2019-2020, a cooperativa está contratando mais 1.500 trabalhadores para as áreas industrial e agrícola. “O nosso quadro deve fechar em 1.900 funcionários. Se somamos com os profissionais contratados pelos cooperados e os terceiros, estamos falando de aproximadamente 3 mil funcionários”, diz Tenório.
Segundo o presidente da Copervales, a esperança agora é de que os preços da cana de açúcar reajam, principalmente, no mercado internacional. Há uma defasagem por conta do excesso de produto, principalmente na Índia, o que tem levado a uma baixa significativa no valor do açúcar VHP”, analisa.
Celebração Para celebrar o início da safra 2019-2020, a Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba realizará, nesta sexta-feira, 6 de setembro, uma celebração ecumênica na Copervales Agroindustrial, município de Atalaia. O evento está marcado para as 9h30.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Dados do Instituto Nacional de Câncer – Inca – e da Sociedade Brasileira de Urologia – SBU – mostram que o Brasil registrou 61.200 novos casos e 13 mil óbitos somente em 2018. A cada 7 minutos, um brasileiro é diagnosticado com a doença. A cada 40 minutos, um morre.
As estatísticas também comprovam que 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados e 25% morrem devido à doença. Quando os sintomas começam a aparecer, 95% dos casos já estão em fase aguda. Os dados dizem muito sobre o país, mas, ao mesmo tempo, não são suficientes para retratar a realidade da população rural. Afinal, qual é a representatividade do homem do campo neste universo? De que forma este homem tem se prevenido ou tratado a doença? Por incrível que pareça, o Brasil ainda não tem essas respostas.
Neste cenário de incertezas que dificultam a implantação de políticas públicas efetivas para as comunidades rurais, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar –, e a Sociedade Brasileira de Urologia fazem sua parte. Em setembro de 2014, as instituições criaram o Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo – PNAISHC –, iniciativa que nasceu em Alagoas e hoje também acontece na Bahia; Ceará; Goiás; Maranhão; Mato Grosso; Pará; Paraíba; Rondônia; Roraima; Tocantins; Santa Catarina e Sergipe.
Em cinco anos de programa, 35.034 homens já participaram das palestras de conscientização; 33.319 fizeram o exame de PSA e 12.922 foram submetidos ao toque retal, serviço incorporado ao PNAISHC em 2016. As ações acontecem em unidades de saúde dos municípios e os casos de alteração nos exames são encaminhados para diagnóstico e tratamento.
Preconceito O grande desafio do programa é quebrar o preconceito e a resistência dos homens na hora de fazer o exame de toque. Em 2018, o PNAISHC promoveu 159 eventos de saúde, nos 13 estados, com a participação de 11.201 homens. 10.846 se submeteram ao PSA e apenas 4.992 ao toque. Ou seja, 44%. Já no primeiro semestre deste ano, 60 eventos foram realizados, com 5.520 participantes, 3.173 coletas de PSA e somente 1.532 exames de toque. Um percentual de 27,7%.
Ao longo do tempo, o PNAISHC vem trabalhando para quebrar o preconceito do homem rural contra o toque retal. A formatação do programa ajuda bastante, pois as atividades começam com uma palestra sobre doenças da próstata e muitos homens se conscientizam acerca da importância de fazer o exame.
“Em Alagoas temos bons exemplos de como é possível quebrar esta resistência. No município de Cajueiro, realizamos 134 exames de toque retal e 132 de PSA. Em Mar Vermelho, no ano de 2016, 73 homens se submeteram ao toque; em 2018, dos 105 participantes do programa, 100 passaram pelo procedimento. Já em Carneiros, todos os 129 pacientes fizeram PSA e toque. Esses dados, aliados às estatísticas do Inca e da SBU, de que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para 90%, mostram que estamos no caminho certo”, afirma o urologista Mário Ronalsa Brandão Filho, idealizador do PNAISHC.
Câncer de pênis O Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo também realiza exames preventivos contra o câncer de pênis, um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos e que, no Brasil, representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, de acordo com o Inca. Mais frequente nas regiões Norte e Nordeste, este tipo da doença tem, entre os fatores de risco, as baixas condições socioeconômicas, de instrução e a má higiene íntima.
Em 2018, graças às ações do PNAISHC, 812 lesões precursoras de câncer de pênis foram detectadas. Segundo Mário Ronalsa, apesar da baixa incidência, se comparada a de outros tipos da doença, o Brasil é hoje um dos campeões de câncer de pênis no mundo.
“Mesmo com toda a tecnologia, nós ainda registramos cerca de 1,3 mil amputações por ano no país. Em Alagoas, a situação é pior. Fizemos uma pesquisa, entre 2007 e 2009, e encontramos o número de um pênis amputado a cada treze dias e meio. É uma estatística muito forte, de guerra e o Ministério da Saúde precisa tomar alguma providência contra isso”, alerta o urologista.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, fez um discurso em defesa da construção de abatedouros públicos nessa terça-feira, 3, em sessão pública realizada na Assembleia Legislativa. A sessão foi proposta pelo deputado estadual Inácio Loiola (PDT) e promoveu discussões sobre o processo de abate, fiscalização sanitária, tratamento humanitário dos animais, fechamento de abatedouros nos municípios alagoanos cooperação técnica entre gestores municipais e governos estadual e federal.
“Há 13 anos, quanto pleiteamos a criação da Adeal (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas), pensávamos que hoje, em 2019, este problema dos abatedouros já estaria resolvido. E o que nos preocupa muito é a truculência das fiscalizações, a violência com o cidadão que produz. Tenho uma condição muito tranquila de dizer isso, pois as mesmas reclamações eu faço ao governador do Estado, de quem todos sabem que sou eleitor. Mas, neste assunto, tem que se cobrar e fazer mais. Produtores estão sendo perseguidos, abatedouros fechados, prefeituras sendo punidas a exemplo de Batalha, multada em R$250 mil, quando, com R$50 mil, o abatedouro da cidade poderia ter sido refeito e em condições para que os animais fossem abatidos”, afirmou Álvaro Almeida.
“Hoje estão matando os animais nas bananeiras, o que é muito pior. O Ministério Público, altivo no acompanhamento das perseguições, não está aqui nesta sessão. Deveria estar. Nós, pecuaristas, não queremos ilegalidade, mas sim, que a legislação sanitária seja obedecida sem truculência. Com poucos recursos, quantos abatedouros públicos poderiam funcionar até que as exigências do Ministério Público fossem totalmente atendidas? Nós temos 102 municípios e apenas 14 abatedouros funcionando no Estado de Alagoas. É impossível que isso continue a acontecer. Que esta casa converse com o senhor governador e coloque este assunto como prioridade máxima”, sugeriu o presidente da Faeal.
Propositor da sessão pública, o deputado Inácio Loiola destacou que o mundo está em constante evolução e a sociedade exige e cobra mais respeito às práticas ambientais e de saúde pública conforme legislação vigente. “É preciso oferecer às pessoas alimentos saudáveis, uma exigência inerente do mercado consumidor, montar estrutura adequada e trabalhar um plano permanente de conscientização de todos os envolvidos na cadeia produtiva. Os abatedouros frigoríficos, mais uma vez, passam pela ausência de planejamento do Estado e têm causado sérios prejuízos à parte fraca da cadeia produtiva, que são os marchantes, obrigados a transportar os animais para abatê-los em outras cidades”, disse.
Inácio também criticou a multa e penalização das famílias que dependem social e economicamente da comercialização da carne, com mais despesas geradas pelo custo do frete e outras sobretaxas, inviabilizando o seu negócio. “É preciso construir meios para ajudar o elo mais fraco, que são os marchantes. É preciso que o Estado planeje e viabilize a construção de abatedouros próximos do mercado consumidor, com muita responsabilidade, para não perder os escassos recursos. A verdade é que os municípios não dispõem de condições para arcar com os custos de construção e manutenção dos abatedouros frigoríficos, pois cada planta custa cerca de R$ 12 milhões”, finalizou.
O secretário estadual de Agricultura, Silvio Bulhões, destacou a situação dos abatedouros frigoríficos e reconheceu que o Estado precisa construir mais unidades para atender melhor o consumidor e os marchantes alagoanos. “Vamos iniciar, junto com a Adeal, o plano de regionalização de abatedouros que visa, além da construção e novos equipamentos, a promoção e a adequação dos abatedouros já existentes, regionalizando-os, já que estão funcionando com selo de inspeção municipal. Isto tudo baseado em uma nova legislação, que devemos enviar ainda esta semana para ser apreciada por esta Casa. A ideia da regionalização é atender todo o Estado, de modo que nenhum município fique sem cobertura de abatedouros. Além disso, vamos fazer a reforma dos atuais abatedouros, a exemplo do de Delmiro Gouveia e de Santana do Ipanema”, afirmou.
O diretor presidente da Adeal, Carlos Mendonça Neto, ressaltou a situação dos abatedouros no Estado. Ele confirmou ainda que o Estado gere, atualmente, três abatedouros: Satuba, Rio Largo e Arapiraca, além de um de aves, em Santa Luzia do Norte. “Estamos presentes no intuito de estimular a adequação dos diversos abatedouros frigoríficos dentro do Estado, para que se evite, de maneira drástica, os fechamentos que acontecem por falta de inobservância da legislação. Vamos encaminhar à Assembleia Legislativa uma nova legislação, a fim de adequarmos os abatedouros à nossa realidade, já que até hoje utilizamos uma legislação federal extremamente rígida e que, muitas vezes, não corresponde à nossa realidade. Esperamos que novos abatedouros se regularizem, levando em consideração a qualidade sanitária e a saúde da população”, disse.
O presidente da Associação dos Criadores de Alagoas, Domício Silva, avaliou que a situação dos abatedouros em Alagoas é muito preocupante para quem produz, para os marchantes e para o consumidor. “Estamos vendo áreas anteriormente usadas para cana-de-açúcar, agora destinadas à pecuária de corte, que vem aumentado em quantidade e qualidade. Neste sentido, podemos dizer que da porteira para dentro o produtor faz seu trabalho bem feito, porém, precisamos ter na ponta locais adequados para o abatimento, com segurança alimentar para o consumidor. Da forma como se encontra hoje, vemos com preocupação, já que alguns abatedouros estão fechados sem condições de funcionamento. Daí a importância de novos abatedouros, para que não possamos deixar os produtores sem ter onde abater os animais produzidos, tampouco que sejam abatidos deforma clandestina”, disse.
Participaram ainda da sessão os deputados Francisco Tenório (PMN), Ângela Garrote (PP), Fátima Canuto (PRTB), Jó Pereira (MDB), Tarcizo Freire (PP), Davi Maia (DEM),Cibele Moura (PSDB), Marcelo Beltrão (MDB), Cabo Bebeto (PSL) e Silvio Camelo (PV); o superintendente do Ministério da Agricultura, Alair Correia, prefeitos, secretários estaduais, vereadores, marchantes, entre outros representantes do setor da agrícola e pecuarista do Estado.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) atendeu ao pedido dos produtores de grãos e entregou, ao secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, um requerimento para que o governo reduza o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na comercialização dos grãos produzidos em solo alagoano.
O requerimento foi entregue nessa segunda-feira, 2, durante reunião na Secretaria da Fazenda, com a participação do deputado federal Isnaldo Bulhões, do secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura, Silvio Bulhões, e de representantes da comissão de grãos.
De acordo com o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, a redução do ICMS corrobora com a política pública de incentivo ao desenvolvimento do cultivo de diversas culturas, como milho, milheto, feijão, soja e algodão, que o Governo do Estado vem implementando desde o primeiro mandato do governador Renan Filho, por meio do Programa de Grãos, vinculado à Seagri.
“Essa diversificação é de suma importância para o fortalecimento do agronegócio alagoano, que, nos últimos anos, sofreu com a crise enfrentada pelo setor produtivo da cana-de-açúcar, a partir da qual, aproximadamente 50 mil hectares de área mecanizável ficaram disponíveis para a produção de outras culturas”, observa Álvaro Almeida.
Hoje, já existem em Alagoas mais de 6,5 mil hectares plantados com soja, milho, sorgo, algodão e feijão, somente em três municípios. Com a redução do ICMS, este plantio pode se estender para, no mínimo, 10 mil ha, observando-se a área mecanizável ainda disponível para o plantio e sem mensurar a possibilidade da produção de grãos no período de renovação da lavoura canavieira.
“Além dos milhares de empregos gerados com a implementação dessas novas culturas, há de se ressaltar que outros setores do agronegócio alagoano serão diretamente beneficiados com o crescimento da produção de grãos dentro do estado, principalmente aqueles que utilizam como matéria prima o milho e a soja, sem falar no próprio setor sucroalcooleiro, que poderá utilizar-se dessas culturas mais rápidas, quando da renovação do canavial”, diz o presidente da Faeal.
Álvaro Almeida ressalta que o Estado de Alagoas consome anualmente 500 mil toneladas de milho, mas só produz 50 mil. Da mesma forma, consome cerca de 70 mil toneladas de soja, enquanto produz aproximadamente 5.300 ton. “Vale frisar que Pernambuco é o maior consumidor de grãos do Nordeste e, portanto, um dos maiores importadores, pois não possui produção agrícola de grãos. Isso demonstra o quanto seria importante para Alagoas avançar com políticas públicas que estimulem a produção de grãos e o desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva”, comenta.
Exemplos no Nordeste O requerimento da Faeal tem como base a Lei Complementar nº 160/2017, que autorizou estados e o Distrito Federal a celebrarem convênios visando viabilizar a “convalidação de incentivos e benefícios de ICMS”, bem como o Convênio ICMS nº 190/2017, que regulou toda a matéria e foi aprovado por 24 unidades da Federação. Em sua cláusula 13ª, o convênio preceitua que os Estados e o Distrito Federal podem aderir aos benefícios fiscais concedidos ou prorrogados por outra unidade federada da mesma região.
O documento entregue ao secretário de Estado da Fazenda de Alagoas traz exemplos dos governos do Maranhão e do Piauí, que concederam crédito presumido nas operações internas e interestaduais realizadas com milho, milheto, soja e sorgo realizadas por produtores. No Piauí, a medida reduziu a carga tributária das operações para 2% sobre o valor total das saídas tributadas.
Agora, os produtores de grãos pedem que o Estado de Alagoas faça o mesmo. “Cientes de que o governo estadual sempre apoiou o setor produtivo, solicitamos especial atenção a este pleito, na certeza de que tal medida impulsionará a produção de grãos em Alagoas, atraindo investimentos, gerando emprego e renda”, conclui Álvaro Almeida.
Próximos passos George Santoro recebeu o requerimento com entusiasmo. “Enviaremos o documento para o grupo técnico dos auditores fiscais analisar e arrumar a proposta tecnicamente, para que possamos dar andamento à nova legislação. A proposta é bastante interessante e importante para o desenvolvimento econômico do estado e as minhas ponderações foram para que possamos desenvolver as cadeias produtivas como um todo, não só dar incentivo à agricultura, mas às fases seguintes da cadeia, trazendo granjas e outros tipos de empresas do agronegócio para Alagoas”, avalia o secretário de Estado da Fazenda.
Para o deputado Isnaldo Bulhões, a redução do ICMS é um passo importante de incentivo à policultura. “Está provado historicamente que a monocultura não promove o desenvolvimento, portanto, incentivando a produção de grãos, a diversificação entre milho, soja, feijão, sorgo, entre outras culturas, a gente faz com que mais investidores venham para Alagoas e os produtores alagoanos migrem cada vez mais para essas culturas. Isso, sem dúvida, é socialmente mais justo, distribui mais riquezas, gera mais empregos e este é o nosso objetivo na busca de incentivo para a produção de grãos”, diz o parlamentar.
O caminhão cor de rosa estacionado em frente à Unidade Básica de Saúde Aurélio Antero Torres, no início da manhã da última sexta-feira, 30 de agosto, era o primeiro sinal de um dia muito importante para a comunidade do povoado Chã de Belém. O “Amigo do Peito”, unidade móvel de mamografia digital, foi um reforço de peso para os programas de saúde promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU – e a Prefeitura de Belém, município do agreste alagoano.
Ao todo, foram realizadas 80 mamografias na unidade móvel. Além disso, 103 mulheres fizeram exame de citologia, 116 homens se submeteram ao PSA e 98 ao toque retal. O dia de ações reuniu profissionais e estudantes da área da saúde e também ofereceu atividades físicas; oficinas de sal de ervas e de ervas medicinais com doação de mudas
; palestras sobre infecções sexualmente transmissíveis e saúde bucal com distribuição de kits de higiene; serviços de massagem; limpeza de pele; pintura de unhas e corte de cabelo.
“Esta parceria com o Senar é muito importante e nos permite realizar uma ação de grande volume, para pessoas que são muito carentes. Nós, que estamos na ponta, sabemos o quanto temos sido sacrificados. A cada dia, as obrigações do município são maiores e os recursos mais escassos, então, esses programas de saúde só nos ajudam a atingir os nossos indicadores e fortalecer a saúde do município”, afirma a prefeita de Belém, Paula Santa Rosa.
Segundo a secretária de Saúde do município, Maria Jenice Ferreira de Melo, a ação é inovadora porque, além de prestar uma assistência humanizada, garante serviços difíceis de ofertar. “A mamografia, por exemplo, a gente não tem no município e é muito complicado conseguir na região, pois recebemos uma cota mínima disponibilizada pelo governo. Para conseguir realizar os exames, é preciso pensar em estratégias como esta e pagar com recursos próprios”, exemplifica.
“Por meio dos programas de saúde do Senar, atendemos o público menos favorecido com qualidade e perfeição. Esta é a prova de que o Sistema CNA Brasil não é voltado apenas para o grande produtor, ele beneficia do agricultor familiar ao usineiro, indistintamente. Estamos muito felizes em poder realizar esta grande ação no município de Belém”, ressalta o presidente do Sindicato Rural de Palmeira dos Índios e região, Nielson Correa Barros.
Aos 44 anos, o agricultor José Onório Filho aproveitou os programas do Senar para realizar os exames da próstata pela primeira vez. “Muitas vezes a gente precisa ir para Maceió e gastar o dinheiro que não tem para fazer um exame desse. Por isso, eu aproveitei esta ação, fiz aqui e foi muito tranquilo. Muita gente tem receio, mas, para mim, é importante cuidar da saúde e eu pretendo repetir sempre for necessário”, comenta.
Mais de 150 pecuaristas alagoanos participaram, na última sexta-feira, 23, de um Dia de Campo no Parque de Exposições Mair Amaral, município de Batalha. Eles tiveram acesso aos dados preliminares do projeto Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável, iniciativa do Instituto CNA em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.
O projeto tem o objetivo de recomendar as forrageiras que melhor se adaptam ao clima da região, para que sirvam de fonte de alimento para os rebanhos. Em Alagoas, 18 tipos de plantas são testadas, entre gramíneas anuais e perenes, cactáceas e lenhosas.
Os primeiros dados coletados mostram, por exemplo, que, entre as gramíneas perenes, o capim-massai foi o que mais produziu matéria seca por hectare. Já entre as cactáceas, a palma Orelha de Elefante Mexicana foi uma das variedades mais produtivas e se mostrou bem adaptada à região, com baixa incidência de pragas e doenças.
A assessora técnica do Instituto CNA, Ana Mera, ressalta que os resultados são preliminares e ainda não valem como recomendação para os produtores. “Nós fizemos algumas coletas de dados no período chuvoso, passamos por um período de seca e, agora, estamos realizando a segunda parte da coleta de dados no período chuvoso seguinte. A ideia é que a gente comece a observar aquelas plantas que apresentaram maior resistência e adaptação”, explica.
“Já sabemos algumas variedades que vêm se destacando entre as gramíneas perenes e até mesmo entre as anuais; já demos um corte no milheto este ano e vemos agora a rebrota desta variedade; os milhos também estão se desenvolvendo muito bem aqui na região e ainda há novas variedades de palma, com algumas mais resistentes às pragas e à própria seca”, comenta o técnico de campo Alexis Wanderley.
Para o pesquisador da Embrapa Semiárido, Rafael Dantas, os primeiros resultados são muito significativos. “O ano passado, por conta das condições climáticas, a produtividade foi baixa em algumas culturas, como, por exemplo, o sorgo e o milho. No entanto, plantas como o milheto, mesmo naquela condição do ano passado, conseguiram se destacar. Isso é bastante relevante para o projeto, que tem justamente o objetivo de trazer alternativas para esta realidade enfrentada pelos pecuaristas da região”, observa.
Referência Tecnológica Para que as pesquisas pudessem ser desenvolvidas, o Governo do Estado cedeu um espaço, dentro do Parque de Exposições Mair Amaral, que hoje funciona como uma das 13 unidades de referência tecnológica do Forrageiras para o Semiárido espalhadas em todo o Nordeste e no norte de Minas Gerais. Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Silvio Bulhões, a iniciativa é importante para o desenvolvimento econômico de Alagoas.
“Quase todo o leite é produzido na região semiárida, portanto, alternativas de nutrição dos animais, na produção de alimentos volumosos e com fontes proteicas para a suplementação do rebanho, reduzirão o custo do produtor, aumentarão a viabilidade da atividade e fomentarão a economia do estado”, pondera Bulhões.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, reforça a importância de se fortalecer a pecuária, principalmente, no momento de dificuldade por que passa a lavoura canavieira. “Se desenvolvermos a pecuária, ela ocupará um pouco da área que está sendo deixada pela cana-de-açúcar. Temos outras atividades, como eucalipto, grãos, mas a pecuária sempre foi de muita importância para o estado e devemos fortalecê-la ainda mais”, afirma.
Entre os pecuaristas que participaram do dia de campo, o clima é de otimismo. “Hoje, o nosso desafio é custo de produção, porque produzimos aqui, mas estamos concorrendo com o mundo. Neste cenário, um projeto que traz alternativas de forragem com baixo risco de colheita, ou seja, com uma probabilidade muito alta de não perdermos a cultura, será um marco para a nossa região”, comemora André Ramalho, presidente do Sindicato Rural dos Produtores de Leite de Alagoas – Sindileite.
Domício Silva, presidente da Associação dos Criadores de Alagoas – ACA –, também reconhece a importância do projeto. “Para produzir bem e se desenvolver, o produtor necessita do alicerce da pesquisa que a CNA, a Faeal e a Embrapa estão trazendo para nós. Os pecuaristas estão cada vez mais abertos às inovações e a alta participação no dia de campo é uma prova de que eles querem absorver novos conhecimentos para crescer na atividade”, diz.
O produtor de leite Sávio Alexandre, do município de Major Izidoro, foi a Batalha conferir de perto o projeto Forrageiras para o Semiárido e gostou do que viu. “Eu nunca tinha participado de um dia de campo como esse. É muito produtivo para a gente que nasceu no campo, vive na atividade, mas, quando acompanha os técnicos, que têm um conhecimento profundo das culturas, acaba aprendendo coisas novas, adquirindo conhecimento para melhorar a nossa produção”, ressalta.
Aplicativo
Os pecuaristas também tiveram a oportunidade de conhecer o aplicativo Orçamento Forrageiro, desenvolvido pela CNA em parceria com a Embrapa. Gratuito e disponível inicialmente na plataforma Android, o software auxilia o pecuarista na gestão dos recursos forrageiros de forma mais eficiente e lucrativa.
O produtor consegue fazer o planejamento alimentar do rebanho. Para isso, basta informar a quantidade de animais – divididos por espécie e categoria –, o peso médio de cada um e a quantidade de forrageiras disponíveis na propriedade. Com essas informações, o aplicativo prevê o saldo forrageiro mês a mês e estima a reserva necessária para o período de um ano. Além disso, fornece indicadores para a tomada de decisões como armazenar ou plantar mais forrageiras, adquirir ou vender animais.
Orientações sobre cuidados com o corpo e câncer de mama, ginástica laboral e 117 exames de citologia realizados entre as mulheres. Palestra sobre doenças da próstata, 111 exames de PSA, 105 de toque retal e 50 aferições de pressão arterial entre os homens. Acrescente a esses dados mais de 50 atendimentos odontológicos e serviços de estética, como cortes de cabelo, e você tem um balanço do que foram os Programas de Saúde do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – no município de Paulo Jacinto, agreste alagoano, a 112 Km da capital Maceió.
A ação foi realizada em parecia com a Prefeitura Municipal. Segundo a mobilizadora do Senar AL, Iolanda Tenório, o evento teve entre os diferenciais os atendimentos odontológicos, com realização de exames para busca ativa de lesões de câncer ou cancerizáveis, orientação de higiene bucal e das próteses dentárias. Os casos que necessitavam de acompanhamento já eram imediatamente agendados.
“Outros diferenciais foram a organização e o público. Conseguimos mobilizar um bom número de mulheres, os homens chegaram cedo e, de imediato, receberam as fichas de atendimento, por ordem de chegada, e a adesão aos exames foi muito boa”, comenta Iolanda.
O prefeito de Paulo Jacinto, Marcos Lisboa, e a secretária de Saúde, Maria do Carmo Barbosa Martins Silva, acompanharam as ações, que foram divididas entre a Unidade de Saúde Mário Leandro da Costa, onde ocorreram os atendimentos aos homens, e o PSF3, que recebeu as mulheres.
No próximo dia 30, os Programas de Saúde do Senar retornarão ao agreste de Alagoas. Desta vez, as ações acontecerão no município de Belém.