Em meio ao isolamento social de combate à pandemia do covid-19, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – disponibiliza canais de comunicação para orientar os produtores que precisam fazer declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR – dos últimos cinco anos. Os atendimentos acontecem pelo e-mail carla@faeal.org.br ou no WhatsApp (82) 98878-3618 (segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17 horas).
O foco é auxiliar os produtores rurais para quem resolvam as pendências junto à Receita Federal. “Se, por exemplo, o produtor precisa de uma certidão negativa de ITR e ela não é emitida pela ausência de declaração, nós podemos ajudar. Ele faz as declarações, efetua o pagamento e a certidão é disponibilizada”, explica Carla Christine, coordenadora da Unidade Gestora da Arrecadação da Faeal.
A Federação também auxilia os produtores rurais no processo de vinculação do imóvel. “Neste caso, o produtor precisa ter o NIRF (Número do Imóvel na Receita Federal) e o CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel Rural emitido pelo Incra)”, comenta Carla Christine.
Serviços que necessitam de atendimento presencial na Receita Federal, a exemplo da ativação ou alteração de titularidade, só serão realizados com a reabertura das unidades do órgão, que permanecem fechadas por conta do estado emergencial de saúde pública decorrente do coronavírus.
As plantações de pinha no município de Estrela de Alagoas, agreste do Estado, vêm sendo devastadas por um inimigo minúsculo e aparentemente frágil, mas de alto poder destrutivo. A Gonodonta sp., popularmente conhecida como lagarta dos capinzais, tomou conta de pelo menos 30 propriedades. O prejuízo já está acima do nível de dano econômico. Muitos produtores rurais perderam praticamente toda a safra para 2020.
Aos 62 anos, o agricultor José Augusto dos Santos olha para as 40 tarefas da sua propriedade e lamenta. “Dessa atividade eu tiro o meu sustento, da mulher e de oito filhos, vendendo pinha para Recife, Maceió e Aracaju. Essa lagarta já tinha aparecido outras vezes, a última acho que há uns cinco anos, mas sempre em um pé aqui, outro acolá. Agora acabou com 90% da plantação. A gente não sabe o que fazer, porque não dá para plantar milho ou feijão, o comércio é pouco e o tempo não ajuda. Meus filhos tiveram que buscar serviço fora”, relata.
Preocupados com as perdas, alguns produtores procuraram o presidente do Sindicato Rural da região de Palmeira dos Índios, Nielson Barros. “Visitei algumas propriedades e, diante da gravidade da situação, solicitei o apoio da assistência técnica do Senar Alagoas, pois os agricultores não sabiam como lidar com uma praga tão devastadora. A ajuda veio, por meio do projeto Agronordeste”, relembra Nielson.
O trabalho de assistência técnica começou no início deste mês. Os 30 produtores são atendidos pela engenheira agrônoma e técnica de campo do Senar Alagoas, Ellen de Oliveira. “Na primeira visita às propriedades, percebi que todas estavam sendo atacadas e não havia nenhum controle. Alguns agricultores utilizavam inseticidas, próprios para matar baratas e mosquitos, mas que não fazem efeito nesta praga, porque essa lagarta só pode ser controlada quando ainda está na fase inicial”, explica Ellen.
A engenheira agrônoma vem orientando os produtores rurais sobre a utilização de produtos mais adequados e a importância da poda e da limpeza da área de plantio. Segundo Ellen, a presença da Gonodonta sp. é mais comum em capinzais e não há remédio específico para esta praga, principalmente, na cultura da pinha. “Por ela ser uma lagarta desfolhadora, nós indicamos os produtos utilizados para o combate a outros tipos de lagartas que mastigam as folhas, como a helicoverpa ou a spodoptera”, comenta.
A ausência de tratos culturais adequados e de um controle preventivo agravou a situação. Para Ellen, se a assistência técnica do Senar tivesse sido solicitada antes, o problema teria sido evitado. “Quando você tem uma área de 50 pés de pinha e apenas dois apresentam essa lagarta, é possível fazer o controle até mesmo com a catação manual, para que a praga não se espalhe. Outra medida importante é evitar capim ao redor da planta”, orienta.
“Não se pode controlar esta lagarta na fase adulta. Depois que cresce, é preciso esperar virar mariposa para fazer o controle. Neste momento, há muitas mariposas nas propriedades de Estrela de Alagoas e agora precisamos trabalhar para que o ciclo da praga seja quebrado”, afirma a engenheira agrônoma e técnica de campo do Senar Alagoas.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e os Ministério da Agricultura e da Saúde lançaram na quarta (8) uma cartilha online com recomendações de prevenção ao coronavírus nas propriedades rurais.
O documento apresenta orientações e medidas de proteção aos produtores e trabalhadores rurais para garantir segurança no ambiente de trabalho, considerando as características dessa atividade essencial para o abastecimento da população.
A cartilha explica detalhadamente as formas de prevenção ao coronavírus, os sintomas da doença e as medidas que precisam ser adotadas em meio à pandemia, como evitar o uso compartilhado de ferramentas e equipamentos e a restrição de acesso às propriedades rurais apenas às pessoas estritamente necessárias.
Em casos de trabalhadores com sintomas da Covid-19, a cartilha apresenta sugestões que podem ser implementadas pelo gestor rural para garantir a recuperação do funcionário e proteção dos demais, evitando a propagação da doença.
Também são abordados os procedimentos para as boas práticas de fabricação de alimentos, armazenamento e comercialização durante esse período de pandemia.
Para falar com o Sistema CNA/Senar sobre problemas de saúde ou que possam estar afetando a produção agropecuária, envie uma mensagem de whatsapp para o número: (61) 93300-7278.
A higiene deve ser palavra de ordem na bovinocultura de leite. Segundo a zootecnista Edivânia Salvador, técnica de campo dos programas de Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, é preciso redobrar os cuidados com o ordenhador, os acessórios, os animais e o local onde o leite é ordenhado.
“A primeira preocupação em relação ao ordenador é com as mãos. Antes de cada ordenha, é preciso lavá-las com água e sabão e, em seguida, deixá-las bem secas. Os utensílios também devem estar bem higienizados e enxutos no momento da ordenha. Lavar os acessórios com água e sabão e utilizar uma bucha para limpar todos os cantos é primordial e evita a proliferação de bactérias”, diz Edivânia.
Em relação aos animais, a preocupação maior é como com os tetos, que precisam estar limpos para que sujidades não caiam no leite e provoquem uma contaminação. “No momento da ordenha, deve-se lavar somente os tetos, nunca o úbere, para evitar que a água escorra do úbere e contamine o leite. Depois da lavagem, quando for enxugar os tetos, é recomendável usar toalhas descartáveis, pois os panos podem levar bactérias para os tetos e essas bactérias podem cair no leite”, explica a técnica de campo do Senar.
Segundo Edivânia, o local da ordenha precisa estar bem limpo e ser ventilado para criar um ambiente adequado para o bem-estar humano e do animal. “No caso da ordenha mecânica, as teteiras requerem o máximo de cuidado e devem ser higienizadas com a utilização de escovas para evitar que algum leite residual cause a proliferação de bactérias naquele local”, diz a zootecnista.
Combate ao coronavírus A higiene é fundamental no combate ao covid-19. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – divulgou em suas redes sociais algumas orientações para produtores rurais. A primeira delas é a de sair da propriedade somente quando houver extrema necessidade. Também é importante manter uma distância segura dos funcionários das empresas que compram os produtos. No caso da bovinocultura de leite, as dicas incluem manter o local onde está instalado o tanque de resfriamento sempre limpo e higienizado e nunca deixar a tampa do resfriador aberta.
Uma medida do Ministério da Agricultura vai beneficiar pequenos laticínios com dificuldades de vender sua produção por causa da pandemia do coronavírus. Nessa terça, 31 de março, o órgão publicou um ofício circular em que autoriza laticínios com o Selo de Inspeção Federal – SIF – a comprar leite de pequenas indústrias com selos de inspeção estaduais ou municipais.
A iniciativa partiu de uma ação conjunta entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – e entidades do setor. “Até hoje, para fazer o envio e o processamento do leite, as duas indústrias precisavam ter inspeção federal. Esse ofício vai permitir que qualquer outra indústria, com inspeção sanitária de outras esferas do governo, possa encaminhar seu leite para indústrias maiores com SIF”, afirma a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo.
Para Domício Silva, presidente da Associação dos Criadores de Alagoas – ACA – e um dos vice-presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, a medida emergencial desburocratiza a operacionalização da compra do leite neste momento de crise, em que os pequenos laticínios são os mais afetados por não terem capacidade de estocagem e diversificação de produtos.
“Quem trabalha na produção de queijo, por exemplo, não consegue armazenar nem dispõe de capital de giro para suportar de 30 a 60 dias de crise. Muitos desses produtores fornecem para lanchonetes, restaurantes e outros estabelecimentos que também estão sendo afetados. Uma das saídas é continuar captando o leite e vendê-lo para laticínios de maior porte e a medida do Ministério da Agricultura pode ser uma saída”, comenta Domício.
O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, ressalta que o ofício circular do Ministério da Agricultura beneficia toda a cadeia produtiva. “O mais importante é que a medida permite que os pequenos produtores de leite voltem a fornecer matéria-prima para a pequena indústria, que retomará a produção para atender aos grandes laticínios. Sem dúvida este é um passo importante para amenizar a crise causada pelo coronavírus”, avalia.
Presidente do Sindicato Rural dos Produtores de Leite de Alagoas – Sindileite –, André Ramalho também reconhece a importância da medida do Governo Federal. “Alagoas tem 32 laticínios com inspeção estadual que basicamente trabalham com a produção de queijo coalho e muçarela e estão com dificuldade de escoar a produção para estabelecimentos como restaurantes e lanchonetes. Muitos desses laticínios reduziram a captação e alguns estão parando de captar. Não sabemos até quando perdurará a situação, mas esta medida dá condição para que as queijarias continuem a captação e repassem para a indústria de leite longa vida e para as indústrias de grande porte que trabalham com queijo e têm acesso a grandes redes de supermercados”, observa.
Segundo Lilian, devido à crise do coronavírus, os food services estão fechados e os microlaticínios que forneciam leite pasteurizado para essa linha de restaurantes e queijarias ficaram prejudicados. “Aqueles produtores que não estavam vendendo seu leite pois o laticínio para o qual forneciam estava sem mercado, voltarão a ter seu leite captado dando fluidez ao mercado de laticínios, principalmente na produção de leite UHT, que está com alta demanda no momento”, explicou.
De acordo com o ofício, diante dos riscos de desabastecimento de leite e produtos lácteos em algumas regiões e de inviabilidade dos estabelecimentos de pequeno porte frente ao aumento da demanda para elaboração de produtos com prazo de vida longa, como leite UHT e leite em pó, os estabelecimentos sob inspeção federal poderão receber leite a granel de uso industrial de estabelecimentos registrados em outras instâncias de inspeção.
A medida vale, em caráter excepcional, durante o período de calamidade pública, devendo manter registros auditáveis do recebimento que garantam a rastreabilidade da matéria-prima.
Seguindo todas as recomendações de prevenção ao coronavírus preconizadas pelo Ministério da Saúde, técnicos de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – continuam trabalhando na assistência técnica a agricultores do interior do estado. O trabalho é essencial para garantir a qualidade do alimento que precisa chegar à mesa dos brasileiros, sobretudo, neste período de pandemia global.
Os técnicos de campo visitam propriedades rurais, coletam dados da produção, fazem um diagnóstico individualizado, traçam um planejamento estratégico para a propriedade, orientam sobre as necessidades de adequação tecnológica e direcionam os produtores para cursos de formação profissional rural do Senar. Após dois anos, os resultados do trabalho são avaliados.
Neste período de pandemia, dez técnicos estão em campo. No município de Santana do Mundaú, região leste do estado, a 106 quilômetros de Maceió, Edjane Ulisses orienta agricultores que participam do Frutec. O programa de assistência técnica para a cadeia da fruticultura é realizado pelo Senar, em parceria com o Sebrae AL, e está em fase final de análise de dados.
“Aqui no Povoado Munguba, em Santana do Mundaú, todo mundo está seguindo a recomendação dos órgãos competentes, mas não para de trabalhar. Seja na chuva ou no sol, enfrentando todas as dificuldades, a gente continua aqui, pois nossa produção precisa chegar até vocês em casa”, comenta Edjane. Confira o vídeo:
A assistência técnica também acontece com produtores de leite de Major Izidoro, no sertão de Alagoas. O trabalho está em fase de adequação tecnológica. Além disso, estão previstas para o próximo mês de abril, pelo programa Agronordeste, visitas a propriedades nos municípios de Olho D’Água das Flores, Água Branca, Jaramataia, Delmiro Gouveia e Estrela de Alagoas. O foco será as cadeias de bovinocultura de leite, horticultura e avicultura.
Cuidados Por conta da pandemia do Covid-19, os técnicos de campo do Senar Alagoas foram orientados a fazer atendimentos individuais, manter o distanciamento de dois metros do produtor e a passar informações sobre a importância da higienização das mãos e da utilização do álcool em gel. Os dias de campo foram suspensos para evitar a aglomeração de pessoas.
Nas redes sociais, o Senar AL tem orientado os produtores sobre os cuidados contra o coronavírus, como sair da propriedade somente em caso de extrema necessidade, lavar sempre as mãos com sabonete e não compartilhar toalhas. A bovinocultura de leite exige cuidados redobrados, como respeitar a distância recomendada na interação com o funcionário da empresa compradora, reforçar a higienização durante a ordenha, manter sempre limpo o local onde o tanque de resfriamento está instalado e nunca deixar a tampa do resfriador aberta.
Economia Além dos riscos à saúde e à vida, o coronavírus é o vetor de uma crise econômica eminente. No município de Jaramataia, sertão alagoano, a produtora de leite Mércia Azarias de Oliveira já sente os efeitos no escoamento da produção. “O agricultor está vendendo o que não tem agora, às pressas, a renda que nós tinha era do leite, os grandes laticínios deixaram de pegar o leite da gente de repente, nós precisamos dessa produção para sobreviver e estamos todos afetados com o preço baixo e sem ter condições de manter o nosso rebanho”, reclama.
Mas a produção de alimentos não pode parar. Por isso, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – encaminhou à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em caráter de urgência, um conjunto de propostas para que os produtores rurais brasileiros possam superar os transtornos e impactos causados pela pandemia do coronavírus.
A lista de propostas inclui, entre outras medidas, a prorrogação dos vencimentos dos financiamentos de custeio e investimento para os produtores das cadeias mais atingidas pela crise; a flexibilização emergencial de alguns procedimentos necessários para a formalização das operações de crédito rural; e a retirada de tarifas que são cobradas pelas instituições financeiras para estudo dos pedidos de alongamento e repactuação das operações de crédito.
A CNA também pleiteia que as operações repactuadas não sejam reclassificadas para operações com fonte de recursos não controlados, o que certamente onerará sobremaneira o pequeno e médio produtor, e que o produtor fique dispensado da entrega presencial de documentos comprobatórios da aplicação de crédito, como recibos de armazenagem dos produtos, Guia de Trânsito Animal – GTA –, ficha sanitária do rebanho, entre outros, em função do fechamento das agências ou de sua limitada capacidade de atendimento no momento.
Clique aqui e confira na íntegra a lista de propostas da CNA para amenizar os impactos da crise econômica provocada pelo coronavírus.
São 70 cursos ofertados para diversos segmentos do agro e mais de 200 professores criando conteúdo
O portal de ensino a distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – contribui com a formação e a profissionalização das pessoas do meio rural em todo o território nacional.Seus cursos on-line ampliam o acesso ao conhecimento e abrem oportunidades para o aumento da produtividade, da renda e da qualidade de vida dos brasileiros do campo.
Em tempo de isolamento social, por conta da pandemia do coronavírus, o Senar ampliou a oferta. São 70 cursos profissionalizantes disponíveis no portal ead.senar.org.br, gratuitos e com certificação, sobre manejo de pastagens, ovinocultura, gestão de riscos, inclusão digital, produção vegetal, suinocultura, bovinocultura de leite e corte, entre outros temas.
O aluno matriculado em qualquer curso tem acesso a cartilhas e videoaulas, entre outros recursos que facilitam o aprendizado. “O profissional que se inscreve nesses cursos tem acesso a um conhecimento muito vasto, sobre diversas áreas das cadeias produtivas. E quanto mais capacitado, melhor será seu desempenho em campo” assegura Luana Torres, coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas.
Para ter acesso aos conteúdos, basta realizar um cadastro no portal Senar EAD, com dados pessoais, CPF, e-mail e nível de escolaridade. A carga horária de 30 a 100 horas/aula, a depender da área e do curso escolhido.
Após concluir todas as atividades obrigatórias e responder a pesquisa de satisfação, o aluno estará apto a receber o certificado do curso, que será disponibilizado digitalmente, em formato PDF, no ambiente de estudos. Esse certificado exibirá a carga horária, a duração em dias e o conteúdo programático do curso.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – doará R$ 5 milhões ao Ministério da Agricultura para ajudar em ações de saúde no combate à pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 23, por meio do ofício 97/2020, assinado pelo presidente da CNA, João Martins, e enviado para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
No documento, João Martins fala em “pacto solidário pela vida” e reforça que a CNA está empenhada na busca de soluções que possuam auxiliar a nação brasileira a combater a disseminação do Covid-19, numa grande batalha para pela sobrevivência da população.
“Já mostramos a força do agro brasileiro, garantindo ao país que os produtores rurais vão continuar produzindo alimentos para abastecer as cidades, o que é tão essencial quanto as ações dos agentes de saúde para garantir a saúde de todos”, ressalta Martins.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, destaca que a doação dos R$ 5 milhões é uma decisão tomada em conjunto com as federações filiadas ao sistema CNA em todo o país.
“Os recursos são oriundos da contribuição sindical rural recolhida pelos produtores de todo Brasil, no exercício 2019. Este é o momento em que o Brasil precisa se unir em torno do combate ao Covid-19 e o nosso setor rural, sempre comprometido com o desenvolvimento do país e a vida dos brasileiros, jamais se furtaria a ajudar. Estamos fazendo a nossa parte”, comenta Álvaro Almeida.
Mais de 160 cartilhas, com conteúdos de diversas áreas, são ideais para quem quer atualizar os conhecimentos em época de quarentena
Se você está em casa e disposto a estudar, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural pode lhe ajudar a sair da quarentena mais capacitado do que entrou. O Senar disponibiliza, gratuitamente, a Estante Virtual da Coleção de Cartilhas, com todo o material didático utilizado nos treinamentos de produtores e trabalhadores rurais, para a melhoria da produção agropecuária brasileira.
O material possui 161 cartilhas sobre saúde; segurança no trabalho; agroindústria; apicultura; aquicultura; avicultura; bovinocultura; cafeicultura; legislação; produção vegetal; equideocultura; fruticultura; gestão e empreendedorismo; grãos, fibras e oleaginosas; horticultura; ovinocaprinocultura; construções rurais; agricultura de precisão; piscicultura e silvicultura. Basta acessar o conteúdo, basta clicar aqui e fazer o download.
“Se você quer impulsionar sua carreira e carimbar mais conhecimentos no currículo, aproveite esta oportunidade”, orienta Graziela Freitas, coordenadora do Departamento Técnico do Senar Alagoas.
Em um período que se faz necessário passar mais horas que o comum em casa, a metodologia de ensino a distância se torna a forma mais segura de continuar estudando. O material pode servir como um apoio na busca pelo conhecimento.
A linguagem utilizada na produção do material segue uma sequência lógica e prioriza o processo de aprendizagem de acordo com a metodologia desenvolvida pelo Senar. Todas as cartilhas são ilustradas com imagens que representam os processos e as atividades descritas em todo o conteúdo, para facilitar o entendimento do leitor.
Outro recurso bastante interessante utilizado é o QR Code. A partir do celular, o estudante consegue ter acesso a conteúdos adicionais, como vídeos e legislação. “Pensamos no futuro profissional das pessoas e ajudamos a levar conhecimento mesmo em períodos mais difíceis como o que estamos vivendo. Desejamos sucesso a todos em sua jornada de estudos”, comenta Graziela Freitas.
Para Álvaro Almeida, a falta de alimentos prejudicaria a saúde das pessoas e aprofundaria uma crise sem precedentes
Álvaro Almeida: “Mais uma vez o setor produtivo rural mostrará sua importância”
O isolamento social e a paralisação de eventos que ensejem a aglomeração de pessoas tem sido a melhor estratégia de contenção da pandemia do Covid-19 em todo o mundo. Governos e sociedades responsáveis têm adotado este caminho, porém, alguns segmentos essenciais não podem deixar de funcionar plenamente, a exemplo de toda a cadeia da saúde e das atividades de produção e comercialização de alimentos.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, a produção de alimentos precisa continuar acontecendo de forma protegida. “Mais uma vez o setor produtivo rural demonstrará a sua importância para a manutenção da estabilidade econômica e o seu compromisso com a saúde e a vida das pessoas, que também serão prejudicadas se houver falta de alimentos ou irregularidades no abastecimento. Seria o aprofundamento de uma crise sem precedentes”, observa Almeida.
Uma pesquisa realizada pela Neogrid, empresa de tecnologia que monitora pedidos do varejo para a indústria, aponta uma redução de produtos nas prateleiras dos supermercados de todo o país, pois muitos brasileiros têm estocado alimentos e itens de higiene e limpeza por causa do coronavírus. O estudo, divulgado pela Agência Estado, revela que o desabastecimento nas prateleiras chegou a 11,3% no último sábado, 14, em cerca de 20 mil lojas. Alimentos básicos, como leite em pó, longa vida, massas e açúcar estão na lista dos mais procurados e enfrentam escassez.
O avanço do coronavírus em Portugal e na Espanha também provocou uma corrida aos supermercados. Em Madri e outras cidades, estabelecimentos comerciais fecharam as portas por falta de mercadorias. Além dos alimentos, os europeus estocam água mineral e papel higiênico.
Nessa quarta-feira, 18, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – divulgou uma nota em defesa da manutenção da produção e comercialização de alimentos. “Esperamos que o Governo assegure que a cadeia de abastecimento seja protegida e garantido o seu funcionamento, com regras adequadas e com o suporte econômico que for necessário. E que as autoridades estejam atentas para impedir qualquer tentativa de manipulação ou especulação por parte de maus brasileiros”, diz a nota, assinada em conjunto com as federações da agricultura de todo o país.