Agronordeste: técnicos de campo de Alagoas criam caderno para avicultores

Lays Barros: “Ficamos bem felizes e realizados com todo o apoio dado pelo Senar Alagoas”

Técnicos de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – desenvolveram um modelo de caderno específico para os avicultores que recebem assistência técnica por meio do programa Agronordeste. Construído a partir da necessidade da coleta de dados e registros periódicos na atividade da avicultura, o material idealizado pelos zootecnistas Lays Barros, Ícaro Victor Valério e Diego Damasceno foi aprovado pelo Senar Nacional e despertou o interesse da regional do Rio Grande do Norte. Em fase de produção, os cadernos serão distribuídos entre os produtores alagoanos.

“Decidimos montar tabelas de acompanhamento técnico e gerencial de acordo com a realidade e perfil dos avicultores do Sertão de Alagoas. Fizemos as tabelas com referência em alguns artigos científicos de avicultura de corte e postura em sistema colonial, reunimos as informações e percebemos que tínhamos material suficiente para resolver o problema da ausência de dados na avicultura da nossa região. Ficamos bem felizes e realizados com todo o apoio dado pelo Senar Alagoas, que acolheu e promover nossa ideia”, comenta a zootecnista e técnica de campo Lays Barros.

Diego Damasceno: “Todas as informações são muito importantes para a avaliação da assistência técnica e gerencial”

“O caderno apresenta planilhas para serem alimentadas diariamente pelo produtor, com as informações de custos, lucros, controle sanitário e pesagem, ocorrências dentro da atividade, tudo para auxiliá-lo e ao mesmo tempo nos deixar informados, no decorrer do mês. Todas as informações são muito importantes para a avaliação da assistência técnica e gerencial”, enfatiza Diego Damasceno.

Ícaro Victor Valério explica que, dentro do acompanhamento técnico, é de suma importância a coleta de informações para que os técnicos construam indicadores para a mensuração produtiva de cada unidade acompanhada. “Pensamos no caderno como uma ferramenta para ajudar não só a nós, técnicos, como também aos produtores que, trabalhando com essa ferramenta, iniciam o seu processo de gestão do negócio”, afirma.

“Baseamos o caderno de coleta de informações nos temas de maior relevância para o Programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, dando ênfase ao controle produtivo de carne e ovos, sanitário, financeiro e diário de uma propriedade. O caderno vem para somar às demais ferramentas que o programa dispõe, profissionalizando cada vez mais o homem do campo, a partir de uma gestão consciente do seu negócio”, acrescenta Ícaro.

Ícaro Victor: “Trabalhando com essa ferramenta, os produtores iniciam o seu processo de gestão do negócio”

A coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Luana Torres, elogia a iniciativa. “Havíamos conversado sobre a necessidade de ter algum tipo de material de controle desses indicadores e pensamos em algumas planilhas, mas eles fizeram ainda melhor e criaram o caderno. Isso mostra como faz toda diferença ter uma equipe de técnicos de campo excelente, como tem sido a do Agronordeste. Temos muito orgulho da equipe selecionada para esse projeto, que vem mostrando resultados incríveis”, avalia.

“É preciso criar uma relação de confiança com os técnicos e instigar a todo momento para que sejam inovadores. O trabalho deu tão certo que a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) nos pediu para apresentar o caderno com a intenção de utilizar para as demais regionais inseridas no Agronordeste, uma vez que o material se adequa ao perfil de produtor do projeto”, diz Luana.

Senar Alagoas credencia técnicos de campo

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – precisa de técnicos de campo para formar cerca de 40 novas turmas de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – no Estado. Dois editais de credenciamento estão disponíveis (clique aqui para acessar), o primeiro para o Programa Agronordeste e o segundo para projetos da regional do Senar em todo o estado.

As vagas são para técnicos com formação vinculada às áreas da pecuária, agricultura e agroindústria, a exemplo de zootecnistas, veterinários, administradores, agrônomos, nutricionistas, técnicos agrícolas e de laticínios, entre outros profissionais que atendam aos pré-requisitos dos editais.

O técnico de campo faz o atendimento aos produtores rurais por meio de visitas às propriedades, onde transmite conhecimentos relacionados à gestão técnica, econômica e ambiental da empresa rural orientando as atividades desenvolvidas nas propriedades.
Os aprovados no processo seletivo são acionados pelo Senar Alagoas, de acordo com as demandas. Cada técnico pode visitar até 30 propriedades rurais por mês, num período de até dois anos. O valor da visita é de R$ 200 e o profissional, portanto, pode receber até R$ 6 mil mensais pelo trabalho.

ATeG
A Assistência Técnica e Gerencial do Senar é uma metodologia que visa atender produtores rurais, adotando um modelo de gestão e operação continuada, que engloba todos os processos da atividade produtiva na propriedade.

O principal objetivo é promover o incremento de renda e produtividade baseado no diagnóstico, planejamento, adequação tecnológica, capacitação complementar e avaliação de resultados nas propriedades rurais, que recebem visitas periódicas e individuais realizadas pelo técnico com foco em uma atividade produtiva priorizada pelo produtor.

A ATeG é feita com base em um planejamento estratégico construído junto com o produtor e diretamente relacionado a um programa de capacitação profissional que possa gerenciar seu negócio com um empreendimento rural de sucesso.

DITR deve ser entregue entre 17 de agosto e 30 de setembro

A Receita Federal definiu o prazo de 17 der agosto a 30 de setembro para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – DITR – Exercício 2020. AS datas foram divulgadas na Instrução Normativa RFB nº 1.967, que estabelece as normas e os procedimentos para a apresentação da DITR, informa os critérios de obrigatoriedade, a necessidade do uso de computador na elaboração da declaração, e as consequências da apresentação fora do prazo estabelecido, entre outras informações.

Está obrigada a apresentar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural a pessoa física ou jurídica, exceto a imune ou isenta, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título do imóvel rural. Também está obrigada a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2020 e a data da efetiva apresentação da declaração, perdeu a posse do imóvel rural ou o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do expropriante.

Em Alagoas, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – oferece o serviço de orientação aos produtores rurais que estão em dia com a contribuição sindical e precisam fazer a declaração de ITR. Por conta da pandemia de Covid-19, os atendimentos acontecem por telefone e WhatsApp, nos números (82) 9.8889-4087 ou 9.8878-3618, e também pelo e-mail carla@faeal.org.br.

A DITR deve ser elaborada com uso de computador, por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, disponibilizado na página da Receita Federal www.receita.economia.gov.br. A declaração pode ser transmitida pela Internet ou entregue em uma mídia removível acessível por porta USB nas unidades da Receita Federal.

A multa para quem apresentar a DITR depois do prazo é de 1% (um por cento) ao mês ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o total do imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais).

Se, depois da apresentação da declaração, o contribuinte verificar que cometeu erros ou omitiu informações, deve, antes de iniciado o procedimento de lançamento de ofício, apresentar DITR retificadora, sem a interrupção do pagamento do imposto apurado na declaração original. A DITR retificadora tem a mesma natureza da originariamente apresentada, substituindo-a integralmente. Por isso, a declaração retificadora deve conter todas as informações anteriormente prestadas com as alterações e exclusões necessárias bem como as informações adicionadas, se for o caso.

O valor do imposto pode ser pago em até 4 (quatro) quotas iguais, mensais e sucessivas, sendo que nenhuma quota pode ter valor inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais). O imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única. A quota única ou a 1ª (primeira) quota deve ser paga até o dia 30 de setembro de 2020, último dia do prazo para a apresentação da DITR.

O imposto pode ser pago mediante transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos das instituições financeiras autorizadas pela Receita Federal a operar com essa modalidade de arrecadação ou por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais.

Criada por ex-alunos do Senar, cooperativa inova com a venda de cestas agroecológicas

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

Criada por ex-alunos do curso de Cooperativismo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, a cooperativa Cheiro da Terra, com sede no município de Inhapi, no Sertão alagoano, é um exemplo de inovação. Voltada para a produção, comercialização e distribuição de alimentos livres de defensivos agrícolas, a instituição criou cestas agroecológicas como forma de expandir os negócios para 30 famílias cooperadas e mais de mil agricultores vinculados às associações parceiras.

A cestas são montadas de acordo com o desejo do cliente e os produtos podem ser entregues em domicílio ou nos pontos de entrega. Entre os alimentos ofertados pelo grupo estão laticínios, compotas de doces, hortifruti e cereais, todos provenientes da agricultura familiar.

“Determinação, resiliência, educação empreendedora e gestão foram cruciais para chegarmos onde estamos hoje. A humildade também deve caminhar lado a lado com os membros de qualquer organização” avalia Adriano Ferreira, presidente da Cheiro da Terra.

A cooperativa vem se consolidando no mercado desde 2013, ano em que foi criada. Instrutora do Senar Alagoas, Helena Pacheco testemunhou, em sala de aula, a idealização da Cheiro da Terra. “Fico muito lisonjeada em saber que a ideia de cooperativismo não é somente uma carga teórica, mas algo que transpassa essa ideia. É saber que despertamos o espírito cooperativista nas pessoas. Estou feliz por ter sido a mensageira do Senar para transformar vidas”, comenta.

Incra lança em agosto o CCIR referente ao exercício 2020

O Incra lançará o Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais – CCIR –, referente ao exercício 2020, no próximo dia 17 de agosto. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – oferecerá o serviço de orientação aos produtores rurais que estão em dia com a contribuição sindical e precisam emitir o documento. Por conta da pandemia de Covid-19, os atendimentos acontecerão por telefone e WhatsApp, nos números (82) 9.8889-4087 ou 9.8878-3618, e também pelo e-mail carla@faeal.org.br.

Para emitir o CCIR, proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóvel rural deverão acessar o endereço eletrônico https://sncr.serpro.gov.br/ccir/emissao. O documento também poderá ser acessado por meio de dispositivos móveis. O aplicativo SNCR-Mobile está disponível para instalação nas plataformas Google Play ou App Store.

Também é possível emitir o CCIR junto às Salas da Cidadania das Superintendências Regionais, Unidades Avançadas do Incra, Salas da Cidadania Digital, Unidades Municipais de Cadastramento – UMCs – e através da Declaração de Cadastro Rural – DCR, na página https://sncr.serpro.gov.br/dcr. Para ser considerado válido, é necessário que seja efetuado o pagamento da Taxa de Serviços Cadastrais na rede de atendimento do Banco do Brasil.

O CCIR, documento fornecido pelo Incra, constitui prova do cadastro do imóvel rural, sendo indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural, bem como para homologação de partilha amigável ou judicial (sucessão causa mortis) de acordo com os parágrafos 1º e 2º do artigo 22 da Lei nº 4.947, de 6 de abril de 1966, modificado pelo artigo 1º da Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. Sem a apresentação do CCIR os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóvel rural não poderão, sob pena de nulidade, realizar as mencionadas operações.

As informações constantes do CCIR são exclusivamente cadastrais e, nos termos do parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, “não fazem prova de propriedade ou de direitos a ela relativos”.

Dúvidas poderão ser esclarecidas junto as Superintendências Regionais, Unidades Avançadas do Incra, Salas da Cidadania e Unidades Municipais de Cadastramento – UMC –, que funcionam em cooperação com as Prefeituras Municipais.

 

Pesquisa comprova o avanço do Programa de Saúde do Homem do Senar em Alagoas

Em 2019, oito municípios foram incluídos e o número de atendimentos cresceu mais de 133%, se comparado a 2018

O ano de 2019 foi marcado pela expansão do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo – PNAISHC –, também conhecido como Programa de Saúde do Homem, em Alagoas. Ao mesmo tempo, a iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU – ampliou significativamente o acesso do homem rural aos serviços médicos de prevenção e diagnóstico de doenças da próstata e do pênis.

Dos 14 municípios atendidos atualmente pelo programa, oito foram incluídos no ano passado. Os 1.439 atendimentos realizados em 2019 representam um aumento de 133,2%, se comparados aos 617 registrados em 2018. Os dados estão no trabalho de conclusão de curso de Josinaldo Santos da Costa, formando em Medicina pela Universidade Estadual de Ciências de Saúde de Alagoas – Uncisal. A orientação foi do urologista e professor Mário Ronalsa Brandão Filho, idealizador do PNAISHC.

Josinaldo participou do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo pela Liga Urológica Acadêmica da Uncisal. No TCC, além de analisar a expansão do programa em Alagoas, ele também avaliou a adesão da população masculina. Após assistir à palestra sobre doenças da próstata e do pênis, somente 0,14% dos pacientes se negaram a fazer o exame de toque retal. “Quando orientado sobre a importância da prevenção, o homem perde o preconceito ou medo. O que falta a esses pacientes é acesso ao serviço de saúde e orientações sobre prevenção e educação em saúde. Tudo sso é feito no programa”, destaca Josinaldo.

A pesquisa mostra que cerca de 70% dos alagoanos que participaram do PNAISHC em 2019 nunca haviam sido consultados por um urologista. 10% desses pacientes tinham histórico familiar para câncer de próstata e 16% já apresentavam algum tipo de problema urinário.

“Cerca de 86% dos homens atendidos tinham idade entre 50 e 80 anos, faixa etária recomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia para que seja realizada a avaliação com um urologista. Porém, aproximadamente 12% dos pacientes com menos de 50 anos, portanto, fora da faixa etária recomendada, se propuseram a fazer o exame, mesmo sabendo da não obrigatoriedade. Isso demonstra que muitas pessoas, tendo acesso ao serviço, se disponibilizam a ser examinadas”, analisa Josinaldo da Costa.

Josinaldo ministra palestra para homens do campo no município de Belém

O urologista e professor Mário Ronalsa ressalta que o programa criado pelo Senar em parceria com a SBU é o único no mundo voltado exclusivamente para a saúde do homem do campo. “Tanto é que o Ministério da Saúde não tem esses números que nós temos e os dados falam por si. 12% de indivíduos que nem precisariam se submeter ao toque retal foram conscientizados nas palestras. A quantidade de pacientes que não aceitam fazer o exame é ínfima, então, o que falta é assistência de saúde nas esferas municipal, estadual e federal”, ressalta.

O programa
Por meio de palestras, treinamentos e oficinas, o Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo promove a educação, conscientização e orientação sobre temas como câncer de próstata e de pênis, infecções sexualmente transmissíveis, saneamento básico, saúde e segurança do trabalhador. Além disso, o PNAISHC também realiza a prevenção e diagnóstico de doenças, por meio de consultas com o urologista e exames laboratoriais.

Para receber o programa, as prefeituras devem fazer uma solicitação formal ao Senar Alagoas. As metas do PNAISH, por município, são 120 exames de PSA, 80 toques retais, 80 testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais, 100 vacinas, participação de 70 homens na oficina e 200 na palestra. Esses números geralmente são superados devido à grande demanda por urologista e exames de PSA.

“A ação é planejada juntamente com as secretarias de Saúde dos municípios e nós fazemos todo o acompanhamento, até a entrega dos resultados dos exames. Quando há alterações, os municípios encaminham os pacientes para o devido tratamento”, explica a coordenadora dos programas de saúde do Senar Alagoas, Andrea Vieira.

“O Senar contribui para a saúde e a melhoria da população do campo, muitas vezes, preenchendo espaços importantes que o poder público não consegue ocupar. Temos relatos de homens que só tiveram acesso à consulta com urologista e aos exames graças ao programa, descobriram o câncer de próstata em tempo hábil e hoje estão curados. Isso é muito gratificante”, comemora Álvaro Almeida, presidente do Conselho Administrativo do Senar Alagoas e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas.

Senar Alagoas atende 300 produtores na primeira fase do Programa Agronordeste

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

Orientações dos técnicos de campo já produzem avanços significativos na horticultura, avicultura e bovinocultura de leite

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – já atendeu 300 produtores rurais na primeira etapa do Programa Agronordeste. Conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa –, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, entre outras instituições, o programa tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região Nordeste.

O Agronordeste foi lançado no último mês de outubro e é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte de sua produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Os 300 produtores atendidos pelos técnicos de campo programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, nesta primeira fase do programa, estão em seis municípios: Estrela de Alagoas, Jaramataia, Olho D’Água das Flores, Major Izidoro, Delmiro Gouveia e Água Branca. O plano de ação tem duração de dois anos, com a meta de atingir positivamente 1.157 propriedades no estado.

Os técnicos de campo do Senar encontraram diversos problemas, como pragas e doenças que estavam dizimando hortas na cidade de Olho D’água das Flores. “Alguns produtores tinham perdido praticamente 100% da produção. Com o auxílio dos técnicos, utilizando métodos simples, como armadilhas de casca de ovos, 60% da produção foi recuperada em um período de 20 dias”, observa a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas, Luana Torres.

Já no município de Delmiro Gouveia, o principal problema era o baixo desenvolvimento das mudas, que, após três meses de trabalho intensivo dos técnicos de campo, começaram a se desenvolver de forma saudável. “Ter um técnico que possa tirar dúvidas do produtor rural e dar sugestões sobre sua propriedade e as atividades que ele desenvolve é a melhor coisa já aconteceu. Muitos produtores estão se sentindo mais seguros agora para produzir e aumentar suas atividades”, avalia Sidney Rocha, supervisor de Assistência Técnica e Gerencial do Senar AL.

A mudança no manejo das aves de postura também foi importante para que o valor nutricional dos ovos aumentasse. A reforma e limpeza dos galinheiros, a detecção de aves com coriza, a implementação de protocolos de vacinação e a aquisição de novas aves foram ações adotadas pelos produtores após o início das visitas e orientações dadas pelos técnicos de campo do Senar Alagoas.

O Programa Agronordeste também registra avanços para a bovinocultura de leite. “O cenário encontrado era a ausência de manejo sanitário, de linha de ordenha, de dados zootécnicos, informações sobre custos de produção e algumas outras deficiências. Hoje, a realidade dessas propriedades é completamente diferente. Sistemas de ordenha, planejamento forrageiro, organização da dieta dos animais foram metodologias implementadas; testes para detectar mastite são aplicados nos animais e protocolos de sanidade animal fazem parte do manejo”, ressalta Luana Torres.

As anotações diárias em tabelas com indicadores de atividade e a coleta de indicadores técnicos são a estratégia para suprir a carência de dados existentes. Os dados coletados referem-se ao preço do leite, peso dos animais, porcentagem de sobras da alimentação do rebanho, venda ou compra de animais, entre outros indicadores.

Pandemia
As dificuldades enfrentadas por produtores e técnicos de campo no início do processo, em virtude da pandemia de covid-19, foram solucionadas com uso de máscaras, álcool em gel, luvas e respeitando-se o distanciamento social. “Tomamos muitos cuidados. Quando algum técnico está com sintomas ou dificuldade de realizar o atendimento presencial, ele é realizado de forma virtual”, diz Sidney Rocha.

Para Luana Torres, os resultados alcançados já eram esperados no planejamento do programa, devido à competência, responsabilidade e compromisso de todos os envolvidos. “Os técnicos realizam atendimentos de forma personalizada, pois as propriedades assistidas possuem realidades diferentes. Outro fator importante foi a parceria dos municípios, houve a mobilização de algumas secretarias municipais de agricultura”, pontua a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas.

O trabalho de assistência técnica do Senar Alagoas, pelo programa Agronordeste, também foi reportagem de capa do jornal Gazeta Rural. Clique aqui e confira.

Operações de Barter ajudam a reduzir custos na produção de grãos

Ilustração: terramagna.com.br

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

As Operações de Barter são uma estratégia interessante para a redução de custos na produção de grãos. A prática – em que o produtor troca produtos agropecuários, como milho, açúcar, soja e algodão por insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos – vem ganhando força no mercado e chega a representar mais de 20% do faturamento de empresas de insumos de grande porte.

Segundo a coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, Luana Torres, é importante que a transação seja formalizada. “Para que isso aconteça, o produtor assina a Cédula de Produto Rural (CPL). Este contrato é uma forma de assegurar que ambas as partes cumprirão o que foi determinado anteriormente, é um documento legal e deve ser autenticado em cartório, o que beneficia produtores e vendedores”, orienta.

“A Troca de Barter é uma solução para que os produtores utilizem seus produtos para adquirir não somente insumos, mas tecnologia. Infelizmente, é uma operação pouco divulgada em nosso estado, mas que pode trazer muitos benefícios, tanto para o produtor rural, quanto para a cooperativa e empresa de insumos envolvidas”, observa Luana.

A Operação ou Troca de Barter – termo inglês que significa permuta – começou a ser adotada no Brasil no início da década de 90, a partir do interesse das tradings (empresas comercializadoras de grãos), em negócios de compra e venda de soja no Cerrado. Hoje, multinacionais como as norte-americanas Bunge e Monsanto, a norueguesa Yara e a alemã Bayer utilizam este método mercadológico em suas operações e mostram que a troca é um modo muito efetivo e benéfico para todos os envolvidos.

A organização da cadeia envolve o produtor, que dispõe de produto para trocar por insumos ou maquinários; o fornecedor de insumos ou maquinários, que deseja vender defensivos, fertilizantes, sementes, tratores, colheitadeiras; e o trading ou consumidor de grãos, que tem interesse no grão para venda ou consumo.

Se os integrantes da cadeia trabalham mais próximos, maior é o benefício geral. As empresas fornecedoras, por exemplo, geralmente não têm interesse em ganhar no valor do grão e repassam esse direito para a indústria consumidora e para as tradings.

Para o produtor rural, as operações de Barter protegem o custo de variações do preço da commodity e facilitam o gerenciamento do negócio. O agricultor consegue prever o custo da operação sem precisar ficar exposto às taxas de juros bancários. Outro benefício é a tranquilidade na armazenagem, já que grãos utilizados na troca têm destino certo antes mesmo da estocagem.

Senar abre inscrições para a 4ª edição do CNA Jovem

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) abriu nesta sexta (10) as inscrições para a quarta edição do CNA Jovem, programa de desenvolvimento de novas lideranças para o agro.

O programa gratuito tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento de novas lideranças para enfrentar desafios e buscar inovações para a agropecuária brasileira em cinco áreas: institucional, sindical, político-partidária, empresarial e educacional.

Por meio de capacitação em técnicas de inovação e liderança, o CNA Jovem produz um elenco de iniciativas com resolutividade para desafios do setor e proporciona aos participantes desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, compreensão do seu propósito e atuação de liderança.

Além da oportunidade de se relacionar com outros líderes potenciais do Brasil inteiro, os participantes do CNA Jovem passam a conhecer melhor a realidade dos diversos estados, regiões e cadeias produtivas, inclusive tendo acesso a profissionais de grande experiência e referência na área.

Ao final do programa, os jovens passam a integrar uma rede de intercâmbio entre os participantes de todo o país, que permite que eles trabalhem suas iniciativas de liderança, criem propostas inovadoras para o avanço do setor e atuem em questões de interesse do agro.

Inscrições
Podem participar do programa jovens com idade entre 22 e 30 anos, formação técnica ou superior completa e que possuam algum vínculo com o setor agropecuário, como ser filho de produtor rural, atuar no meio rural ou possuir formação na área de ciências agrárias.

O CNA Jovem foi reestruturado e traz novidades com etapas classificatórias e eliminatórias. Para se inscrever ou obter mais informações sobre o programa, acesse o site cnajovem.org.br.

Técnica do Senar orienta sobre manejo de aves poedeiras

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

As aves destinadas à produção de ovos são conhecidas como poedeiras ou de postura. Para que os ovos sejam considerados de alto valor nutricional é necessário seguir algumas regras de manejo, instalações, ambiente e nutrição.

O manejo dessas aves é feito de forma diferente do corte caipira, são animais que precisam de ninhos, poleiros e principalmente de bem-estar. Segundo Lays Barros, zootecnista e técnica de campo do programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, quanto menos estresse a ave sofrer, melhor para a produção.

“É superimportante que o produtor sempre leve em consideração o bem-estar animal. São aves leves, seu peso gira em torno de 1,5 a 1,6 Kg no fim da postura; são animais que passam um tempo maior dentro da propriedades, entre 2,5 a 3 anos, e, em seus primeiros 6 meses, estão em desenvolvimento. Por isso, é necessário seguir o protocolo de vacinação correta, para protegê-las de doenças como new castle, bouba aviária, marek e coriza”, orienta Lays.

Fases da criação
A criação de aves pode ser dividida em três fases:
1ª Fase – Cria ou Inicial: de 1 dia até 6 semanas de idade;
2ª Fase – Recria: de 7 a 17 semanas de idade;
3º Fase – Produção: de 18 a 76 semanas de idade, podendo ainda se estender de 90 até 120 semanas se for realizada uma ou duas mudas forçadas. Geralmente esta prática está diretamente ligada ao preço do ovo no mercado.

Período de postura
O início do ciclo varia de acordo com as condições de manejo, da época que as galinhas nasceram e da incidência de doenças. Contudo,  geralmente, a postura começa por volta dos 180  a 197  dias, que correspondem a 6 meses e meio de idade .

Avicultura de postura e corte caipira: qual a diferença?
A avicultura de postura se destina exclusivamente à criação de galinhas para produção de ovos. A produção pode se dividir entre ovos para a reprodução e a para o consumo. A diferença que se faz entre uma e outra é a presença do galo.

No manejo de corte caipira, a produção de ovos é voltada para reprodução, então, se faz necessária a presença do galo para que sejam “galados”, ou seja, fertilizados. Já na produção de ovos para consumo, sua presença é dispensável, porque os ovos estéreis se conservam melhor.