Senar capacita 2 mil alagoanos em ano de pandemia

Em um 2020 marcado por uma pandemia de escala mundial, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – seguiu promovendo ações de assistência técnica e gerencial, formação profissional rural e promoção social que beneficiaram cerca de 2 mil alagoanos, sobretudo, pequenos produtores e familiares em todo o estado.

Aproximadamente 1.100 produtores receberam assistência técnica e gerencial do Senar em Alagoas, dos quais, 90 por um programa próprio da instituição e 1.010 pelo Agronordeste, iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com o Sistema CNA/Senar e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater. Em Alagoas, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária – Faeal –, a regional do Senar colaborou para a melhoria, o aumento da produção e da renda em 18 municípios, nas cadeias de avicultura, bovinocultura, fruticultura, olericultura, ovinocaprinocultura, apicultura e piscicultura.

“Se o trabalho de assistência técnica e gerencial do Senar Alagoas já contribuía significativamente para a profissionalização e o aumento da produção nas pequenas propriedades rurais, a abertura de novos mercados e a geração de renda para as famílias, na pandemia este trabalho ganhou ainda mais importância. Em um determinado momento, foi preciso fazer atendimentos remotos, até mesmo por telefone, com os produtores que não dispõem de internet, mas o Senar não parou”, destaca o superintendente do Senar Alagoas, Fernando Dória.

“Os resultados são impressionantes. Tem agricultor que recuperou uma plantação totalmente destruída por pragas em pouco mais de 20 dias, bovinocultores de leite que aumentaram o lucro mensal em até 650%, avicultora cujas aves começaram a produzir após oito meses sem pôr um ovo sequer. Estes são apenas alguns exemplos da competência e comprometimento dos nossos técnicos de campo e de como o Senar é capaz de mudar a vida das pessoas”, comenta Luana Torres, coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas.

FPR e PS
O trabalho do Senar Alagoas com os cursos de Formação Profissional Rural – FPR – e Promoção Social – PS – em 2020 também produziu resultados muito significativos em um contexto de pandemia. Foram cerca de 900 alagoanos capacitados. “Executamos 66 ações durante o ano, com a participação de 663 pessoas, em 22 municípios. Promovemos cursos em diversas áreas, como agricultura, agroindústria, aquicultura, pecuária, atividades de apoio agrossilvipastoril, educação e saúde”, afirma a coordenadora do Departamento Técnico, Graziela Freitas.

Na educação formal, o Senar Alagoas inaugurou mais seis polos para o Curso Técnico em Agronegócio, entre outros, com o ingresso de 125 alunos. “Ao todo, atendemos 161 estudantes. Já as ações do Programa Jovem Aprendiz foram praticamente suspensas, por conta da pandemia. Ainda assim, capacitamos 23 alunos no curso de Mecânico de Manutenção de Tratores. Muitos desses jovens são contratados pelas empresas parceiras e isso é importante para fixá-los no campo, dar a eles uma perspectiva melhor de futuro profissional e contribuir para a geração de empregos e renda nas áreas rurais”, avalia Graziela.

Outras ações
O Programa Mais Pasto, iniciativa do Senar Alagoas voltada para pequenos e médios pecuaristas que une capacitações periódicas, consultorias coletivas e assistência técnica mensal nas propriedades registrou 153 visitas a 18 fazendas, em 15 municípios, além das aulas teóricas para os produtores realizadas na sede da instituição.

O Senar Alagoas também divulgou o Boletim Técnico 2020 do Programa Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável, com o objetivo de fornecer informações que auxiliem o produtor rural a escolher as plantas forrageiras mais adequadas para o seu sistema de produção. O boletim sugere um cardápio forrageiro elaborado a partir das características físicas e químicas do solo e da avaliação do clima durante os últimos dois anos. 16 plantas foram testadas, seis para produção de silagem, outras seis para a implantação de pasto e quatro tipos de palma para poupança forrageira.

Expectativas para 2021
Novos grupos de assistência técnica e gerencial continuam sendo mobilizados em Alagoas, seja pelo Agronordeste ou pelos programas próprios do Senar. Além disso, no último mês de novembro, a instituição firmou um convênio com o Sebrae Alagoas que visa contribuir para o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas da fruticultura e horticultura nas regiões do Sertão, Agreste e Zona da Mata do estado.

A parceria Senar e Sebrae é voltada para 210 pequenos negócios, agroindústrias, cooperativas e empreendimentos rurais e urbanos com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ao todo, 1.965 pequenos produtores rurais e familiares serão beneficiados com capacitação técnica e gerencial, ações de formação profissional rural – para agregar valor à produção e estimular a inserção nas compras governamentais e no mercado privado –, e por meio da metodologia do Programa Negócio Certo Rural, que ensina o produtor a empreender, desenvolver e administrar a propriedade como uma empresa. O prazo de execução do programa é de 27 meses.

Na área de educação formal, a grande notícia é a chegada da Faculdade CNA a Alagoas, no Polo Maceió, que está com processo seletivo aberto para os cursos a distância em Gestão do Agronegócio, Processos Gerenciais, Gestão Ambiental e Gestão de Recursos Humanos. Em 2021 também começam as aulas do Curso Técnico em Fruticultura do Senar, que é gratuito, de nível médio e está com inscrições abertas para os polos de Arapiraca e Palmeira dos Índios.

Senar Alagoas dá boas-vindas aos candidatos do Programa Jovem Aprendiz

Maria Eduarda Xavier (estagiária sob supervisão)

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – visitou a escola Conceição Lyra para dar as boas-vindas ao estudantes participam do processo seletivo do Programa Jovem Aprendiz, para a turma do curso de Mecânico de Manutenção de Tratores, na Usina Caeté, município de São Miguel dos Campos. 

O objetivo do encontro foi explicar para os candidatos a metodologia de ensino, quais responsabilidades, direitos e deveres que eles possuem durante todo o programa. Voltado para jovens com idade entre 18 e 24 anos, que estejam cursando o ensino médio, o curso possui carga horária de mil horas, com módulos divididos em habilidades básicas e específicas.

“Muitos jovens gostariam de ter essa oportunidade e não têm, quem for selecionado, aproveite e agarre com unhas e dentes. Usufrua da chance que está recebendo de ser inserido no mercado de trabalho por meio do programa de aprendizagem”, pontua a coordenadora do Departamento Técnico do Senar Alagoas, Graziela Freitas.                                                                                                                                                                                      

Nos módulos de habilidades básicas está toda a parte teórica. Os alunos aprendem sobre comunicação, relação interpessoal, matemática, informática e gestão empreendedora. Nos de habilidades específicas, aprendem sobre a ocupação escolhida pela empresa parceira – no caso da Usina Caeté, mecânico de manutenção de tratores. Em seguida, partem para as atividades práticas dentro da empresa.

O programa tem duração de um ano, com 4 horas de aula por dia, de segunda à sexta-feira. O início das aulas está previsto para o próximo dia 18 de janeiro e sua finalização do curso, com as atividades práticas, em 19 de janeiro de 2022. Ao final do programa, os participantes recebem duas certificações: um certificado de conclusão de curso e outro de qualificação profissional.

Faeal, Senar e Emater discutem parceria em benefício dos pequenos produtores alagoanos

Gestores da Faeal, Senar e Emater discutem parceria

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – e o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas – Emater – iniciaram um processo de articulação para aproximar as ações de assistência técnica e as políticas que as instituições desenvolvem e beneficiam pequenos produtores rurais de todo o estado.

Os presidentes da Faeal e do Conselho Administrativo do Senar, Álvaro Almeida, e da  Emater, Adalberon Sá Júnior, iniciaram as tratativas na manhã desta segunda-feira, 14, em reunião na sede da Federação da Agricultura. O encontro contou com a participação do superintendente do Senar em Alagoas, Fernando Dória, e da superintendente de Operações Técnicas da Emater, Rita de Cássia Lima. Uma nova reunião para discutir a parceria, desta vez com as equipes técnicas das duas instituições, será agendada para a primeira semana de janeiro.

“Hoje o Senar Alagoas desenvolve ações de assistência técnica e gerencial, a exemplo do Programa Agronordeste, a Emater promove assistência técnica e extensão rural, portanto, estamos discutindo como complementar essas políticas. Se a gente fortalece essa parceria, soma essas forças, alcança ainda mais produtores”, afirma o presidente da Emater, Adalberon Sá Júnior.

Com a parceria, o produtor rural que já tem acesso à assistência técnica e gerencial do Senar Alagoas também terá todo o suporte e as orientações necessárias para a emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP – e a inclusão em programas de compras institucionais, como os de Aquisição de Alimentos – PAA – e de Alimentação Escolar – Pnae. Por outro lado, a ideia é que técnicos de campo da Emater e produtores rurais assistidos pelo Instituto de Inovação também sejam capaciados em ações do Senar.

“Não há dúvidas de que as ações conjuntas do Senar e da Emater, duas instituições que são referência de relevantes serviços prestados à população do campo, representará um ganho significativo em melhoria e aumento da produtividade, sobretudo, dos pequenos produtores rurais. O nosso objetivo é agregar outros agentes neste processo de aproximação de políticas e ações, para que possamos, juntos, fazer mais pelo pequeno produtor e com menos recursos”, comenta o presidente da Faeal e do Conselho Administrativo do Senar Alagoas, Álvaro Almeida.

 

Senar oferta vagas em Alagoas para curso técnico gratuito em Fruticultura

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – está com inscrições abertas para o Curso Técnico de Nível Médio em Fruticultura. No processo seletivo para as turmas do primeiro semestre de 2021, 950 vagas foram disponibilizadas em 34 polos de todo o país. Em Alagoas, 50 vagas foram igualmente distribuídas entre os polos de Arapiraca e Palmeira dos Índios.

Totalmente gratuito e reconhecido pelo Ministério da Educação, o Curso Técnico em Fruticultura tem duração de dois anos e meio, com 70% da carga horária na modalidade a distância e 30% em atividades presenciais nos polos e visitas técnicas. A oportunidade é ideal para jovens e adultos que já concluíram o ensino médio, vivem e trabalham no campo e desejam se capacitar tecnicamente para planejar, executar e controlar os processos da cadeia produtiva da fruticultura brasileira.

As atividades educacionais são semipresenciais, com os conteúdos a distância disponibilizados na Internet, em material impresso e videoaulas, além daqueles executados nos encontros presenciais, nos polos de apoio, que contemplam aulas teóricas, atividades práticas e avaliações.

Inscrições e matrículas
As inscrições também são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente no portal etec.senar.org.br, até o próximo dia 27 de janeiro. As vagas serão preenchidas prioritariamente por produtores rurais, seus familiares ou colaboradores. As vagas não ocupadas pelo público prioritário serão disponibilizadas ao público em geral.

Os candidatos aprovados deverão efetuar a matrícula entre os dias 13 e 22 de março. O início das aulas do Curso Técnico em Fruticultura está marcado para o dia 5 de abril. Para saber mais a documentação necessária no ato de inscrição e as regras do processo seletivo, basta clicar aqui e acessar o edital.

Senar promove assistência técnica para produtores de Girau do Ponciano

Maria Eduarda Xavier*

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – está beneficiando pequenos produtores do município de Girau do Ponciano, no agreste do estado, por meio do Programa Agronordeste. O trabalho começou com um grupo de 30 bovinocultores de leite e mais dois grupos estão sendo mobilizados, nas áreas de piscicultura e apicultura.

Ao todo, 90 famílias devem ser assistidas. Com duração média de 2 anos, o programa oferece assistência técnica e gerencial, com a visita mensal de técnicos de campo às propriedades. O objetivo é promover melhorias nas técnicas de manejo de animais e culturas na gestão em ambiente rural.

Para o secretário de Agricultura de Girau do Ponciano, Maciel Oliveira, a parceria entre o Senar Alagoas e o município vem trazendo qualidade de vida aos produtores e familiares. “Nós sempre buscamos os serviços do Senar por ser uma referência de qualidade. Com o lançamento do Programa Agronordeste, enxergamos a oportunidade de prestar assistência técnica e gerencial para esses pequenos produtores”, observa.

“As expectativas com a formação das novas turmas de piscicultura e apicultura são muito boas em virtude do sucesso que o grupo de bovinocultura de leite está apresentando, com ótimos resultados”, comenta Sidney Rocha, supervisor de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas.

Parceria
O trabalho de assistência técnica e gerencial do Senar Alagoas, tanto pelo programa Agronordeste, iniciativa do Governo Federal, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – e Anater, quanto por programas locais se dá em parceria com prefeituras e sindicatos rurais, para grupos de 30 produtores de uma mesma cultura.

As secretarias de agricultura dos municípios ou sindicatos rurais podem entrar em contato com o Senar por meio do telefone (82) 3217-9826 – atendimento das 8h às 14h – ou enviar e-mail para luana@senar-al.org.br.

* Estagiária sob supervisão.

Senar e Sebrae firmam convênio para desenvolver a fruticultura e horticultura em Alagoas

Nova parceria beneficiará quase 2 mil pequenos produtores e familiares com capacitação técnica, formação profissional rural e inovação

Gestores do Senar e Sebrae discutem convênio em videoconferência

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – e o Sebrae Alagoas firmaram um novo convênio com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas da fruticultura e horticultura nas regiões do Sertão, Agreste e Zona da Mata do estado. Batizado de Agronordeste Alagoas, o programa é voltado para 210 pequenos negócios, agroindústrias, cooperativas e empreendimentos rurais e urbanos com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O prazo de execução é de 27 meses.

Ao todo, 1.965 pequenos produtores rurais e familiares serão beneficiados com capacitação técnica e gerencial, ações de formação profissional rural – para agregar valor à produção e estimular a inserção nas compras governamentais e no mercado privado –, e por meio da metodologia do Programa Negócio Certo Rural, parceria do Senar e do Sebrae que ensina o produtor a empreender, desenvolver e administrar a propriedade como uma empresa rural.

“A proposta é trabalhar não somente as propriedades rurais, mas os importantes elos das cadeias produtivas, como as pequenas empresas de beneficiamento, transformação, insumos e agregação de valor da produção rural, a exemplo dos bares, restaurantes, mercados, lojas especializadas e empresas de serviços que vendem e compram essa produção. O eixo norteador dessa integração será definido por meio de estratégias de mercado e ferramentas de inovação, competitividade e sustentabilidade”, explica Álvaro Almeida, presidente do Conselho de Administração do Senar Alagoas.

A base para o desenvolvimento econômico e social também está associada ao crescimento de outros segmentos da economia como o industrial, comércio e o de serviços. O turismo, a economia criativa e o artesanato se inserem neste ecossistema. O convênio tem também como propósito contribuir para elevar os patamares econômicos e sociais por meio de investimentos em ações de inovação e tecnologia que otimizem e potencializem processos produtivos e novos negócios, e aproximem os elos destas cadeias produtivas.

Inovação
Segundo a analista de Competitividade e Desenvolvimento do Sebrae Alagoas, Vânia Britto, a inovação será um fator de diferenciação nas ações do convênio, com a identificação de regiões potenciais para produção de frutas e hortaliças, a introdução de tecnologias sociais para incremento da produção – a exemplo da implantação de barragens subterrâneas, dentre outras –, bem como a inserção de novos produtos no mercado.

“A ideia é iniciar com capacitações técnicas nestas atividades e com capacitações em gestão e empreendedorismo, para que os produtores com perfil empreendedor possam pensar sua propriedade como um negócio e, no decorrer do programa, ter acompanhamento técnico e gerencial. Neste sentido, trabalharemos com indicadores de desempenho operacional, produtividade e lucratividade, para que seus negócios possam ter uma modificação estrutural e consigam, portanto, sua independência no longo prazo. Adicionalmente, o projeto busca o fomento de novos produtos, serviços e processos e a abertura de novos mercados para os agricultores”, destaca Vânia.

Indicadores
As ações do Agronordeste Alagoas estão focadas na inserção competitiva dos produtores, cooperativas ou associações. O objetivo é que eles possam obter autonomia e incremento de faturamento com a conquista de novos mercados. O programa inclui 15 ações de Negócio Certo Rural, 85 cursos práticos nas áreas de formação profissional rural e agroindústria e a orientação técnica e gerencial de 210 produtores. Os cursos serão realizados com turmas reduzidas e seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19 preconizados pelas autoridades públicas de saúde.

Entre os indicadores, o programa prevê o aumento de 10% na produtividade dos empreendimentos rurais e na lucratividade total do grupo de empresas atendidas; o crescimento em 10% na participação dos pequenos negócios nas compras governamentais de Alagoas; além de produtos, serviços ou processos novos e aperfeiçoados em pelo menos 30% das empresas beneficiadas.

O Agronordeste Alagoas prevê, ainda, a inserção de tecnologias sociais, com a capacitação das comunidades para a construção de barragens subterrâneas em regiões identificadas como potenciais para a produção de frutas e hortaliças. Dez barragens serão construídas por meio do programa.

Agronordeste: bovinocultores de leite de Major Izidoro aumentam lucro mensal em até 650%

Alguns produtores do município de Major Izidoro vêm mudando hábitos antigos, adotados na bovinocultura de leite, graças à assistência técnica e gerencial do Programa Agronordeste, executada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas.

Com acompanhamento mensal e a elaboração de um plano estratégico, a realidade da atividade leiteira vem melhorando a cada dia. O planejamento dá ao produtor rural a capacidade de traçar metas e ter o controle de toda a produtividade do seu rebanho. A partir da adoção de novas práticas, o bovinocultor já observa melhorias na economia da propriedade.

Há registros de produtores que aumentaram o lucro mensal de R$ 1,2 mil para R$ 9 mil, e de R$ 4 mil para R$ 10 mil. Tudo isso como resultado de pequenas mudanças adotadas em cinco meses de assistência.

“Outro fator que contribuiu para o aumento da renda dos bovinocultores foi a valorização do litro do leite, que no início da pandemia chegou a custar menos de R$ 1,00 – com restrição de repasse somente em uma ordenha diária – e hoje está em torno de R$ 1,70, com repasse das ordenhas da manhã e da tarde”, explica a zootecnista Edivânia Salvador, técnica de campo do Senar Alagoas.

Desde o início do trabalho em Major Izidoro, as seguintes medidas foram adotadas e incluídas no plano estratégico de cada propriedade: melhor controle reprodutivo das vacas e novilhas; secagem de vacas; controle leiteiro; seleção de animais por produção; e medidas de higiene (adoção de boas práticas de ordenha; ambientes arejados que proporcionem bem-estar para os animais e para o ordenhador).

Com as indicações necessárias, os produtores rurais passaram a ter uma visão empresarial do seu negócio e a observar os resultados positivos gerados com o emprego da gestão e o controle na propriedade.

 

Senar lança curso de Boas Práticas na Produção Vegetal

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – está com inscrições abertas para o curso de Boas Práticas na Produção Vegetal. Ofertado na modalidade a distância, o curso tem o objetivo de capacitar produtores rurais quanto às diretrizes e normas para uma produção mais sustentável, incluindo a segurança alimentar.

Organizado em módulos, o curso tem carga horária de 20 horas e duração de 30 dias corridos. Os alunos contam com o apoio de um tutor e monitor no processo de ensino-aprendizagem, além de fórum, tira-dúvidas e um 0800 disponível durante a semana, em horário comercial.

O conteúdo abordado abrange temas importantes como produção integrada, uso responsável de defensivos agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade, além de todo o processo de produção de vegetais. Assim, busca-se obter alimentos seguros e com qualidade, sem contaminação de resíduos de defensivos agrícolas e que sejam passíveis de rastreabilidade.

Um diferencial neste curso é a avaliação de aprendizagem desenvolvida em formato de jogo para a tomada de decisão a partir de uma situação-problema, observando fatores como custo, benefício e produtividade, além de feedbacks construtivos para o participante a partir da decisão tomada.
As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas no Portal Senar EaD (ead.senar.org.br).

Pesquisa sugere cardápios forrageiros para o semiárido de Alagoas

O Programa Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável acaba de divulgar o Boletim Técnico 2020 da Unidade de Referência Tecnológica (URT) localizada no município de Batalha, em Alagoas. O objetivo do documento é fornecer informações que auxiliem o produtor rural a escolher as plantas forrageiras mais adequadas para o seu sistema de produção.

O boletim sugere um cardápio forrageiro elaborado a partir das características físicas e químicas do solo e da avaliação do clima durante os últimos dois anos. Leva em consideração a precipitação, temperatura e umidade relativa do ar, além do teor de água no solo. O cardápio engloba três elementos principais: reserva forrageira (silagem), área de pasto resistente à seca e poupança forrageira na forma de palma. A combinação pode conter, ainda, árvores que servem de alimento e sombra para os animais.

“A utilização do cardápio forrageiro traz como vantagens a ampliação da quantidade de forragem disponível na propriedade, fazendo o melhor aproveitamento da área; o aumento na qualidade da forragem por meio do uso de fontes ricas em proteína e materiais que mantém esse qualidade mesmo na época seca; e a redução de risco de perda de lavoura forrageira por ataques de pragas e doenças, diante da diversidade de épocas e tipos de cultivos”, explica a engenheira agrônoma do Senar Alagoas, Luana Torres.

“Aproveitar o melhor de cada grupo de plantas, cujas potencialidades se somam permitindo autonomia dos produtores no processo de produção do alimento é a contribuição mais relevante para viabilizar a pecuária em qualquer sistema de produção do semiárido, independentemente do tamanho da propriedade”, ressalta o responsável técnico pela URT de Batalha, Alexis Wanderley.

Cardápios forrageiros
Ao todo, 16 plantas foram testadas – seis para produção de silagem, outras seis para a implantação de pasto e quatro tipos de palma para poupança forrageira. Para os sistemas mais extensivos, em que a propriedade tem por base grandes áreas de pastagem e o foco é aumentar a produção do pasto, mas há pouca disponibilidade de área com condições ideais para plantio de forrageiras, ou o produtor não dispõe de recursos financeiros, maquinário e nem mão de obra suficiente para investir na produção de forragem, o estudo recomenda a utilização do Milheto BRS 1501 para silagem, Búfell Áridus para implantação de pasto e Orelha de Elefante Mexicana para poupança forrageira.

Para sistemas semi-intensivos, em que a propriedade realiza a manutenção do rebanho no pasto apenas no período chuvoso e faz o confinamento na estiagem, com alimentação do rebanho à base de silagem e fornecimento de palma forrageira no final da época seca, o boletim técnico recomenda a utilização de Sorgo Ponta Negra para silagem, Andropogon para pasto e Ipa Sertânia para poupança forrageira.

Já no caso dos sistemas intensivos, que utilizam o pasto, mas não dependem dele, pois são produzidos grandes volumes de silagem ou dispõe-se de um palmal extenso e adensado, o estudo recomenda a utilização de Milho BRS 2022 para silagem, Massai para pasto e palma Miúda para poupança forrageira.

Além das informações detalhadas sobre solo, clima e desempenho de todas as plantas testadas na URT de Batalha, o Boletim Técnico 2020 do Programa Forrageiras para o Semiárido traz orientações sobre preparo de solo, época de plantio, de colheita e tratos culturais, entre outras. Para acessar o documento na íntegra, clique aqui.

Aplicativo
O Programa Forrageiras para o Semiárido é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – por meio do Instituto CNA – e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As pesquisas acontecem em 13 Unidades de Referência Tecnológicas distribuídas no semiárido Brasileiro, o que inclui todos os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.

Em Alagoas, o projeto conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – e do Governo do Estado, que cedeu uma área do Parque de Exposições Mair Amaral, em Batalha, para a realização das pesquisas.

O projeto avalia o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para recomendação de novas opções de fonte de alimento para os rebanhos. Além disso, oferece o aplicativo Orçamento Forrageiro, ferramenta móvel que auxilia o produtor no processo de planejamento alimentar dos recursos forrageiros dos diversos sistemas de produção. O aplicativo está disponível nas plataformas Android e IOS.