No próximo dia 6 de abril, das 10h às 12h, o Senar Alagoas realizará uma live sobre Livro Caixa para o Produtor Rural. A live contará com as participações de Carla Christine, analista de Arrecadação do Senar AL, e Elielton Souza de Miranda, profissional com formação Contábil e mais de 15 anos de vivência prática em escritório Contábil. Elielton é instrutor de cursos por diversas Entidades Nacionais, como CRC, Senar, Sescon, Sescap, Federação de Contadores de Minas Gerais, Sindicatos Contábeis e empresas particulares.
A live será transmitida pelo Youtube e é necessário fazer uma inscrição. Para se inscrever, clique aqui.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – promoverá nesta segunda, 29, mais uma capacitação do Programa Mais Pasto. Transmitido pelo aplicativo Zoom, a partir das 13h30, o evento é voltado para pequenos e médios pecuaristas. O objetivo é capacitar os produtores para utilizar as forrageiras com máxima eficiência durante o período de inverno que se aproxima.
A aula será ministrada pelo consultor do Mais Pasto, André Sório, engenheiro agrônomo e mestre, com trabalhos voltados à produção intensiva baseada em pastagens, no Brasil e em diversos países da América Latina. Sório abordará os seguintes temas: manejo profissional de pastagens (as quatro leis); água para ruminantes (mais importante que o pasto); e cerca elétrica (o que saber para não ser enganado).
As inscrições para a capacitação estão abertas. Para mais informações, basta entrar em contato com o Senar pelo telefone (82) 3217-9826 – das 8h às 14h – ou no e-mail luana@senar-al.org.br.
O programa
O Mais Pasto capacita pequenos e médios pecuaristas para a utilização racional da pastagem e a gestão da propriedade rural. A intenção é que o produtor aproveite ao máximo o potencial dos pastos e melhore os resultados econômicos para ele, seus familiares e funcionários.
A partir do diagnóstico da situação de cada propriedade, um plano de melhorias, ações e investimentos é elaborado. Além capacitações periódicas e das consultorias coletivas, o programa garante acompanhamento técnico, com visitas mensais de instrutores do Senar Alagoas às propriedades.
O modelo vem produzindo resultados tão expressivos, que o Mais Pasto foi apresentado como exemplo de sucesso na última edição do Encontro Internacional de Pastoreio Voisin, realizada no Uruguai.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – capacita piscicultores da microrregião de Penedo por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial. A iniciativa auxilia 30 produtores na gestão da propriedade, melhoria da produção e aumento de renda.
Um bom exemplo está na cidade de Igreja Nova. Piscicultor há 25 anos, Renaldo Santos possui hoje 11 viveiros, com diversas espécies de peixes. Segundo ele, a assistência técnica do Senar é fundamental para apontar os melhores caminhos da produção.
“Passei a entender qual é a necessidade da alimentação diária do peixe, que antes eu fazia aleatoriamente. Com a assistência do Senar, aprendi a fazer da forma correta e, assim, deixei de ter desperdício, o que me trouxe mais lucro”, comenta Renaldo.
O trabalho também envolve medição dos parâmetros da água, para verificar a quantidade de oxigênio, amônia, salinidade, entre outras ações. “Muitos desses piscicultores iniciaram a criação sem conhecimento técnico algum. No último mês de outubro nós começamos o trabalho com as visitas às propriedades, cadastramos os produtores e hoje prestamos toda a assistência técnica e gerencial”, diz o zootecnista e técnico de campo do Senar Alagoas, Itairan Albuquerque.
Com as orientações de Itairan, Renaldo mudou até a forma de comercializar os peixes. “Antes eu repassava para um intermediário e a margem de lucro que me sobrava era muito pequena, então, optei por fazer a venda direta para o consumidor. Os meus fregueses vêm buscar o produto aqui no lote, assistem à pescaria e escolhem os peixes que querem levar”, relata o piscicultor.
Produtor de arroz, Raimundo Lazaro encontrou na assistência técnica do Senar um incentivo para investir na piscicultura. “O Itairan está me orientando como tudo deve ser feito, me acompanhando e eu ouvindo o que ele tem a passar para mim. Com o conhecimento dele e a minha força de vontade, tenho certeza de que vou chegar lá. Sem a assistência técnica, eu poderia estar fazendo uma loucura aqui, com grande chance de dar errado”, reconhece.
Presidente do Sindicato Rural de Penedo, Murilo Resende diz que o trabalho de assistência técnica para piscicultores na região nasceu por incentivo da Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, da qual também é integrante.
“Inicialmente tivemos dificuldade de agregar os produtores para trabalhar esse tipo de atividade, mas conseguimos. Hoje temos, na região de Piaçabuçu, Penedo e Igreja Nova, um técnico do Senar dando assistência a esses piscicultores. Isso é muito bom e atende a um propósito do nosso sindicato rural, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e do Sistema CNA como um todo para incentivar os nossos produtores a este tipo de atividade”, destaca Murilo.
A silagem de milho é um componente muito importante na alimentação de bovinos. Além do grande volume de nutrientes, de fácil digestão e ricos em energia, garante reservas para as épocas mais secas do ano, principalmente no semiárido. Mas, afinal, como produzir milho para silagem em alta escala e de forma tecnificada?
Engenheira agrônoma e técnica de campo do Senar Alagoas, Dayanne Veiga explica que o primeiro passo é a escolha das sementes. “Precisamos de uma semente de qualidade, limpa, certificada e tratada, que venha a fornecer a produtividade que queremos alcançar”, comenta.
Segundo Dayanne, após a escolha da semente, é preciso fazer o estudo da área onde será implantado o milharal. A análise do solo acontece em laboratório, a partir de uma amostra de aproximadamente 1 Kg. “O solo precisa ser fértil e o espaço do plantio deve estar próximo ao local onde será feito o silo para reduzir o tempo do processo. Isso influencia na qualidade da silagem. Em relação à declividade, quando menos, melhor, pois facilita o processo de preparo do solo, plantio, tratos culturais e colheita”, observa.
“Para alcançar a produtividade almejada, é preciso dar à planta os nutrientes que ela necessita para o seu desenvolvimento, já que, além da matéria verde, o que se quer é uma boa produtividade de espigas. Os grãos aumentarão o teor de amido e, consequentemente, fornecerão mais energia para os animais”, diz a técnica de campo do Senar Alagoas.
Responsável pelos atendimentos de assistência técnica e gerencial a um grupo de 30 bovinocultores de leite do município de Palmeira dos Índios, pelo Programa Agronordeste, Dayanne também ressalta a importância da adubação orgânica, feita geralmente com o esterco curtido do animal, que ajuda a melhorar os aspectos químicos, físicos e biológicos do solo.
“Também precisamos seguir algumas técnicas de conservação de solo, como, por exemplo, o plantio em curva de nível, que dificultará as perdas de nutrientes por lixiviação, ou seja, por lavagem da água de chuva”, acrescenta a engenheira agrônoma.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – e o Sebrae AL pretendem iniciar as atividades do Programa Agronordeste Alagoas assim que haja a flexibilização das medidas restritivas, determinadas pelo Governo do Estado por conta da pandemia de Covid-19. As estratégias para a prestação dos serviços de assistência técnica e gerencial para produtores das cadeias de olericultura e fruticultura foram discutidas nesta sexta-feira, 19, em videoconferência.
Participaram da reunião a coordenadora e o supervisor de ATeG do Senar Alagoas, Luana Torres e Sidney Rocha; a analista de Competitividade e Desenvolvimento do Sebrae Alagoas, Vânia Britto; além de Rafael Manoel, presidente da AgroService Serviços Agropecuários, e Fernando Vieira, sócio-proprietário da MGF Consultoria Agropecuária, ambas empresas prestadoras de serviços.
Segundo Luana Torres, entre outros assuntos, foram discutidas estratégias para estabelecer o contato entre o técnico de campo e os produtores rurais. “Precisamos estar atentos ao final do decreto, verificar a situação dos municípios e dos produtores, já que os que estiverem com suspeita de covid não poderão receber a visita do técnico”, comenta.
O Programa Agronordeste Alagoas é o resultado de um convênio firmado entre o Senar e o Sebrae, com o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas. 210 produtores serão beneficiados com assistência técnica e gerencial, nos municípios de Arapiraca, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Senador Rui Palmeira, Delmiro Gouveia e Água Branca.
“O convênio também inclui a capacitação de produtores por meio do Programa Negócio Certo Rural e alguns treinamentos de formação profissional rural e agroindústria, como os cursos de Fruticultura Básica, Olericultura Básica, Processamento da Polpa da Fruta, entre outros relativos a essas cadeias. Além disso, estamos avaliando a possibilidade de dar andamento prioritário ao projeto de construção de barragens subterrâneas”, acrescenta Luana.
O Senar Alagoas promoveu uma live nessa quarta-feira, 17, sobre legislação previdenciária, direitos e deveres do produtor rural (pessoa física e jurídica). O evento foi conduzido pela analista de Arrecadação, Carla Christine, e teve como convidado o chefe da Comunicação Social e educador previdenciário do INSS em Alagoas, Marcelo Barbosa de Lima.
A live é uma das ações do Programa Cidadania Rural, criado pelo Senar em parceria com o INSS, que tem o objetivo de orientar e informar homens e mulheres do campo sobre direitos e deveres, com foco na legislação previdenciária e tributária. Durante cerca de uma hora, Marcelo Lima tirou dúvidas dos produtores sobre diversos aspectos que envolvem a previdência social.
O educador previdenciário explicou quem são os segurados especiais (pessoas físicas que produzem para subsistência), como fazer a formalização, quais os seus deveres e os passos necessários para se ter acesso aos benefícios que a previdência oferece. Marcelo também ressaltou os avanços na legislação no apoio a algumas atividades.
“A lei foi muito feliz em permitir que o produtor possa contratar em até 120 dias e não perca a condição de segurado especial. Na prática, imagine o que é você ter um plantio e, na hora da colheita, não dispor de ajuda para fazer porque seus parentes adoeceram de covid, por exemplo. Antes não era permitida a contratação de mão de obra. Agora, o produtor pode contratar 120 pessoas por um dia, ou três por 40 dias, desde que não ultrapasse a média de 120 dias homem/ano”, comentou Lima.
Sobre obrigações tributárias na comercialização de produtos, Marcelo explicou que a base de cálculo é a produção e a obrigação de recolhimento é de quem está comprando. “Essa sub-rogação existe justamente para proteger a parte mais vulnerável e o prazo para fazer isso é até o dia 20 do mês subsequente ao da venda. Porém, no ano passado, em razão da pandemia, nós esticamos o prazo, principalmente no mês de março. A alíquota que era para ser paga em abril, passou para agosto. Este ano, é bem provável que isso se repita”, observou.
Carla Christine ressaltou que é importante os produtores rurais ficarem atentos à questão da sub-rogação. “Quando a pessoa física vende a uma pessoa jurídica, essa pessoa jurídica retém o percentual e recolhe o INSS. Muitas vezes os produtores rurais reclamam que houve desconto no pagamento, não sabem do que se trata, e é justamente a sub-rogação”, explicou.
Entre outros assuntos, o chefe da Comunicação Social do INSS e a analista de Arrecadação do Senar Alagoas abordaram a redução de alíquotas, benefícios, casos excepcionais envolvendo acidente de trabalho, direitos e requisitos para ter acesso a benefícios como aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou invalidez, auxílio-doença, acidente ou reclusão, salário maternidade e pensão por morte.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – disponibiliza a Cartilha Previdência Social e Senar nas Operações do PAA-PNAE. O conteúdo foi criado por meio do Projeto Cidadania Rural e tem o objetivo de informar e orientar as mulheres e homens do campo sobre a legislação previdenciária específica para o setor.
“Desta forma contribuímos para a inclusão social do cidadão rural pelo pleno exercício de seus direitos e deveres, na condição de usuário ou beneficiário da Previdência Social e do Senar, seja pessoa física ou jurídica que adquira, de uma forma ou de outra, produtos agropecuários como, por exemplo, supermercados, prefeituras, órgãos federais, estaduais e federais, entre outros”, explica a analista de arrecadação do Senar Alagoas, Carla Christine.
A cartilha também pode ser usada pelos municípios no direcionamento de suas ações de orientação às comunidades rurais. Além de informações gerais sobre o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA – e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE –, o documento aborda questões relacionadas à contribuição da Previdência Social e do Senar, dos grupos formais e informais (compra direta).
Na cartilha, o cidadão tem acesso a informações sobre quem é o responsável e como é feito o recolhimento da contribuição; qual é a base de cálculo e as alíquotas aplicadas; como informar a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), entre outras.
Para fazer o download da Cartilha Previdência Social e Senar nas Operações do PAA-PNAE, clique aqui.
O Senar também disponibiliza o Manual de Orientação das Contribuições, além folders sobre procedimentos no eSocial e na EFD-Reinf; procedimentos na GFIP/SEFIP; e fluxogramas para Agroindústria, Exceções, Produtor Rural Pessoa Física e Jurídica. (Confira aqui o material completo).
Dúvidas e outras informações, basta entrar em contato com Carla Christine, em horário comercial, pelos números (82) 3217-9824 ou 9.8889-4087 (WhatsApp).
Saiu a lista preliminar dos candidatos aprovados no processo seletivo do Curso Técnico em Fruticultura do Senar. Clique aqui para acessar a lista.
No próximo dia 16, o Senar divulgará a lista final dos aprovados.
As matrículas serão feitas no período de 18 a 22/03. Nos próximos dias, o Senar Alagoas informará como será feito o procedimento de matrícula.
Seja produzindo ou capacitando quem produz, elas são fundamentais para o desenvolvimento do agro
Álvaro Müller
“Nasci em 1971 e minha mãe sofreu muito para que eu me tornasse a mulher que sou hoje. A roça era a única atividade que meus pais tinham e tudo foi roubado, por conta da fome. Minha mãe não tinha o que me dar para comer. Essa história de sofrimento, mas também de amor ao campo me fez permanecer aqui. O campo, para mim, é riqueza”.
Foi assim, a partir da própria trajetória de vida, que Maria Quitéria Pereira Matias, 49 anos, decidiu incentivar outras mulheres da zona rural de Igreja Nova, leste de Alagoas, a assumir o protagonismo da própria história. Hoje, após mais de duas décadas de dedicação ao associativismo, Quitéria coordena a Associação de Mulheres Agricultoras, Quilombolas e Pescadoras do Povoado Sapé, um projeto de empoderamento feminino e fortalecimento das raízes culturais da comunidade.
“Temos 38 mulheres que produzem bolo de macaxeira e de milho, beiju, malcasado, tapioca e sequilhos que são vendidos na feira ou entregues ao município, pelo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Tudo o que se planta no quintal, ganha receitas próprias da comunidade, com a nossa tradição. Nós nascemos com um objetivo muito simples, que foi trabalhar os produtos que temos na comunidade, extraídos da roça, mas as mulheres não sabiam o valor que esses produtos tinham dentro da vida, da casa e da família delas”, explica Quitéria.
Tudo é feito dentro das cozinhas das residências e em seis casas de farinha utilizadas para as demandas maiores. Além dos alimentos, as mulheres também fabricam artesanato e artigos para a pesca, como o jereré. Tecem, no dia a dia, histórias de crescimento pessoal e profissional, de contribuições individuais e coletivas para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade.
Segundo Maria Quitéria o curso de Associativismo promovido pelo Senar Alagoas no Povoado Sapé contribuiu significativamente para a consolidação do projeto. “Fomos capacitadas pela professora Rita Gouvea e pudemos aprender muito, isso foi de fundamental importância no desenvolvimento, na organização da associação e de cada uma das meninas. Hoje, além do nosso perfil no Instagram (@gm.sape), muitas das nossas artesãs comercializam produtos nos seus perfis próprios, em boa escala”, observa a líder comunitária.
E o projeto segue crescendo. A associação acaba de ganhar uma nova sede, o espaço de uma antiga escola municipal que foi cedido pela prefeitura. A estrutura ainda precisa passar por reformas, mas já abriga sonhos imensuráveis. “Eu creio e vou lutar, junto com as minhas companheiras, para que este espaço se transforme numa grande fonte de trabalho não só para essas 38 mulheres, mas para muito mais. Este espaço será apenas um dos que a gente vai conquistar, porque trabalho, força de vontade, energia, persistência nós temos”, vislumbra Quitéria.
À medida que os sonhos vão se concretizando, as mulheres do Povoado Sapé se valorizam e, sobretudo, mostram a sua importância para a comunidade em exemplos aparentemente simples do cotidiano. Recentemente, Samara de Andrade, 29 anos, recebeu em casa, por meio do Programa Criança Feliz, do Governo de Alagoas, um dos bolos de milho que ela mesma produziu e que retornou para alimentar os seus filhos. “Foi muito importante ser reconhecida como mãe, produtora, como família”, resume.
“Isso fez toda a diferença na vida dela e na da gente, porque é o potencial da mãe. É a mãe mostrando para o filho que ela pode tudo, sozinha não, mas unida com outras mulheres. É nisso que a gente acredita e é isso que a gente quer mostrar para o mundo”, afirma Maria Quitéria, com os olhos marejados.
Irmãs do agro A importância da mulher para o desenvolvimento do agro não está apenas em quem produz, mas também em quem se dedica à missão de capacitar as comunidades rurais. Somente na família Salvador, há três bons exemplos. As irmãs Edivânia, 39, Tatiana e Taciana, gêmeas de 37 anos se apaixonaram pela área rural ainda na infância, no sítio do avô Pedro Carlos, na cidade de Satuba. Hoje, Edivânia e Tatiana são técnicas de campo do Senar Alagoas, pelo Programa Agronordeste, nas cadeias produtivas da avicultura e horticultura, respectivamente. Já Taciana atua pela Emater/AL.
Zootecnista e mestre em Produção Animal, Edivânia Salvador afirma que a mulher tem buscado novos conhecimentos, se especializado cada vez mais e ganhado espaço no agronegócio, inclusive, ocupando cargos que antes eram destinados somente aos homens. “Hoje o preconceito ainda pode existir, mas é muito remoto, pois a capacidade profissional se torna mais relevante do que o próprio gênero. Mas ainda se tem buscado igualdade, homens e mulheres capacitados para entrar no mercado de trabalho e competir por igual, independentemente do cargo que pretendam conquistar, até os de mais alto escalão”, comenta.
Tatiana e Taciana Salvador são engenheiras agrônomas. Para Tatiana, a representatividade da mulher no campo tem se tornado cada vez mais forte. “Na maioria das propriedades rurais, a presença das mulheres é bastante expressiva nas atividades diárias da agricultura. A participação da figura feminina é indispensável para a manutenção das famílias na zona rural e, apesar das dificuldades e preconceitos ainda existentes, elas se mostram firmes em decisões, conseguem expressar opiniões e ganhar espaço na sociedade. Mulheres do campo são a expressão de força e determinação. Apesar da desigualdade, conquistam reconhecimento e autonomia no espaço em que vivem”, diz.
Já Taciana ressalta que a missão de capacitar outras mulheres também significa lutar para que elas sejam reconhecidas dentro e fora do ciclo familiar. “As mulheres do campo têm uma força surpreendente e inimaginável. Poder auxiliá-las e orientá-las, mostrando o seu potencial na economia da sua propriedade e a importância no fortalecimento da sua produção, é um trabalho diário e gratificante”, avalia.