A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – marcaram presença no Congresso Cidades e Gestores, promovido pela Associação dos Municípios Alagoanos – AMA. O evento começou no útimo dia 12 e prossegue até o próximo domingo, 15, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió.
Na manhã desta sexta-feira, 13, o assessor técnico da Faeal, Noel Loureiro ministrou palestra sobre o agronegócio em Alagoas, insumos, perspectivas e outros aspectos. “Fizemos uma radiografia da estrutura agrária e agrícola do estado, baseada no Censo do IBGE. Os dados apontam um esvaziamento do campo, envelhecimento da população rural e maior participação das mulheres. Também observamos que as atividades agrícolas têm um nível de acidentes muito baixo no estado”, comentou o palestrante.
Outro dado importante apresentado por Noel Loureiro foi a diminuição no número de propriedades rurais, principalmente das pequenas. “Em 2006, Alagoas tinha 123 mil propriedades, das quais, 12 mil eram das chamadas patronais. Hoje, temos 98 mil propriedades, das quais, 16 mil são patronais. Isso mostra uma redução nas propriedades da agricultura familiar, de 111 mil para 82 mil”, observa o assessor técnico da Faeal.
Além de Noel, o superintendente do Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, e o presidente do Fórum dos Secretários Municipais de Agricultura, Luciano Monteiro falaram sobre os desafios e oportunidades em Alagoas. Já o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Antônio Santiago discorreu sobre a atuação Embrapa Alimentos e Territórios no estado.
As discussões do Eixo Agricultura foram mediadas pelo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquiculturade Alagoas, Silvio Bulhões, e tiveram como debatedor o presidente da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Arapiraca – Capial –, Francisco de Souza.
O secretário mostrou otimismo para o ano de 2020. “Já tivemos um 2019 muito bom, o inverno favoreceu a produção agropecuária, houve uma retomada do setor sucroenergético, um processo de fortalecimento e ampliação da pecuária de corte, quase que um ressurgimento da pecuária de leite, portanto, temos motivos suficientes para acreditar que o próximo ano manterá esse ritmo e será muito bom para o agronegócio de Alagoas”, vislumbrou Bulhões.
Bulhões também falou sobre as prioridades do Governo de Alagoas para o agronegócio no próximo ano. “Temos um foco muito claro que é executar o programa de regionalização de matadouros, o que fortalecerá ainda mais a pecuária de corte; continuar fomentando a cadeia produtiva do leite, uma das mais que mais geram emprego e renda; e fortalecer as ações no Canal do Sertão e a agricultura familiar como um todo”, antecipou o secretário.
Participação do Senar
Durante o ciclo de palestras, a coordenadora técnica do Senar Alagoas, Graziela Freitas, apresentou os programas e ações voltados para a educação profissional, assistência técnica e promoção social.