Técnicos de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – desenvolveram um modelo de caderno específico para os avicultores que recebem assistência técnica por meio do programa Agronordeste. Construído a partir da necessidade da coleta de dados e registros periódicos na atividade da avicultura, o material idealizado pelos zootecnistas Lays Barros, Ícaro Victor Valério e Diego Damasceno foi aprovado pelo Senar Nacional e despertou o interesse da regional do Rio Grande do Norte. Em fase de produção, os cadernos serão distribuídos entre os produtores alagoanos.
“Decidimos montar tabelas de acompanhamento técnico e gerencial de acordo com a realidade e perfil dos avicultores do Sertão de Alagoas. Fizemos as tabelas com referência em alguns artigos científicos de avicultura de corte e postura em sistema colonial, reunimos as informações e percebemos que tínhamos material suficiente para resolver o problema da ausência de dados na avicultura da nossa região. Ficamos bem felizes e realizados com todo o apoio dado pelo Senar Alagoas, que acolheu e promover nossa ideia”, comenta a zootecnista e técnica de campo Lays Barros.
“O caderno apresenta planilhas para serem alimentadas diariamente pelo produtor, com as informações de custos, lucros, controle sanitário e pesagem, ocorrências dentro da atividade, tudo para auxiliá-lo e ao mesmo tempo nos deixar informados, no decorrer do mês. Todas as informações são muito importantes para a avaliação da assistência técnica e gerencial”, enfatiza Diego Damasceno.
Ícaro Victor Valério explica que, dentro do acompanhamento técnico, é de suma importância a coleta de informações para que os técnicos construam indicadores para a mensuração produtiva de cada unidade acompanhada. “Pensamos no caderno como uma ferramenta para ajudar não só a nós, técnicos, como também aos produtores que, trabalhando com essa ferramenta, iniciam o seu processo de gestão do negócio”, afirma.
“Baseamos o caderno de coleta de informações nos temas de maior relevância para o Programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, dando ênfase ao controle produtivo de carne e ovos, sanitário, financeiro e diário de uma propriedade. O caderno vem para somar às demais ferramentas que o programa dispõe, profissionalizando cada vez mais o homem do campo, a partir de uma gestão consciente do seu negócio”, acrescenta Ícaro.
A coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Luana Torres, elogia a iniciativa. “Havíamos conversado sobre a necessidade de ter algum tipo de material de controle desses indicadores e pensamos em algumas planilhas, mas eles fizeram ainda melhor e criaram o caderno. Isso mostra como faz toda diferença ter uma equipe de técnicos de campo excelente, como tem sido a do Agronordeste. Temos muito orgulho da equipe selecionada para esse projeto, que vem mostrando resultados incríveis”, avalia.
“É preciso criar uma relação de confiança com os técnicos e instigar a todo momento para que sejam inovadores. O trabalho deu tão certo que a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) nos pediu para apresentar o caderno com a intenção de utilizar para as demais regionais inseridas no Agronordeste, uma vez que o material se adequa ao perfil de produtor do projeto”, diz Luana.