Para o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, Enagro 2022 superou todas as expectativas ao conseguir reunir produtores de diversas partes do Brasil e aproximá-los do presidente Bolsonaro, que participou da abertura

O Encontro Nacional do Agro (Enagro) reuniu mais de 4 mil produtores rurais do país inteiro em Brasília (DF), no último dia 10, para apresentação do documento “O que esperamos do próximo presidente”, com foco nas eleições deste ano. O material deve ser finalizado ainda este mês pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Alagoas participou do evento com uma delegação formada pelos presidentes dos Sindicatos Rurais do estado e pela diretoria da Faeal e do Senar/AL. Para o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, o Enagro 2022 superou todas as expectativas ao conseguir reunir produtores de diversas partes do Brasil e aproximá-los do presidente Jair Bolsonaro, que participou da abertura.

“Agora, todos podem levar aos seus estados qual é a posição do agronegócio quanto ao nosso futuro. E nosso futuro será representado pelo resultado das próximas eleições. Queremos um agro cada vez mais forte, cada vez mais produtivo e que possa alimentar não só o Brasil, mas também todo o mundo, ou um agro com limitações, como estão querendo alguns dos candidatos [a presidente da República], que defendem que temos que ter limitação?”, questiona.

“Então é um posicionamento, um alerta que levamos para os estados de que o presidente Bolsonaro mostra disposição para manter a segurança jurídica ao homem do campo, em dizer que ninguém vai destruir o que se está produzindo hoje. Muito pelo contrário. O caminho é viabilizar para que se produza cada vez mais no meio rural brasileiro, e não será diferente no estado de Alagoas”, completa Almeida.

O superintendente do Senar Alagoas, Fernando Dória, faz avaliação semelhante e destaca ainda o pronunciamento do presidente da CNA, João Martins, que falou durante o evento que está nas mãos do agronegócio o destino do país.

“Porque o agronegócio representa mais de 30% do PIB brasileiro. Então, é muito importante que os governantes, não só o presidente da República, mas também o Congresso Nacional, estejam sintonizados com o agronegócio do Brasil. Doutor João Martins foi muito feliz nas suas colocações”, analisa.

“O presidente Bolsonaro também ratificou tudo. Nós não podemos mais dar um passo atrás, isso não é possível. O Brasil está totalmente diferente. Se a gente olhar os números dos últimos três anos, mesmo com a pandemia desde 2020 e agora com a guerra da Rússia, o Brasil supera em tudo em equilíbrio. Os estados todos organizados, fruto do trabalho do governo federal, estados e municípios. Eu acho que a nossa expectativa é que o setor e o povo compreendam essa necessidade e a evolução em termo de Brasil e que vote na reeleição do presidente Bolsonaro”, destaca Dória.

Propostas

A prévia do documento “O que esperamos do próximo presidente”, apresentada pelo diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, traz, além de demandas específicas do agro, contribuições para temas como reformas tributária, administrativa e política; educação, formação e emprego; saúde e segurança; segurança alimentar; e meio ambiente (fontes de energia limpa e mercado de carbono).

“O documento não é voltado apenas para o próximo governante, mas também para o Congresso Nacional, pois é preciso uma harmonia entre os Três Poderes para conseguir evoluir. Para que o agro vá bem, precisamos que o Brasil vá bem. É um documento que visa o Brasil”, disse Lucchi.

O material ainda passará por avaliação das Federações Estaduais de Agricultura e Pecuária e sindicatos rurais antes de ser finalizado. Ele irá conter um conjunto consolidado de propostas debatidas nas cinco edições do Jornada CNA – Eleições 2022, realizadas no primeiro semestre deste ano.

O documento será encaminhado nos próximos dias aos sindicatos e federações para que sejam incorporadas sugestões. As propostas consolidadas serão encaminhas no final do mês às campanhas dos candidatos e aos parlamentares.