Videoconferência contou com a participação do diretor-presidente da Equatorial

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – apresentou as principais queixas dos produtores rurais, sobre o fornecimento de energia elétrica, na última reunião mensal do Conselho de Consumidores da Equatorial Alagoas. A videoconferência aconteceu nessa segunda-feira, 29 de junho, e contou com a participação do diretor-presidente da Equatorial, Humberto Soares Filho.

Em consulta pública realizada pela Faeal, produtores rurais de todo o estado fizeram relatos dos problemas enfrentados nas suas propriedades. “Ouvimos companheiros de diversas regiões, em municípios como Porto Calvo, Matriz de Camaragibe, Batalha, Arapiraca, e repassamos ao presidente da Equatorial não só os problemas, como também os avanços”, afirma José Luiz Soares, representante da Faeal no Conselho de Consumidores da Equatorial.

Segundo José Luiz, a queixa mais comum é sobre a demora no atendimento em situações de falta de energia elétrica. Alguns produtores relataram uma espera de 48 a 72 horas para o restabelecimento do serviço. “Um dos motivos é porque os veículos da empresa terceirizada pela Equatorial para fazer a manutenção são pequenos e inapropriados para as estradas da zona rural. No período de inverno, algumas estradas ficam intransitáveis para esses carros. Quando isso acontece, a empresa tem que pedir um veículo especial, há toda uma burocracia”, explica.

Outros problemas foram relatados pelos produtores rurais, como a fadiga de materiais, a exemplo de postes antigos que estão quebrando, e a falta de energia constante em municípios como Arapiraca. “O presidente da Equatorial agradeceu pelas informações e pediu que entreguemos a ele uma relação dos problemas mais comuns. Isso será feito na próxima semana”, diz José Luiz Soares.

José Luiz Soares apresenta demandas dos produtores alagoanos

Orientações
Também ficou definido que a consultoria técnica do Conselho de Consumidores da Equatorial elaborará um documento com orientações sobre direitos e deveres para que a Faeal possa distribuir entre os produtores rurais. “Essas orientações servirão de guia para que o produtor saiba o que ele pode contratar, como é o contrato, quando se extingue, quando renovar, o que é necessário pagar, entre outras informações”, exemplifica José Luiz Soares.

“Isso é muito importante porque o nosso produtor rural não tem um staff na própria fazenda e precisa entender de tudo. Ele é um pouco agrônomo, veterinário, eletricista, advogado, tem que estar com a mente aberta, mas ninguém consegue fazer tudo sozinho. É preciso ter auxílio e a Faeal tem como meta ajudar os produtores a lidar melhor com a energia, que é um insumo muito caro para a produção de alimentos”, conclui José Luiz.

O Conselho de Consumidores da Equatorial reúne cinco integrantes. Além de José Luiz, que dá voz ao setor rural, há representantes da indústria, comércio, poder público e dos consumidores residenciais. “Os problemas que não conseguimos resolver e entendemos que afetam o direito do consumidor, levamos para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mas, de certa forma, estamos conseguindo manter uma certa harmonia, preservando a lei e tentando ajudar os nossos pares, que são os proprietários rurais”, avalia José Luiz Soares.

 

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