Os produtores rurais do semiárido alagoano que pretendem plantar forrageiras no período chuvoso que se inicia, para servir de alimento aos rebanhos, têm como base os indicativos das pesquisas realizadas no Parque de Exposições Mair Amaral, município de Batalha, onde funciona uma Unidade de Referência Tecnológica – URT – do projeto Forrageiras para o Semiárido. A iniciativa é do Instituto CNA, em parceria com a Embrapa, e conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, do Governo do Estado e do Senar AL.

Segundo o zootecnista, técnico do Senar e responsável pela URT em Alagoas, Alexis Wanderley, as variedades de Buffel, sobretudo a Buffel aridus, têm se destacado em termos de produtividade e resistência. Outra variedade que tem uma resistência muito grande e é bastante indicada é o Urochloa , popularmente conhecido como capim corrente.

“O Andropogon L. e o Capim Massai também vêm dando bons resultados, porém, em Batalha, houve uma mortalidade em torno de 15% e 30%. São variedades mais exigentes em água, recomendadas para o nosso Agreste ou microrregiões do Sertão do Estado, como nos municípios de Olho D’água das Flores e Monteirópolis, por conta do índice pluviométrico”, explica Alexis.

Palmas
Segundo Wanderley, as variedades de palmas mais indicadas para o semiárido alagoano – e que inclusive são mais resistentes às pragas como a cochonilha do carmim – são a Palma Miúda, já encontrada em cerca de 90% das propriedades rurais da região, e a Orelha de Elefante Mexicana, que também vem apresentando bons resultados. “Esta variedade se mostra pouco suscetível às pragas e é bastante produtiva aqui nas nossas pesquisas”, atesta.

A Ipa Sertânea também é resistente à cochonilha do carmim e se equipara em produção à Palma Miúda e à Orelha de Elefante Mexicana, porém, tem se mostrado mais suscetível às pragas, principalmente à cochonilha de escama.

Pesquisas
O projeto Forrageiras para o Semiárido tem o objetivo de identificar as variedades que se adaptam melhor ao clima de cada região, com o objetivo de oferecer novas fontes de alimento para os rebanhos. A URT de Batalha é uma das 13 distribuídas entre o Nordeste e o norte de Minas Gerais. O espaço no Parque de Exposições Mair Amaral foi cedido pelo Governo de Alagoas, em atendimento à solicitação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado – Faeal.

Em Alagoas, 18 tipos de plantas são testadas, entre gramíneas anuais e perenes, cactáceas e lenhosas. Os pesquisadores e técnicos analisam seis variedades de capim (gramíneas perenes); seis de milho, sorgo e milheto (gramíneas anuais); quatro variedades de palmas e duas de leguminosas. Elas são avaliadas quanto ao seu estabelecimento e produção de forma solteira e consorciada.

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