O consumo de carne crua de animais contaminados, leite cru ou produtos lácteos que não receberam um tratamento térmico adequado é um fator de risco de transmissão da brucelose bovina. A zoonose causada pela bactéria Brucella abortus pode ser transmitida ao homem por meio de contato da bactéria com as mucosas ou feridas na pele.

Segundo a engenheira agrônoma Luana Torres, coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, a prevenção contra a brucelose bovina é um tema que precisa ser discutido mais amplamente, para o bem dos rebanhos e dos tratadores.

“Nos grupos de risco temos, primeiramente, tratadores, veterinários e zootecnistas responsáveis pelos cuidados do rebanho. Deve haver precaução redobrada no manuseio de restos de placenta, fluidos fetais e carcaças de animais infectados. Já os funcionários de lacticínios e pessoas que lidam com alimentos, em casa ou nos estabelecimentos comerciais, podem se contaminar pelo contato com a carne ou o leite de animais acometidos pela doença”, alerta Luana.

Parecidos com os da gripe, os sintomas mais comuns da brucelose bovina no homem são febre ou sudorese noturnas, dores nas articulações e musculares. Nos casos mais graves, a evolução pode causar espondilite (artrite inflamatória que afeta a coluna vertebral e as articulações grandes), artrite periférica e tromboflebite (ou trombose venosa superficial).

“Nos animais, quando se fala da cultura de leite, a brucelose causa abortos, repetição de cio, nascimentos prematuros e pode ocasionar uma séria queda na produção leiteira. Além disso, o rebanho contaminado perde drasticamente sua eficiência produtiva e reprodutiva. As perdas podem chegar a 25%”, comenta Luana Torres.

A prevenção da brucelose bovina é feita por meio da vacinação das fêmeas (B19 e RB51). Caso animais sejam diagnosticados positivos para andorinha, é necessário fazer o sacrifico. O diagnóstico é feito por soroaglutinacão com ATT e com 2-ME.

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