Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão
A silagem de milho é um componente muito importante na alimentação de bovinos. Além do grande volume de nutrientes, de fácil digestão e ricos em energia, garante reservas para as épocas mais secas do ano, principalmente no semiárido. Mas, afinal, como produzir milho para silagem em alta escala e de forma tecnificada?
Engenheira agrônoma e técnica de campo do Senar Alagoas, Dayanne Veiga explica que o primeiro passo é a escolha das sementes. “Precisamos de uma semente de qualidade, limpa, certificada e tratada, que venha a fornecer a produtividade que queremos alcançar”, comenta.
Segundo Dayanne, após a escolha da semente, é preciso fazer o estudo da área onde será implantado o milharal. A análise do solo acontece em laboratório, a partir de uma amostra de aproximadamente 1 Kg. “O solo precisa ser fértil e o espaço do plantio deve estar próximo ao local onde será feito o silo para reduzir o tempo do processo. Isso influencia na qualidade da silagem. Em relação à declividade, quando menos, melhor, pois facilita o processo de preparo do solo, plantio, tratos culturais e colheita”, observa.
“Para alcançar a produtividade almejada, é preciso dar à planta os nutrientes que ela necessita para o seu desenvolvimento, já que, além da matéria verde, o que se quer é uma boa produtividade de espigas. Os grãos aumentarão o teor de amido e, consequentemente, fornecerão mais energia para os animais”, diz a técnica de campo do Senar Alagoas.
Responsável pelos atendimentos de assistência técnica e gerencial a um grupo de 30 bovinocultores de leite do município de Palmeira dos Índios, pelo Programa Agronordeste, Dayanne também ressalta a importância da adubação orgânica, feita geralmente com o esterco curtido do animal, que ajuda a melhorar os aspectos químicos, físicos e biológicos do solo.
“Também precisamos seguir algumas técnicas de conservação de solo, como, por exemplo, o plantio em curva de nível, que dificultará as perdas de nutrientes por lixiviação, ou seja, por lavagem da água de chuva”, acrescenta a engenheira agrônoma.