Agronegócio registra 28,6 milhões de empregos no país no 2º trimestre do ano

A força do agronegócio brasileiro tem sido comprovada estatisticamente a cada trimestre analisado, segundo dados divulgados do Boletim de Mercado de Trabalho do Agronegócio, produzido pela CNA em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. O setor empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas em todo país. O estudo completo pode ser acessado clicando aqui.

“É o maior número registrado desde o início da série histórica em 2012, superando inclusive o resultado do primeiro trimestre deste ano. Alagoas, apesar da sazonalidade da nossa principal cultura, a cana-de-açúcar, acompanha essa tendência de alta observada no país”, informa Álvaro Almeida, presidente da Faeal.

Entre os setores com maior impacto positivo no boletim, estão segmentos tradicionais da agropecuária alagoana, como a cana-de-açúcar, a bovinocultura de corte e a bovinocultura de leite. “Os dados do Sistema Faeal/Senar corroboram com os dados nacionais, com 36% dos empregos gerados no setor canavieiro e 28% na pecuária, em Alagoas”, completa Álvaro Almeida.

Os dados coletados pela Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas também apontam para as culturas em ascensão no estado como a avicultura, ovinocaprinocultura, suinocultura, horticultura e fruticultura. “São áreas que crescem principalmente nas regiões com forte apelo da agricultura familiar, onde os pequenos produtores antes estavam vinculados apenas à subsistência e hoje, com orientação técnica, estão expandindo suas produções”, explica a superintendente adjunta do Senar/AL, Luana Torres.     

Uma outra tendência observada no estudo divulgado pela CNA é o setor de “agro serviços”, ou seja, aquelas atividades associadas à agricultura e à pecuária que se ampliam da porteira para fora. Com uma análise feita englobando toda a cadeia produtiva, é possível ter uma visão macro desse desempenho. Em todo Brasil, o agro serviço teve um crescimento de 8,3% no segundo trimestre de 2024, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Dois fatores explicam esse movimento: o agro passou a oferecer boas oportunidades de trabalho, diminuindo o fluxo de saída das pessoas do campo para as cidades. O segundo é a qualificação da mão de obra rural que, com cursos técnicos profissionalizantes e muita capacitação, geram vagas e melhores salários dentro e fora das porteiras.

“As profissões e os serviços associados ao agro passaram a ser valorizados e melhor remunerados, tornando esse movimento multiplicador, observado na agropecuária, importante para os resultados de toda a economia brasileira”, conclui o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Recommended Posts