Sistema Faeal/Senar defende plano de ação contra incêndios criminosos

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, propôs durante encontro do setor produtivo na Usina Santa Clotilde, a criação de um comitê específico para tratar do combate aos incêndios criminosos em Alagoas. O objetivo é levar ao governo estadual um plano de ação que intensifique a fiscalização e a punição dos responsáveis por esses crimes ambientais. O presidente informa que já foi solicitada uma agenda com o governador Paulo Dantas para tratar sobre o tema.

O encontro em Rio Largo, que aconteceu no início deste mês, reuniu autoridades e produtores rurais, que firmaram um compromisso para conter os danos que têm impactado diretamente a economia e o meio ambiente do estado. O grupo propôs um conjunto de ações concretas firmado em um termo de compromisso que será encaminhado aos poderes constituídos. 

“Temos tido um diálogo muito aberto com o governador Paulo Dantas e sua equipe, que são sensíveis às demandas do segmento agropecuário alagoano, assim como o Legislativo e o Judiciário, sempre abertos a discutir com o setor produtivo. Nosso papel institucional, enquanto federação, é atuar como um facilitador entre as partes interessadas em resolver o problema”, afirma Álvaro Almeida.

O presidente da Faeal chama a atenção para a questão que afeta Alagoas e o Brasil, ameaçando também as áreas de preservação permanente. “Ao contrário do que muita gente pensa, o agro brasileiro defende o meio ambiente, já que dependemos da água, do solo e do clima para produzir”, lembra Álvaro Almeida. 

Ele também chama a atenção para as ações proativas do segmento em nível nacional, por meio da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). ”Somos os primeiros a defender campanhas educativas nas comunidades próximas às áreas cultivadas, visando conscientizar pequenos produtores e moradores sobre os riscos e os impactos dos incêndios”, completa. 

O setor sempre se comprometeu a adotar práticas sustentáveis, colaborando com a transição para energias limpas e renováveis, alinhando-se aos esforços globais de descarbonização. “No início desta semana tivemos a realização do Primeiro CanaShow Alagoas e, além de muita tecnologia e inovação, um dos temas abordados foi a sustentabilidade nos canaviais, com alternativas que ajudam a preservar o meio ambiente e, consequentemente, a saúde das pessoas”, informa o presidente.

Mas os danos causados pelos incêndios criminosos não atingem apenas a economia e o meio ambiente. Durante o encontro na Usina Santa Clotilde, o representante da Chesf, Narion Ranieri da Cunha Cardoso, lembrou que os danos à infraestrutura elétrica podem gerar perdas de até R$ 200 mil por hora, além de interromper o abastecimento a áreas essenciais, como hospitais e postos de saúde.

 

Confira as ações do termo de compromisso assinado pelo setor produtivo: 

  1. Promover ações de prevenção e combate aos incêndios criminosos: desenvolver e implementar medidas preventivas para reduzir a incidência de incêndios criminosos na região canavieira e em todo o estado de Alagoas. 
  2. Sensibilizar e mobilizar a sociedade: atuar junto às comunidades locais, empresas e instituições para conscientizar sobre os perigos e impactos dos incêndios criminosos, incentivando a colaboração de todos no combate a este crime. 
  3. Apoiar iniciativas de fiscalização e punição: colaborar com as autoridades competentes para fortalecer a fiscalização e garantir que os responsáveis pelos incêndios criminosos sejam identificados e punidos conforme a lei. 
  4. Proteger o meio ambiente e a saúde pública: adotar e promover práticas que visem a proteção dos recursos naturais, da fauna e flora, e da saúde das populações afetadas por incêndios. 
  5. Colaborar com a transição energética: apoiar a produção de energias limpas e renováveis, alinhando-se aos esforços globais de descarbonização e redução das emissões de gases de efeito estufa.

 

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